19 dezembro 2008

Mais um natal! Aí vamos nós!


Eu já escrevi aqui sobre o natal, mas como todo ano ele acontece, também não vejo porque não escrever todo ano sobre ele.
Para quem acredita que natal é dia de papai Noel, acredita errado e vive na mentira. Meus filhos nunca acreditaram que ele existe. Até porque me livro de enrrascadas como a de uma conhecida que contou que seu marido ensina pras filhas sobre papai Noel e num desses dias ele disse à elas que esse ano ele estava sem dinheiro para presentes e elas disseram: “Não tem problema, papai Noel dá.” Quero o ver sair dessa agora!
Outros problemas são o atraso do correio por conta de cartões com mensagens óbvias e as caixas de email que lotam de spam trazendo mensagens que eu já decorei.
Um problema que eu não me envolvo mais são as programações de cantata na igreja. Todo ano a mesma coisa! São vários avisos de cantata!
“Venham ver o musical do menino Jesus!”
“Nasceu o Salvador!”
“Noite feliz!”
“A manjedoura!”
Sem contar na estrutura “infernal” que tudo isso vira. Nos bastidores é um stress tremendo pra fazer tudo dar certo.
Na minha concepção, tudo isso só agrada os ricos que querem uma festinha pagã com cara de cristão. É a cristianização das bobagens que os primeiros crentes não entraram.
Pra quem gosta, há várias igrejas estilo “Broadway”, é só ir lá, sentar confortavelmente e assistir um espetáculo sem pagar nada.
O mais impressionante é ver os crentes embarcando no capitalismo desenfreado e no desperdício de comida enquanto bem perto deles alguém espera apenas alguma rabanada velha do outro dia, mas...é só esperar perto do lixo que vai aparecer. É só ter paciência e acreditar no “deus”(mamom) inventado pelos crentes do século XXI que do lixo dos crentes virá a comida.
E os shopping? Ich, esse eu nem passo perto nessa data.
Será que nós, os que amam a Jesus acreditamos mesmo que ELE está preocupado com tudo isso?
Será que nós, pensamos mesmo que os presentes não fazem o menor sentido e que o consumismo é idolatria? Ou acreditamos nos presentes como fonte alimentadora da alma e o consumismo como forma de esconder uma depressão?
Bem, sempre existirá alguém que vai continuar acreditando que a vida só faz sentido nesta época e que ter é melhor que ser e ter muito é benção de Deus.
O nascimento de Jesus se tornou num grande dia de consumo e mentira!
Mas ainda assim, é um bom dia para se reunir a família e os amigos!
Para não ficar totalmente de fora desse “espírito natalino”,
FELIZ NATAL PRA TODOS!

01 dezembro 2008

Precisamos acordar de um sonho.

Enquanto no Brasil os crentes comemoram depois de seus cultos a unção que receberam e a palavra que os encorajaram a viverem a semana, em outros lugares nossos irmãos sonham com essa liberdade.
As palavras da Bíblia e de Jesus:
"Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele." (II Crônicas 32 : 7)

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16 : 33)

"Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos." (Lucas 10 : 3)

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15 : 13)


"Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus." (Atos 14 : 22)


Depois de ver esse vídeo, parece que faz mais sentido estes textos bíblicos.
A impressão que tenho é que o Senhor disse a eles, e não a nós.

Ao ver os pregadores da televisão e do rádio, tenho percebido que estão desconectados do mundo e ausentes da realidade e são os “umbigos” do mundo com mensagens que não fazem sentido bíblico porque são humanistas.

A expressão humanismo refere-se genericamente a uma série de valores e ideais relacionados à celebração do ser humano.
É isso que você vê na televisão e ouve no rádio!
É por isso que essa geração de cristãos vivem pra satisfazer suas vontades e egos e não para propagar o arrependimento e conversão de vidas.

Já que no Brasil não temos sofrimento como esse dos irmãos da igreja perseguida, você poderia então deixar de lado um pouco dos seus sonhos para viver os sonhos de Deus.

Saia no seu bairro, distribua folhetos, leve amigos a sua igreja e vá atrás dos perdidos que convivem com você.

05 novembro 2008

Um dia memorável na América




Olá, Chicago!

Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.Americanos que transmitiram ao mundo a mensagem de que nunca fomos simplesmente um conjunto de indivíduos ou um conjunto de estados vermelhos e estados azuis.Somos, e sempre seremos, os EUA da América.É a resposta que conduziu aqueles que durante tanto tempo foram aconselhados por tantos a serem céticos, temerosos e duvidosos sobre o que podemos conseguir para colocar as mãos no arco da História e torcê-lo mais uma vez em direção à esperança de um dia melhor.Demorou um tempo para chegar, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou aos EUA.Esta noite, recebi um telefonema extraordinariamente cortês do senador McCain.O senador McCain lutou longa e duramente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e duramente pelo país que ama. Agüentou sacrifícios pelos EUA que sequer podemos imaginar. Todos nos beneficiamos do serviço prestado por este líder valente e abnegado.Parabenizo a ele e à governadora Palin por tudo o que conseguiram e desejo colaborar com eles para renovar a promessa desta nação durante os próximos meses.Quero agradecer a meu parceiro nesta viagem, um homem que fez campanha com o coração e que foi o porta-voz de homens e mulheres com os quais cresceu nas ruas de Scranton e com os quais viajava de trem de volta para sua casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.E não estaria aqui esta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga durante os últimos 16 anos, a rocha de nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.Sasha e Malia amo vocês duas mais do que podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que está indo conosco para a Casa Branca.Apesar de não estar mais conosco, sei que minha avó está nos vendo, junto com a família que fez de mim o que sou. Sinto falta deles esta noite. Sei que minha dívida com eles é incalculável.A minha irmã Maya, minha irmã Auma, meus outros irmãos e irmãs, muitíssimo obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a todos vocês. E a meu diretor de campanha, David Plouffe, o herói não reconhecido desta campanha, que construiu a melhor campanha política, creio eu, da história dos EUA da América.A meu estrategista chefe, David Axelrod, que foi um parceiro meu a cada passo do caminho.À melhor equipe de campanha formada na história da política. Vocês tornaram isto realidade e estou eternamente grato pelo que sacrificaram para conseguir.Mas, sobretudo, não esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.Nunca pareci o candidato com mais chances. Não começamos com muito dinheiro nem com muitos apoios. Nossa campanha não foi idealizada nos corredores de Washington. Começou nos quintais de Des Moines e nas salas de Concord e nas varandas de Charleston.Foi construída pelos trabalhadores e trabalhadoras que recorreram às parcas economias que tinham para doar US$ 5, ou US$ 10 ou US$ 20 à causa.Ganhou força dos jovens que negaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram para trás suas casas e seus familiares por empregos que os trouxeram pouco dinheiro e menos sono.Ganhou força das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio gelado e o ardente calor para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários e organizaram e demonstraram que, mais de dois séculos depois, um Governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra.Esta é a vitória de vocês.Além disso, sei que não fizeram isto só para vencerem as eleições. Sei que não fizeram por mim.Fizeram porque entenderam a magnitude da tarefa que há pela frente. Enquanto comemoramos esta noite, sabemos que os desafios que nos trará o dia de amanhã são os maiores de nossas vidas - duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos valentes que acordam nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para dar a vida por nós.Há mães e pais que passarão noites em claro depois que as crianças dormirem e se perguntarão como pagarão a hipoteca ou as faturas médicas ou como economizarão o suficiente para a educação universitária de seus filhos.Há novas fontes de energia para serem aproveitadas, novos postos de trabalho para serem criados, novas escolas para serem construídas e ameaças para serem enfrentadas, alianças para serem reparadas.O caminho pela frente será longo. A subida será íngreme. Pode ser que não consigamos em um ano nem em um mandato. No entanto, EUA, nunca estive tão esperançoso como estou esta noite de que chegaremos.Prometo a vocês que nós, como povo, conseguiremos.Haverá percalços e passos em falso. Muitos não estarão de acordo com cada decisão ou política minha quando assumir a presidência. E sabemos que o Governo não pode resolver todos os problemas.Mas, sempre serei sincero com vocês sobre os desafios que nos afrontam. Ouvirei a vocês, principalmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedirei a vocês que participem do trabalho de reconstruir esta nação, da única forma como foi feita nos EUA durante 221 anos, bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada sobre mão calejada.O que começou há 21 meses em pleno inverno não pode acabar nesta noite de outono.Esta vitória em si não é a mudança que buscamos. É só a oportunidade para que façamos esta mudança. E isto não pode acontecer se voltarmos a como era antes. Não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de sacrifício.Portanto façamos um pedido a um novo espírito do patriotismo, de responsabilidade, em que cada um se ajuda e trabalha mais e se preocupa não só com si próprio, mas um com o outro.Lembremos que, se esta crise financeira nos ensinou algo, é que não pode haver uma Wall Street (setor financeiro) próspera enquanto a Main Street (comércio ambulante) sofre.Neste país, avançamos ou fracassamos como uma só nação, como um só povo. Resistamos à tentação de recair no partidarismo, na mesquinharia e na imaturidade que intoxicaram nossa vida política há tanto tempo.Lembremos que foi um homem deste estado que levou pela primeira vez a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da auto-suficiência e da liberdade do indivíduo e da união nacional.Estes são valores que todos compartilhamos. E enquanto o Partido Democrata conquistou uma grande vitória esta noite, fazemos com certa humildade e a determinação para curar as divisões que impediram nosso progresso.Como disse Lincoln a uma nação muito mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora as paixões os tenham colocado sob tensão, não devem romper nossos laços de afeto.E àqueles americanos cujo apoio eu ainda devo conquistar, pode ser que eu não tenha conquistado seu voto hoje, mas ouço suas vozes. Preciso de sua ajuda e também serei seu presidente.E a todos aqueles que nos vêem esta noite além de nossas fronteiras, em Parlamentos e palácios, a aqueles que se reúnem ao redor dos rádios nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são diferentes, mas nosso destino é comum e começa um novo amanhecer de liderança americana.A aqueles que pretendem destruir o mundo: vamos vencê-los. A aqueles que buscam a paz e a segurança: apoiamo-nos.E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica de nossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e firme esperança.Lá está a verdadeira genialidade dos EUA: que o país pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos nos dá esperança sobre o que podemos e temos que conseguir amanhã.Estas eleições contaram com muitos inícios e muitas histórias que serão contadas durante séculos. Mas uma que tenho em mente esta noite é a de uma mulher que votou em Atlanta.Ela se parece muito com outros que fizeram fila para fazer com que sua voz seja ouvida nestas eleições, exceto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Nasceu apenas uma geração depois da escravidão, em uma era em que não havia automóveis nas estradas nem aviões nos céus, quando alguém como ela não podia votar por dois motivos - por ser mulher e pela cor de sua pele.Esta noite penso em tudo o que ela viu durante seu século nos EUA - a desolação e a esperança, a luta e o progresso, às vezes em que nos disseram que não podíamos e as pessoas que se esforçaram para continuar em frente com esta crença americana: Podemos.Em uma época em que as vozes das mulheres foram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela sobreviveu para vê-las serem erguidas, expressarem-se e estenderem a mão para votar. Podemos.Quando havia desespero e uma depressão ao longo do país, ela viu como uma nação conquistou o próprio medo com uma nova proposta, novos empregos e um novo sentido de propósitos comuns. Podemos.Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçou ao mundo, ela estava ali para testemunhar como uma geração respondeu com grandeza e a democracia foi salva. Podemos.Ela estava lá pelos ônibus de Montgomery, pelas mangueiras de irrigação em Birmingham, por uma ponte em Selma e por um pregador de Atlanta que disse a um povo: "Superaremos". Podemos.O homem chegou à lua, um muro caiu em Berlim e um mundo se interligou através de nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou uma tela com o dedo e votou, porque após 106 anos nos EUA, durante os melhores e piores tempos, ela sabe como os EUA podem mudar.Podemos.EUA avançamos muito. Vimos muito. Mas há muito mais por fazer. Portanto, esta noite vamos nos perguntar se nossos filhos viverão para ver o próximo século, se minhas filhas terão tanta sorte para viver tanto tempo quanto Ann Nixon Cooper, que mudança virá? Que progresso faremos?Esta é nossa oportunidade de responder a esta chamada. Este é o nosso momento. Esta é nossa vez.Para dar emprego a nosso povo e abrir as portas da oportunidade para nossas crianças, para restaurar a prosperidade e fomentar a causa da paz, para recuperar o sonho americano e reafirmar esta verdade fundamental, que, de muitos, somos um, que enquanto respirarmos, temos esperança.E quando nos encontrarmos com o ceticismo e as dúvidas, e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com esta crença eterna que resume o espírito de um povo: Podemos.

Obrigado.

Que Deus os abençoe.

E que Deus abençoe os EUA da América".

27 outubro 2008

Que absurdo maligno

Conversando com um grande amigo, ele me falou que o governador José Serra tinha uma parceria com uma entidade espírita para proteger o céu de São Paulo. Não são as escolas, mas o espaço de chuva e sol. Fiquei muito aturdido e fui procurar na internet e para minha surpresa achei o que você pode também ver e consultar.
É lamentável, porque se fosse igrejas evangélicas em parceria com o governador ou prefeito a imprensa teria feito um estardalhaço.

Veja abaixo o que estou falando!

Querendo mais informações clique em cima do título e vá direto para o site deles.


São Paulo

Gabinete do Secretário Municipal de Coordenação das Sub Prefeituras de SP Ano 50 Numero 156 Data: 18/08/2005
GABINETE DO SECRETÁRIO
EXTRATO DE TERMO DE PARCERIAPARTES: PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO, SECRETARIA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS, E FUNDAÇÃO CACIQUE COBRA CORAL - FCCC, PELA AGÊNCIA DE METEOROLOGIA TUNIKITO METEOROLOGY ATMOSPHERE AND OCEAN LTDA.
OBJETO: INFORMAÇÕES PRÉVIAS EM CASOS DE CALAMIDADE, TAIS COMO INUNDAÇÕES, SECAS, GEADAS, VENDAVAL, TORNADO, GRANIZO OU QUALQUER OUTRA ADVERSIDADE CLIMÁTICA.
PRAZO: SEM PRAZOVALOR: Totalmente isento de ônus.
CONFORME DECRETO 45.683/05 e o Decreto 40.384/2001.

22 outubro 2008

Uma carta ao apóstolo "Juvenal"


Não se preocupem, o apóstolo Juvenal não existe. Também nunca tive amigo que virou apóstolo. O apóstolo Juvenal é uma personagem fictícia, embora baseada em personagens da vida real.

Meu caro Juvenal,
Espero que você se lembre de mim, o Augustus Nicodemus, seu colega de turma do seminário presbiteriano (talvez você se lembre pelo apelido "Brutus" que eu odiava...!). Faz uns 20 anos que não temos contato. Só recentemente consegui seu e-mail, com o Mário, nosso amigo comum.
Desculpe não lhe tratar como "apóstolo". Você sabe, desde os tempos do seminário, que minha opinião é que os apóstolos constituíram um grupo único e exclusivo na história da Igreja e que hoje não existem mais. Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com seu programa de televisão e com você se apresentando como "apóstolo" Juvenal! Eu não sabia que você tinha deixado o pastorado em nossa denominação, montado uma comunidade e adquirido esse título de "apóstolo", o qual, como já disse, não consigo reconhecer como legítimo.
Você sabe que para nós, cristãos históricos reformados, os apóstolos de Jesus Cristo tiveram um papel crucial e extremamente relevante na fundação da Igreja cristã. É um cargo, um ofício, tão sério e fundamental, que ver pessoas usando esse título nos dias de hoje causa um grande desconforto, uma profunda perplexidade e tristeza inominável. Não consigo imaginar uma banalização maior do que essa. Não que você seja uma pessoa indigna, pífia, pérfida ou mesquinha -- não se trata disso. Eu sentiria a mesma coisa se o próprio Calvino resolvesse usar esse título para si.Não sei o que se passou por sua cabeça para que você, que conhece a Bíblia e a história da Igreja, resolvesse virar um "apóstolo" e montar sua própria comunidade. Pelo seu programa de televisão, ficou patente para mim que você adotou os cacoetes, o linguajar e as idéias que são próprias dos outros "apóstolos" que já estão por ai há mais tempo que você. Valendo-me da nossa amizade dos tempos de seminário, resolvi escrever-lhe e tirar as dúvidas, perguntar diretamente a você, para não ficar imaginando coisas.

1) Quem foi que lhe conferiu esse status, Juvenal? Refiro-me ao título de "apóstolo". Nas igrejas históricas ninguém toma para si o cargo, a função e o título de diácono, presbítero, pastor. São títulos concedidos por essas igrejas a pessoas que elas reconhecem como vocacionadas e aptas para a função. Não sei quem lhe conferiu esse título de "apóstolo". Ouvi falar que existe um conselho de apóstolos no Brasil, ligado a outros conselhos similares no exterior, que é quem ordena e investe os apóstolos no Brasil. Mas, pergunto, quem ordenou, investiu e autorizou os membros desse conselho de apóstolos? Em algum momento, chegaremos ao ponto em que alguém se autonomeou apóstolo, já que esse título e ofício deixaram de existir na Igreja Cristã desde o século I. Os apóstolos de Cristo não deixaram sucessores que por sua vez fizessem outros sucessores, numa corrente ininterrupta até os dias de hoje. Só quem reivindica isso é o Papa e nós não aceitamos essa reivindicação -- aliás, esse foi um dos motivos da Reforma protestante ter acontecido. Por isso, considero a utilização do título "apóstolo" hoje como uma usurpação, uma apropriação indevida dentro da Igreja de uma função histórica que não mais existe.

2) Fala sério, Juvenal, você acha mesmo que é um apóstolo? Quando você usa esse título para si, você está se igualando aos Doze Apóstolos e a Paulo, ou simplesmente usa o termo no sentido de "enviado, missionário", que é o sentido básico da palavra no grego? Se for nesse último sentido, fico menos consternado. Há outras pessoas na Bíblia que são referidas como apóstolos, além dos Doze e Paulo, como Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19; mas veja 1Coríntios 9:5 onde Paulo distingue entre apóstolos e os irmãos do Senhor) e Barnabé (Atos 14.14). O sentido aqui é quase sempre de enviado de igrejas locais, missionário, para usar o termo mais popular. Todavia, esse uso é secundário e desconhecido pelas igrejas modernas. Quando se fala em "apóstolo", as pessoas imediatamente associam o termo a Pedro, Tiago, João, Paulo, etc. Usar o título "apóstolo" hoje é igualar-se a eles ou, no mínimo, causar confusão na mente das pessoas. Você acredita mesmo que é um apóstolo como Paulo, Pedro, João, Mateus, André, Felipe, etc.?

3) Se você acredita, então minha próxima pergunta é essa: você viu Jesus ressurreto? Ele lhe apareceu e lhe comissionou como apóstolo? Pois foi assim que ele fez com os Doze e com Paulo. Todos eles foram chamados diretamente por Jesus e o viram depois da ressurreição. Se você disser que Jesus lhe apareceu e lhe comissionou, pergunto ainda como fica a declaração de Paulo em 1Coríntios 15:8, "e, afinal, depois de todos, [Cristo] foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo"? Ele está defendendo que Jesus apareceu a várias pessoas, depois da ressurreição, e "afinal, depois de todos" apareceu a ele. Literalmente, no grego, Paulo está dizendo que "por último de todos" (eschaton de pantwn) Cristo apareceu a ele. Ou seja, Paulo entendia que a aparição do Cristo ressurreto a ele era a última de uma seqüência. É assim que os cristãos históricos sempre entenderam. Se a condição para ser apóstolo era ter visto Jesus ressurreto, conforme Pedro declarou (Atos 1:22; veja também 1Coríntios 9:1), então Paulo foi o último apóstolo. Desculpe, não creio que Cristo lhe apareceu no corpo da ressurreição. Se você disser que sim, prefiro acreditar em Paulo, de que ele foi o último.

4) Você acha, sinceramente, que usar esse título de alguma forma vai ajudar a Igreja? Em que sentido? Veja só, grandes líderes da Igreja, através de sua história, pessoas que deram contribuições duradouras na área de teologia, missões, social, nunca buscaram esse título. Nem mesmo aqueles grandes homens de Deus que viveram na época imediatamente após os apóstolos e que foram discípulos deles, como Papias e Policarpo. Outros, como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Spurgeon, e os grandes missionários como Carey, jamais arrogaram para si essa designação. Se alguém teria esse direito, depois dos apóstolos, seriam eles, e não pessoas como você e outros que se apropriaram desse título, e cuja contribuição para a Igreja cristã é mínima comparada com a contribuição deles.

5) Outra pergunta. Pelo que entendi, você é o fundador e presidente dessa igreja "Igreja Apostólica Global da Misericórdia de Deus". Como você concilia isso com o fato de que os apóstolos de Cristo não se tornaram donos, presidentes, chefes e proprietários das igrejas locais que eles fundaram? Eles eram apóstolos da Igreja de Cristo, da igreja universal, e não de igrejas locais. A autoridade deles era reconhecida por todos os cristãos de todos os lugares. Aonde eles chegavam eram recebidos como emissários de Cristo, com autoridade designada por ele. A prova disso é que os escritos deles, como os Evangelhos e as cartas, foram recebidos por todas as igrejas como Palavra de Deus e autoritativas em matéria de fé e prática, foram organizadas e colecionadas naquilo que hoje conhecemos como o cânon do Novo Testamento. Pergunto, então: quem reconhece sua autoridade como apóstolo? As igrejas cristãs do Brasil ou somente sua igreja local? Seus escritos, seus sermões -- eles são recebidos como Palavra infalível e autoritativa da parte de Deus em todas as igrejas cristãs ou somente na sua igreja local?

6) Juvenal, pelo que me recordo de você, você sempre foi uma pessoa com dificuldades de relacionamento com as autoridades. Lembra daquela suspensão que você pegou no seminário por desacato ao diretor e ao capelão? Para não mencionar as brigas constantes que você tinha em sala de aula com os professores, não por causa dos conteúdos, mas porque você insistia em questionar, às vezes até zombeteiramente, a autoridade deles em sala de aula. Lembrando-me desse traço da sua personalidade e do seu caráter, até que posso entender o motivo pelo qual você resolveu abandonar o sistema conciliar da nossa denominação e fundar uma outra, onde você é o chefe supremo. Imagino que você não presta contas a ninguém da sua conduta, do que ensina e de como usa os recursos financeiros que arrecada. Afinal de contas, acima dos apóstolos só Jesus Cristo, e pelo que sei, ele não emite nada-consta nessas áreas...

7) Uma última pergunta e depois vou lhe deixar em paz. Você faz os mesmos milagres que os apóstolos fizeram? Não me refiro a curas em massa de pessoas que não têm CPF nem endereço e que foram curadas de males internos como enxaqueca, espinhela caída, pressão alta, etc. Refiro-me à curas daquele tipo efetuadas pelos apóstolos de Cristo, de aleijados, surdos, cegos, paralíticos, cujas deformidades, endereço e identidade eram conhecidos das comunidades. Refiro-me às ressurreições de mortos, como a ressurreição de Dorcas feita por Pedro. Você faz esse tipo de sinais? Os apóstolos não fracassaram nunca quando diziam "em nome de Jesus, levanta-te e anda". O índice de sucesso deles era de 100%. E as curas eram instantâneas e completas. Quem era cego voltava a ver completamente, e não em parte. Aleijados voltavam a andar e a pular. Você faz isso, Juvenal? Você se incomodaria em me deixar participar de uma daquelas reuniões de cura que você anuncia em seu programa, para que eu entrevistasse as pessoas que dizem ter sido curadas? Não me leve a mal, mas é que tem muita charlatanice nesse meio, muita gente que é paga para dar testemunho falso de cura, muitos que pensam que foram curados quando no máximo foram sugestionados nesse sentido. Curas reais e autênticas serão assim comprovadas por laudo médico, exames, etc. Não é que eu não creia em milagres hoje. Eu creio, sim, que Deus cura hoje em resposta às orações. Inclusive, eu mesmo já fui curado em resposta às orações. O que eu não creio é que existam hoje pessoas com o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal, e de realizar curas imediatas e completas de aleijados, cegos, surdos, paralíticos, doentes mentais, cancerosos, aidéticos, etc. Esse dom fazia parte do equipamento apostólico e servia como "credenciais do apostolado", conforme Paulo declarou aos coríntios (2Coríntios 12:12). Se você não é capaz de fazer os sinais que os apóstolos faziam, não creio que tenha o direito de se chamar de apóstolo.
Bom, não sei se você vai me responder. Fique à vontade. Eu precisava lhe perguntar essas coisas, para não ficar imaginando no coração que você é um mercenário, uma daquelas pessoas que está disposta a tudo para ganhar poder, espaço e dinheiro, mesmo que seja às custas da credulidade do povo brasileiro e em nome de Deus.
Um abraço,
Augustus

10 outubro 2008

A opção política

Já faz algum tempo que venho pensando em minha opção política, mas ela se intensifica quando chega o pleito, onde tenho de votar e recebo propagandas dos candidatos.
Fui militante da esquerda no passado, e hoje não sei mais aonde ela se encontra. Essa posição está perdida e o que nos resta hoje é apenas interesse político partidário.
Como cristão evangélico, sou norteado pela Palavra de Deus e seus valores morais da família, sociedade e ética, que nós temos um compromisso com o que é certo e apoiado pela Bíblia. Por conta disso, radicalizei na hora de votar e expressar minha opinião.
Caramba, os que dizem representar a esquerda diluída são os que apóiam e criam leis para os homossexuais. Prática condenada na Bíblia!
Os que são acusados de serem da direita não tocam no assunto, mas são “desconfiáveis” quanto à ética financeira, mas nada se prova.
Ouço do PT e demais partidos da frente “revolucionária, socialista”, que pelo que leio e acompanho nos jornais, o socialismo pregado e vivido em alguns países é o diabo travestido de boa moça, que os homossexuais devem ser respeitados. Ora bolas, a esquerda não respeitam os que eles acusam de ladrões, agora querem respeitar os homossexuais. Amar o ser humano por detrás de suas práticas é uma coisa, outra coisa é aceitar ele como quer ser aceito.
Você já viu passeata de homens héteros que defendem a “opção” por serem héteros? Se isto acontecer, serão chamados de homofóbicos.
É igual à questão do racismo! Você já viu algum branco usando camisa 100% branco? Se tiver será acusado pelos negros de racista.
Então eu decidi romper com essa postura política de que a esquerda é melhor para o país, para a cidade e estado, quando ela defende a opção vergonhosa homossexual que ofende a moral Bíblica e agride a família ética e respeitosa que sustenta os bons costumes de nossas crianças e jovens.
Serei enfaticamente contra os que roubam do estado, serei radicalmente contra os que defendem os homossexuais, os libertinos e os devassos mesmo que com isso tenha de votar nulo por não achar político assim.
Serei radicalmente a favor do antigo protestantismo, que defendia frente a frente suas convicções bíblicas, que hoje está se “catolizando”, quando os ditos evangélicos se aliam aos políticos que defendem a vergonhosa opção sexual em “moda” e aos que eticamente são duvidosos.
Porque pode ser homossexual e criar leis para eles e não pode roubar? Na Bíblia, meu livro de regra, fé e conduta, as duas coisas juntas ou separadas não podem!
Não voto e falo contra, quem defende estas coisas!

05 setembro 2008

Um tempo em que seguir a Jesus não era nada fashion.

O bispo anglicano Robison Cavalcanti escreveu relatando que no inicio do século XX, crianças e jovens eram perseguidos nas escolas, profissionais nos empregos, proibia-se o aluguel de imóveis comerciais e residenciais para os "nova-seita", também conhecidos como "bodes", Igrejas eram apedrejadas, pessoas fisicamente agredidas, amizades e vínculos familiares eram rompidos. A imprensa incitava contra essa fé "estrangeira". O hino de um Congresso Eucarístico cantava: "Quem não for bom católico, bom brasileiro não é". Bíblias eram queimadas. Paredes de templos protestantes eram levantadas de dia, para serem derrubadas de noite. "Protestante é pobre, burro e feio". Casar minha filha com um deles, nem pensar...
Pois é, tempos de provação aqueles.
Hoje a história é absolutamente diferente. Crente virou sinônimo de fashion, de pessoa chique, de gente da moda, de glamour, de artistas, de fãs, de baile gospel, de poderosos homens e mulheres de Deus. No Brasil de hoje, seguir a Jesus já não nos trás perseguições como anteriormente, pelo contrário, nos trás a promessa de "prosperidade" através de decretos espirituais ou atos proféticos. Seguir a Jesus para geração atual é um maior barato, até porque, Deus é maravilhoso e fiel, e por ser filho do Rei tenho direito a TUDO DE BOM.
Confesso que fico assustado com o evangelho pregado em nossos dias. A denominada teologia Tabajara, cujo conteúdo, é mercadológico e empresarial, verdadeiramente tem nos levado a pregar qualquer coisa menos o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Infelizmente hoje já não somos mais perseguidos pela nossa fé ou moral, nem tampouco pela obediência as Sagradas escrituras. Antes pelo contrário, em nossos dias, os denominados evangélicos são veementemente acusados pela ausência de moralidade, ética e decência.
Tempos dificeis estes.

Pr. Marcos Dornel
IBANC

04 setembro 2008

Cansei de ser Freud



De uns tempos para cá tudo tem explicação psicológica. Marco um jantar com um amigo. Ele chega 45 minutos atrasado, quando eu já estava indo embora. Reclamo. Em vez de pedir desculpas, responde que sou um chato com horário. Discutimos. Dali a alguns dias, uma amiga comum vem defendê-lo:
– Você tem de entender. O pai dele era muito rígido. Tem problema em cumprir compromisso. É uma espécie de rebeldia, sabe?
Francamente, não sei. Fiquei plantado e nem posso reclamar? A maior parte das pessoas – eu inclusive – nunca estudou Freud e outros mestres do inconsciente em profundidade. Lêem-se artigos de revistas, livros de auto-ajuda. Aprende-se em bate-papos com amigos. Mas ouço explicações para cada coisa! Conheço um senhor que abandonou mulher e filhos. Ela batalhou, criou as crianças sozinha. Quando adolescentes, ele ainda botou os meninos contra a mãe, através de vários artifícios. Foi um horror. Ouvi a ex-mulher, já casada novamente, comentar:
– Ele é assim porque veio de uma família desestruturada.
– Quantos saíram de lares complicados e nem por isso são cafajestes? – arrisquei.
Ela me encarou, furiosa:
– Você é moralista.
Se isso é ser moralista, sou sim. Acho obrigação do homem separado ajudar na manutenção dos filhos. Tudo o que antes era "errado", "safado" ou mesmo "maldade" ganhou explicação. A mulher apronta o diabo nas costas do namorado e se descobre que ela tem um problema de rejeição – e para superá-lo quer conquistar a todos que vê pela frente. Bela análise! Mas o que deve fazer o namorado? Dar carona cada vez que ela for resolver seu problema de rejeição com outro?
Fazer terapia é muito bom. Eu faço há muito tempo. Garanto que se não fosse minha primeira terapeuta, Aurea, não seria um escritor. Até então, nunca tinha conseguido concluir um texto iniciado. Graças ao atual, Vicente, continuo produzindo, tendo uma vida emocional com qualidade e resistindo aos impactos da vida profissional. Não concordo com a mania de todo mundo querer agir como terapeuta. Se a omelete vem salgada, a secretária do lar explica:
– Estou com a cabeça cheia de problemas porque meu irmão pegou mania de roubar. É que sempre tivemos pouco em casa e ele cresceu querendo mais.
O ladrão, em vez de ser advertido, está sendo... compreendido! Alguém está sendo despojado de seus bens por conta do trauma. E eu fico com a omelete salgada!
Pior quando a psicologia vira argumento em causa própria:
– Sou gorda porque tenho trauma de infância. Minha mãe me dava comida gostosa quando eu ficava doente e agora identifico comida com amor.
– Não suporto tomar banho porque meu pai me obrigava a tomar uma ducha fria de manhã.
– Não sou safado. Só não consigo me prender a mulher nenhuma porque meus pais viviam mal.
Existem questões sérias a ser resolvidas em um consultório, é claro. A psicologia deu uma grande contribuição ao mundo moderno, tornando todos mais compreensivos. Mas não quero ser terapeuta no dia-a-dia. Para mim, gente que faz maldade com criança é ruim! Conceitos antigos como bom e ruim têm muito valor. Hoje ficou tão fácil! A pessoa acredita que é uma vítima das circunstâncias e desculpa a si mesma. Depois, fica prontinha para outra!
Eu, hein? Posso ser rígido, mas não tonto. Quando alguém apronta comigo, não me sinto disposto a compreender seus traumas de infância. Fico bravo! É melhor nem chegar perto!
publicado na Veja São Paulo por Walcyr Carrasco

30 agosto 2008

Eclesiofobia

O estadão publicou que o papa alerta para o risco da cristianismofobia.
Fobia é a palavra usada para medo sem fundamento aparente.
Eu percebo que temos hoje a eclesiofobia. Medo de igreja! O número de irmãos que estão distantes da comunidade são muito grandes. As desculpas são inumeras. Ouço que foram iludidas, foram desprezadas, “no momento que mais precisei não tive apoio” dizem.
A eclesiofobia tem feito das pessoas cristãs refém da falsa liberdade. Elas não querem o envolvimento comunitário e nem submissão a pastores e líderes. A insubmissão está escondida na eclesiofobia.
Quando conseguem superar a eclesiofobia de forma amena, participam de uma igreja, mas não conseguem mais se envolver e a melhor igreja é aquela que tem multidão para que possam se esconder. Não tem vínculos e nem prestação de contas, mas estão ouvindo uma mensagem na maioria das vezes filosófica e literaria, porque a verdade como é na escritura, eles não aguentam e para não perder o "cliente", ameniza no discurso.

Equilíbrio ou Descontrole

Acompanhando as prévias para presidente dos EUA percebo como não temos tudo em um só. Veja que Obama é democrata, tendências mais liberais, embora seja evangélico, ele tem uma politica economica mais possivel, uma visão de entendimento mundial mais acessivel e muito mais preocupado com a paz do mundo do que o outro candidato Mcain. Esse Mcain, que também é evangélico mais conservador, parece-nos continuista da política Bush, um sanguinário Messiânico. Obama não define suas posições morais, quanto aborto, homossexualismo e outras posturas, mas é preocupado com a paz. Já Mcain é radical e moralista que define sua política entre mau e bom, mas pelo jeito continuará o governo do f"ogo no mundo". Optamos por quem?
Ouvi que quando Bush assumiu a presidência acabou com filmes pornográficos que havia no avião força aérea um. Mas invadiu países alheios com um discurso que escondia uma outra intenção. O antigo presidente era pornógrafo, adúltero e maculado moralmente, mas conseguiu reunir num mesmo local e dia, antigos inimigos para uma conversa.
O que nós evangélicos pensamos sobre isso?
É o mesmo que as igrejas daqui do Brasil em que algumas são boas de teologia mas não fazem nada prático, quando que outras são péssimas de teologia mas operantes na libertação e ação social.
Não dá para ter tudo em uma pessoa só!

05 agosto 2008

Todo mundo tem um Iago na vida.

Por causa de um amigo que trabalha na peça de Shakespeare, Otelo, fui com minha esposa assistir o drama.
Minha concepção é de que o autor era com certeza um grande psicanalista, porque descreveu com exatidão o que temos em nós e vemos nos outros.
Iago é um sujeito dúbio, ciumento e interesseiro que se aproveita da confiança de Otelo, um mouro que se casou com uma branquinha, para jogar um contra o outro.
Iago lança mão de tudo que tem a sua frente! Todos e todas as situações lhe são úteis.
Quem nunca viveu uma situação parecida na vida? Eu mesmo já tive por duas vezes a mesma situação. Você confia na pessoa, dá créditos, compartilha amigos e abre a “agenda” e quando percebe, foi enganado e roubado. Levam seus amigos, joga você contra outros e ainda sai de bonzinho na situação. Só que Iago não termina bem na trama!
Adulações a sua pessoa são comuns em quem quer trair no futuro. Elogios fora de hora e sem propósito é típico na pessoa que trai.
O objetivo não é você, mas o que você possui. O alvo não é relacional, mas material, porque quem trai quer o que você possui. Isso é muito comum na questão do poder. Quem exerce algum tipo de poder sempre correrá o risco de ter por perto um Iago na vida.
Shakespeare é muito sabido e perspicaz, porque retratou a vida cotidiana com muita exatidão, mostrando que os “Otelos” são fáceis de serem traídos porque confiam facilmente nos que se aproximam. Ele também tem um perfil definido, porque Otelo já foi discriminado quando se casou com Desdêmona. Assim, ficou suscetível ao engano e para ser aceito, recebe os elogios de Iago que só quer o que é seu.
Eu “pirei” na peça! Não pisquei nos 180 minutos um só segundo!
Aprendi muito, principalmente quando Iago diz: “Quem é verdadeiro e transparente, prejudica a si mesmo”.
Mais do que certo! A traição entra por essa porta! É bom fechar!

Estou lutando.

A cada dia a luta se intensifica para:
Confiar nos outros;
Acreditar em si mesmo;
Desconfiar dos elogios;
Saber o caminho certo;
Perceber que há poucos amigos e muitos interesseiros;
Perceber que o dinheiro é tudo, para os outros;
Entender que você sem dinheiro não tem nada ao redor;
Acreditar que Deus está no controle de tudo;
Viver sem amigos;
Ver que sonhar alto é perigoso;
Saber que dizer a verdade é ruim pra si mesmo;
Perceber que o tempo passa e as coisas também.

17 julho 2008

Loucura na Igreja Brasileira



A cada dia ouço coisas que "até Deus duvida" como diz o ditado popular, mas é verdade.

Uma mulher, inteligente, que perdeu o marido, ouviu do pastor da igreja Universal que seu marido voltaria em um mês a contar da data da profecia, mas que não seria sem sacrificio. -Qual o sacrificio? Perguntou a senhora. - Vender o que tem e levar o máximo de dinheiro que puder na igreja. Bem, foi o que ela fez por conta do desespero de ter o marido de volta. Conclusão: Nem marido e nem dinheiro. O que será isso? Pilantragem, falso profeta ou falta de fé da mulher? Bem, a Universal diria que é falta de fé, lógico.

Uma outra igreja no interior do Rio de Janeiro, tem como prática cultivar o poder de Deus, mas só que o dito poder é meio estranho. Os ouvintes da palavra tem o hábito de babarem e rirem quando a unção do pregador é muita. O que será isso? Circo ou canil? Esquisito isso né?


E para quem sabe de teologia, pode perceber que os tempos do Antigo Testamento estão de volta. Muitas igrejas estão resgatando velhos costumes e ritos do AT. Inclusive a arca da aliança, shofar e muitas outras praticas que em Cristo não há o menor significado.



O que será isso? Falta de alegria em Cristo ou necessidade de algo mais por achar que Jesus é pouco?


É muita loucura!


05 junho 2008

No que nos tornamos?

Estive na rua considerada totalmente evangélica. A Conde de Sarzedas. Lá existe de tudo, até banca de CD e DVD pirata. Inacreditável ver crentes comprando e encomendando.
Nas lojas você encontra “uniforme” evangélico que vai desde gravata brega de fechecler a camiseta com dizeres esquisitos.
Entrei numa loja bonita, bem decorada de broches, brincos e jóias. Lá avistei uma carteira de ministro evangélico, estilo da policia, com brasão da República. O modelo é para por no bolso da camisa com o brasão pra fora. Estilo “carteirada” na cara de alguém. Pra que isso? Perguntei pra moça do balcão: "Vende muito?" “É o que mais vende!” Respondeu ela. Meu Deus, pensei, porque isso? Que tipo de pastor e líder tem no cenário cristão de hoje pra precisar dessas carteiras?
Vi também uns anéis “gigantes” com inscrições que não ousei perguntar. Vi broches e lapelas pra camisa com inscrições “G12”, “ungido”, “consagrado”, “porteiro”, “pastor”, “apóstolo” e muitos outros que tive de sair às pressas da loja pelo ataque de riso que fui acometido. Fiquei depois com uma pequena depressão pelo que vi. Lamentável isso tudo! Nossa autoridade deixou de ser espiritual e passou a ser material.
O que virou a fé evangélica?

Sem contar os ministérios de hoje que passam mais pelo crivo do corporativismo do que da obra do Espírito Santo. James Houston falou que o ministério profissionalizado de hoje tende a substituir amor por técnicas e tecnologias.
Aqui mesmo na Relva, igreja que pastoreio, eu vivia cercado de profetas querendo fazer campanhas de oração comigo. Quando acabou o dinheiro e os membros ricos, sumiu tudo. Porque será?
Um rapaz muito querido que perdeu a ceia de domingo, me procurou e disse: “Pastor, preciso pedir a ceia”. Eu respondi brincando: “Passe na secretaria, retire um boleto, pague no banco, envie por fax o comprovante e em seguida envio a ceia pelo email.”
Brincadeiras a partes, pelo que vi na Conde e nas igrejas, daqui a pouco estaremos desse jeito.
Já tem igreja pelo rádio com carteirinha de membro pelo correio. O culto você ouve em casa e a contribuição você faz no banco.
Em que nos tornamos mesmo?

15 maio 2008

As pessoas não querem pastor!

Sendo pastor há 15 anos, tenho vários amigos que também são. Em nossas conversas chegamos a uma séria conclusão: As pessoas não querem pastor.
Perceba que as igrejas grandes, com mais de 500 pessoas, posso estar exagerando, cresceram sem ao menos o pastor dar atenção, o que é relativamente impossível. O máximo que ele conseguirá é um aperto de mão “a moda político”, às pressas e sem olhar no teu olho. Como se fosse um aperto no atacado. Aperta a tua e de mais uns 50 quase que de uma vez só.
Conheço um pastor que é dedicado, atende todos os telefonemas de ovelhas, leva filho dos outros na escola, pega no hospital, leva no hospital, dá carona pra endereço contrário, o que não é carona. Pega em casa, leva em casa. Empresta dinheiro e não cobra. Quando solicita visita, vai a qualquer hora. Doente com gripe, sai de noite fria pra levar grávida que passa mal no serviço, pra não ter que pegar ônibus. Ouve desaforos e fica quieto. Não retruca. Quando um membro sai da igreja, telefona e visita, mas o que escuta é só conversa fiada do tipo: “Eu não fui mais porque não tenho tempo, mas quando dá visito outra igreja”. Ué, então porque não visita a nossa? Fica sem resposta! No sermão, o pastor gasta mais de 3 horas escrevendo e muito mais lendo. Às vezes para tudo pra socorrer e levar dinheiro pra ovelha. Com todo esse esforço e dedicação a igreja não passa de 50 pessoas e se não dá atenção num dia qualquer, perde algumas com a alegação de que não foi assistida. É de deixar qualquer um louco da vida!
Por outro lado, vejo igrejas grandes, com mais de 1000 pessoas, que o pastor nunca foi na casa deles. Nem sabe o nome! Mas a ovelha tem orgulho de dizer que é ovelha do fulano. Brincou! Não falta o culto e tenta sem êxito falar com o pastor, mas não desiste, continua firme domingo após domingo e nem chega atrasado. O sermão é ralo, sem consistência, ou, muito bom e profundo, mas sermão não faz pastor. Fala pra multidão. Quando acaba o culto sai pelos fundos porque sabe que não pode atender a todos, então não atende ninguém.
Essa igreja cresce cada vez mais. Como pode?
Duas respostas nos vieram à mente na conversa: Não querem pastor, ou querem um mito. Freud no passado já havia descrito o poder do mito. Acho que nós, pastores da conversa precisamos estudar um pouco mais sobre o mito e nos permitir ser um. É Freud!!!!!

13 maio 2008

A Igreja e a Super Nanny

Nesta última sexta feira, assistindo o programa “Super Nanny”, vi o caso de uma família com seis filhos, três casais de gêmeos, em que as mais velhas eram adotivas. Em suma o programa tratou acerca da falta de comunicação e alguns problemas decorrentes da falta de demonstração de amor dos pais as filhas adotivas.
Você deve estar se perguntando, qual a ligação deste fato à Igreja?
Vemos no Antigo Testamento o Deus Pai aprendendo a ser pai, já no Novo Testamento, vemos o Deus Pai sofrendo a dor do seu único Filho quando o entregou pela humanidade.
A humanidade não compreendeu este sacrifício, mas aqueles que compreenderam se tornaram filhos de Deus por adoção, Deus Pai deu a eles um facilitador que aqui chamaremos de Super Nanny, através dele aprendemos como deve ser a comunicação entre pais e filhos, Ele facilita a nossa comunicação com o Pai e nos auxilia a sermos filhos como deveríamos ser.
Ele vem para demonstrar que Deus Pai realmente se importa conosco, Ele é o selo que nos diz que somos aceitos e amados por Deus, que somos frutos do seu coração, nele a comunicação com o Pai se torna fácil, porque Ele faz isto por nós, sua ação é a compreensão de Deus no interior de cada pessoa.
Antes da chegada da Super Nanny quase não havia comunicação, mas após a sua chegada se tornou fácil abrir o coração e dizer o que sente o filho adotivo.
Logo, com a vinda do Espírito Santo, se tornou mais fácil se achegar ao Pai, compreendendo que Ele nos ama, que somos importantes e que Ele nos quer ensinar um novo modo de sermos filhos.
Muitas mães são hostis ao método da Super Nanny, mas ao dar ouvidos ao seu método vêem uma nova atitude da família, um novo modo de ser.
Portanto dê ouvidos ao Espírito, porque Ele como a Super Nanny te ensinará um novo jeito de se relacionar com o Pai, com os irmãos e ensinará um novo modo de ser gente!
A Super Nanny ao terminar seu serviço vai embora, mas o Espírito te acompanhará todos os dias de sua vida.
Seja sensível a Ele e você verá sua vida ser transformada!
Leandro Eleutério

08 maio 2008

A prisão dos Nardonis foi um Show.

Não tenho dúvidas de que a imprensa é que manda neste país. Se eles não tivessem dado a menor importância à morte de Isabela, não teríamos essa perturbação.
Todo dia, pelo menos uma criança é vítima de violência doméstica. Se a mídia desse atenção especial a todas elas, quem sabe teríamos os casos solucionados.
Na prisão decretada do casal “assassino” vi uma centena de policiais escoltando como se eles fossem bandidos perigosos e violentos.
Uma multidão na rua, que não tem o que fazer da vida, ficou ali olhando não sei o que.
A saída do casal parecia um cortejo de gente importante. Que sucesso fez depois de umas comprinhas no supermercado.
A bandidagem da Zona Norte de São Paulo na noite da prisão, poderia ter feito a festa, porque toda a policia estava focado no casal. Não havia policiamento suficiente para fazer prisão de mais ninguém.
São valentões esses policiais! Com bandido perigoso só vai uma viatura e com pouca gasolina, pra não ter que perseguir por muito tempo.
Espanta-me a justiça decretar a prisão e fazer todo esse “estardalhaço” pelo simples fato da opinião pública estar pressionando juntamente com a mídia.
Ouvimos: “A justiça também pediu a prisão por questões de credibilidade.”
Quando é que vamos deixar de lado a “imagem” e cuidar mais da vida?
Quando é que a justiça será justiça para todos e não só apenas para alguns?
Quantas crianças pobres estão sendo vítimas de pais bêbados, pedófilos e exploradores e ninguém diz nada, nem ao menos vai pra porta da casa deles em noite fria pedir justiça?
Isabela já se foi! Só nos resta agora saber quantas delas ainda existem!

23 abril 2008

1 milhão de líderes

John Maxwell estará no Brasil iniciando um projeto de treinar um milhão de líderes.
Eu particularmente acho esse “cara” com todo respeito, um motivador por excelência. Alguns de seus livros leio e termino com o coração inflamado, mas treinar um milhão de pessoas pra que?
A igreja já está cheia de gente que quer aparecer, mandar e desfilar posando de líder, nós estamos precisando de servos, lavadores de banheiro, motoristas, ajudantes e pastores, não de gerentes ou recursos humanos.
Liderar nunca foi o projeto de Jesus! Ele ensinou a servir que é muito diferente do que entendemos sobre liderança.
No tempo do Mestre, havia também milhões de pessoas e ele preferiu chamar apenas doze “cabeçudos” pecadores e viver com eles por três anos, porque na ótica de Jesus, treinar os futuros “líderes” de igrejas seria influenciar no caráter deles e não dar palestras.
A formação dos chamados “lideres” era dedicação total dia-a-dia porque a visão interna de mundo deveria ser alterada. Jesus comia, dormia e vivia com eles. As palestras eram dadas para o povão e a formação de “liderança” no modelo de Jesus não era intrinsecamente motivação ou encorajamento, muito pelo contrário, certa feita liberou-os para irem embora, porque duro era o seu discurso. Jesus queria mudar o caráter e não ensinar o “pulo do gato”.
O que tenho visto de palestras sobre liderança, é mais mimo e paternidade. Receita de como fazer crescer a igreja e auto-ajuda. Acredito que ouvir um pouco sobre essas coisas pode ajudar em alguma coisa. Paulo nos orientou a ouvir tudo e reter o que é bom, mas treinar liderança não é o que a igreja está precisando no momento. A igreja precisa de caráter, compromisso e submissão.
Nós precisamos de gente que ouça os aflitos, caminhe com os desanimados e viva com os excluídos. A igreja não precisa de gerentes de RH ou vendedores de motivação que muitas vezes deprecia o perdido que não consegue erguer a cabeça.
Maxwell é um bom motivador, mas a igreja precisa de pastores!

Seria melhor organizar treinamento para um milhão de pastores, que é a urgencia da igreja.
Um milhão de líderes pra ensinar o que depois? Arrogância? Empáfia?

Vai ser difícil pastorear essa turma depois, que pensa que sabe tudo. Deus me livre!

21 abril 2008

O caso Isabela Nardoni

Sei que o Brasil e o mundo estão “boquiabertos” com o caso da menina Isabela. Uma criança a mercê de pais que não controlam seus temperamentos e descarregam na criança suas raivas, traumas e neuroses.
Com isso, surgem os que nada sabem sobre disciplina e aproveitam este momento para dizer que pais que batem nos seus filhos deveriam ser presos, como foi o depoimento de Xuxa, a dita rainha dos baixinhos.
É claro que ela nada sabe deste texto e muito menos o que é disciplina.


"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Provérbios 22 : 15)


É claro que o caso Isabela não foi isso, porque a disciplina salva, não mata, pois quem mata são os nossos ódios misturados a disciplina.
Enfim, chorei e choro toda vez que vejo a matéria e o caso sendo desvendado. Mas desde o início não duvidei que os pais que estavam com ela naquela noite são os responsáveis pelo que ocorreu. Só nos resta saber como e porque fizeram isso. A insistência do casal Nardoni em dizer que havia uma terceira pessoa na casa é fantasiosa. O único que saberá dessa pessoa é o psicanalista, porque a terceira pessoa está apenas na cabeça do casal.
Isabela é a “ponta do iceberg” que a imprensa não dá a menor atenção. Quantas crianças são maltratadas pelos pais? Essa menina veio a falecer, e aquelas crianças que não falecem, mas a mente está seriamente comprometida com a morte? São maltratadas mentalmente de forma que crescem “mortas” ao ponto de não conseguirem produzir alguma coisa. São fúteis e desprovidas de vida. Múmias ambulantes dominadas pelos medos e frustrações.
Sem querer fazer apologia da morte, pelo menos a Isabela não será mais vítima de pessoas doentes. E as outras que estão aí sendo mortas todos os dias pelo abuso sexual de “coronéis” e pelo descaso dos pais, pois não tem nada pior do que a omissão e falta de amor. Vítimas de políticos que as usam apenas como propaganda para seus momentos de campanha. Quando participei da política Brasileira no passado, via inúmeros desses políticos beijando as crianças sem ao menos depois de eleitos pensarem nelas ou fazerem algo por elas. Quem mata mais, os Nardonis ou os governantes? Os Nardonis escondem neste momento os políticos omissos e a política capitalista que priva de alimento os pequenos. Enquanto a imprensa foca diariamente o caso Isabela, o mundo continua matando de fome e de omissão nossas crianças que nunca ouvi falar e nunca ouvirei, porque a mídia não se interessa por elas juntamente com os governantes.
Por enquanto, digo à mãe que ficou sem sua menina, aos avôs e tios, confiem no SENHOR Jesus, porque Ele é o único que pode consolar como prometeu que faria.

18 abril 2008

Fazendo para Jesus

No encontro de comemoração dos 10 anos do Projeto Timóteo, ministério que visa à amizade entre pastores, (raridade) ouvimos de Ariovaldo sobre adoração, que adorar a Deus é de dentro. Na alma e no coração! Se fizermos as coisas no pastorado visando resultado das pessoas nós vamos nos frustrar.
Acredito que como pra mim e para muitos que lá estavam, foi um bálsamo, porque quer queiramos ou não, pastoreamos visando “lucros”. Queremos que as coisas funcionem e somos desafiados pelos ministérios americanos (veja meu artigo abaixo) a fazermos que as coisas funcionem certinho e lidar com gente não é o mesmo que máquinas como os gringos insistem em nos fazer acreditar.
Pastoreamos as ovelhas de Deus. Ariovaldo nos disse que todo pastor é pastor auxiliar, co-pastor, porque o titular sempre será Jesus. Pastoreamos pra Ele. Fazemos as coisas por amor a Ele. Se não olharmos pra Ele iremos nos frustrar. Por isso que alguns têm saído pelos fundos da igreja, porque olharam pros outros perdendo de vista o Senhor.
A igreja é Dele e a obra também!
Foi bom ouvir isso, porque a luta nossa pastoral é focar nas pessoas que sempre nos frustrarão como nós frustramos. Jesus é o nosso alvo!
Infelizmente os ministérios de outros países querem nos empurrar goela abaixo seus truques de fazerem as coisas funcionarem. Já não bastava os livros e kits para agora trazerem até roupa imitando um pastor da Califórnia com aquelas camisas florida estilo gringo em terra alheia.
Ouvir Ariovaldo é sempre novidade e profundidade como ele nos faz refletir olhando pra dentro e deixando os outros de lado.
Olhemos pra Jesus amigos, pra Jesus!

14 abril 2008

Para não esquecer!

Essas igrejas que importam ministério de fora, nos fazem sentir que somos uma porcaria.
Digo isso porque quando recebo relatório delas, comprovo que tudo funciona redondo. Não é Skol, mas funciona assim. Nessas igrejas todo mundo trabalha, os ministérios andam, os orçamentos são folgados e as apresentações teatrais, ou melhor, o culto domingo, é extremamente empolgante. Não é profundo, mas é empolgante! Não toca o coração, mas toca os olhos. Entretêm bem! Distrai loucamente! Faz as pessoas sentirem que não perderam a viagem.
Para importar o ministério que funciona, é preciso comprar o kit. Livros, apostilas e parafernália administrativa. É preciso fazer do jeitinho que ensinam. A idéia que tenho é que eles pensam que as pessoas são idênticas das outras. Se programadas conforme o kit, tudo irá dar certo, porque as pessoas são em séries como a linha de montagem das indústrias. É a revolução industrial que chegou às igrejas.
Como havia dito no inicio, me sinto uma porcaria sendo pastor vendo esses deslumbrantes ministérios. Na minha igreja as pessoas entregam ministérios horas antes de eles entrarem em ação. Na minha igreja as pessoas freqüentam um domingo sim e outro não. Na minha igreja, quando os pecados são revelados elas mudam de igreja. Na minha igreja para uma programação dar certo é um parto. Um trabalhão! Um amigo meu, também pastor, me disse que na sua igreja as pessoas não trabalham, mas vivem reclamando que nada acontece. Como se igreja tivesse que acontecer alguma coisa. Uma coisa interessante que tenho percebido é que os que mais dão trabalho na igreja, não são dizimista. Curioso né?
Eu não acredito nestes ministérios que funcionam! Simplesmente pelo fato deles não funcionarem como a propaganda diz. Porque igreja não é lugar das coisas funcionarem. Acho que os líderes desses ministérios se esqueceram que igreja é lugar de pecador. A impressão que tenho é de que o Apóstolo Paulo perdeu em não ter nascido e desenvolvido ministério no século XXI para aprender com eles um jeito novo de fazer igreja. Se Paulo tivesse conhecido esses ministérios e líderes modernos, teria muito que aprender. Principalmente em não arrumar confusão com a sinagoga. Principalmente em não ser duro demais com as pessoas, afinal, elas precisam ficar na igreja.
Essas igrejas de propósito, rede ministerial e grupos de doze, são puro entretenimento. Não acredito numa vírgula nisso. Esse modelo gerencial de pessoas e não pastoral é bobagem olhando para o modelo do Novo Testamento. Pastor não é gerente minuto, nem vendedor de idéias criativas. A impressão que tenho é de que estamos envergonhados com o ministério modelo bíblico e por isso foi criado esse modelo empresarial de ser igreja. Um amigo me falou que numa dessas igrejas grandes da zona sul de São Paulo, os pastores tem de entregarem planejamento para até 2010. Alguns não agüentam mais viverem no ministério como se fossem empregados de uma multinacional. Que no fundo são! Salário é alto, mas a alma tá vendida.
Perceba que cada vez mais os empresários e executivos estão lendo livros sobre espiritualidade e os pastores lendo livros de administração. Alguma coisa errada está acontecendo. Executivos lêem “o Monge e o Executivo”, os pastores lêem “administrando o seu tempo”. “Modelo de administração de Jesus”. “Degraus de poder para o sucesso”. Uma infinidade de livros auto-ajuda para pastores e líderes evangélicos. A bíblia está para os empresários!
O que acontece é que quando uma pessoa não produz nada na igreja ela é prontamente descartada porque não serve. Pastores de sucesso só dão o seu tempo para quem produz. Ovelhinha complicada, machucada e infeliz, não terá ajuda pastoral. Cada vez mais esse modelo norte-americano que invadiu nossas igrejas modelando pastores almofadinhas com pinta de executivo, todo engomadinho, posando de riquinho, com caneta Montblanc no bolso, palm top no outro e celular de último tipo, tem ocupado nossos púlpitos sem profundidade e coração pastoral. É muita lorota, como diz um amigo carioca!
O futuro disso, são pessoas quebradas, infelizes e frustradas procurando um cantinho pequeno, comunitário, sem cobranças e sem agenda. Um lugar para se assentar sobre a relva. Lugar simples, modesto, amoroso e na contramão da produtividade e da festividade oca.
Não se esqueçam que a fé não é de todos e o ministério não é negócio!
Já dizia o atrasado Paulo do século passado, muito passado!

23 março 2008

Fofoca - Uma arma de conquista infiel

Porque as pessoas fofocam?
A fofoca é um mecanismo de passar adiante informações pessoais dos outros.
Sua intenção é conquistar o ouvinte para despertar nele admiração.
A fofoca tem causado problemas sérios numa comunidade, porque ela não é verdadeira. Por mais que se conte um episódio, quem conta recheia o comentário com posições pessoais e é aí que o problema surge.
Igrejas, empresas, famílias e demais núcleos sociais, sofrem com a fofoca, porque ela joga um contra o outro de forma cruel, sem dar direito do acusado se defender. Na maioria das vezes o fofoqueiro é impiedoso porque a sua intenção é causar uma forte impressão no ouvinte. Ele quer ser visto como alguém que sabe das coisas e participa das coisas. Sua arma é o conhecimento. Sua necessidade é a estima, porque ele, o fofoqueiro, é desprovido de auto-estima.
Sua vontade é ser notado, visto e admirado! Por isso que é importante tomar cuidado com o fofoqueiro, mas ele só encontra êxito com outro fofoqueiro.
Uma coisa importante que as vezes o fofoqueiro não se dá conta é de que ele está fazendo o papel do diabo, que é jogar um contra o outro.

29 fevereiro 2008

Porquê será ??

1 Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade. 2 Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. 3 Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: "Aqui está um lugar apropriado para o senhor", mas disserem ao pobre: "Você, fique em pé ali", ou: "Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés", 4 não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados? 5 Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? 6 Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? 7 Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado? 8 Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo"{1}, estarão agindo corretamente. 9 Mas se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. Tiago 2.1-9

Acordei num desses dias qualquer e fiquei pensando muito neste texto acima. Em meus quinze anos de pastorado vivi muita coisa boa e muita coisa ruim. Entre elas a experiência de ter aporrinhações conforme texto citado. Vou explicar!
Todo pastor vive a situação de ter gente que vai e gente que vem na comunidade eclesiástica. Pois bem! Como pastor não me lembro de ter sido chateado por conta de gente pobre que sai da igreja. Por exemplo: “Pastor, porque o irmão José saiu da igreja? Sentiremos a falta dele!” José é um irmãozinho pobre, seu dízimo é em média R$ 30,00 a R$ 40,00 reais. José é um irmãozinho tímido, fala pouco, mora mal e quase não faz nada na igreja a não ser orar em silêncio e cumprimentar discretamente as pessoas. Talvez por causa da sua situação pobre e insignificante. Quando José fica desempregado é comum ouvirmos que ele está em pecado ou não fez o que é certo. Não me lembro de ser questionado sobre a vida de José. Por que ele deixou a igreja e se está precisando de alguma coisa. Amigos pastores também me falam que é comum José não ser notado e nem citado. Como pastor, José não me causa problemas com sua saída. Nem percebemos que se foi embora!
A complicação se dá com o doutor. Por exemplo: Quando um doutor deixa a comunidade, é típico alguns irmãos darem falta dele. Principalmente o tesoureiro (nem todos). O Dízimo do doutor chega há R$ 1.000,00 ou até mais. Quando o doutor tem problemas em sua vida, é o Senhor provando a sua fé e quando ele sai da igreja eu sofro. Sofro porque é comum irmãos me indagarem se eu não errei com o doutor e por ter errado com ele, foi-se. Muitas dúvidas são geradas quanto à postura pastoral! Questionamentos são feitos, do tipo: “Pastor, o senhor pegou pesado.” “Acho que seu linguajar foi ruim pro doutor.” Ou “Pastor, esse papo de pecado espantou o irmão, agora iremos sofrer nas finanças. “Acho melhor o senhor fazer uma visitinha”. O José ninguém me cobra, o doutor, é uma perturbação ferrada.
Um pastor amigo me disse que por três meses um doutor deu o dízimo de cinco mil reais, o que o pastor amigo ordenou que mandasse tudo isso pra missões, afirmando o seguinte.
“A mensagem que pregamos aqui, esse tipo de gente não agüentará seis meses, então não contabiliza esse valor no caixa.”
O apóstolo Tiago afirma no texto acima que são os ricos que perturbam, “sacaneiam”, enchem a paciência e causam problemas. O pobre José não incomoda! Freqüenta certinho com discrição.
O rico é melindroso, desconfiado e maldoso! Qualquer comentário é pra ele e por ele.
O pobre, nem sabe que estão falando dele! Porque não falam!
Quando o pobre sai da igreja, é porque deu trabalho, “pisou na bola” ou já foi tarde. O pastor deu muito espaço e confiou demais.
Quando o rico sai da igreja é porque o pastor errou com ele e não deu atenção necessária.
Porque será que as pessoas se preocupam muito com o doutor e nada com o José?
Todos nós, pastores, ovelhas e líderes deviamos atentar melhor pra carta de Tiago. Acho que num certo sentido estamos dando os melhores lugares em nosso coração para os portadores de roupas boas e anéis caros.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz!

21 fevereiro 2008

Tem gente que ainda não entendeu nada!

Amigos leitores e companheiros de luta cristã!
Esses dias ouvi coisas impressionantes que me levaram a refletir sobre o valor do aconselhamento.
“Pastor, minha filha não quer mais vir a essa igreja por causa do problema dela com o marido. O senhor sabe né? O marido disse que pode ir a outra igreja na sua não porque o senhor conhece a vida dele.”
A história é a velha história! A mulher procura o pastor, abre a vida, chora, o pastor ora, aconselha ,acompanha e espera o resultado. Os dias passam e a mulher não vem mais porque o marido não deixa. O motivo é que agora o pastor está sabendo da vida dele.
Com mais freqüência eu ouço que é melhor freqüentar uma igreja grande porque lá ninguém sabe da vida do outro.
Que valor teve o aconselhamento e o tempo gasto com a referida mulher aflita?
As pessoas estão se perdendo no conceito do que é igreja! O corpo de Cristo não é um corpo isolado sem comunhão. Não será de bom proveito participar de uma comunidade que não sabe e nem auxilia o membro em suas dores. Não foi pra isso que Jesus pagou o preço e nem ensinou o valor de andar junto como os doze.
Depois de ouvir isso, confesso que fiquei pensativo se vale a pena, dar o meu tempo para pessoas que te “exploram” e depois fogem pra outro aprisco. Bem, se eu pensar no Reino como um todo vale, mas se pensar que deixei de dar o meu tempo pras outras que estão juntas, me sinto arrependido. São tantas que gostariam de ter o que as outras tiveram e foram embora que me entristeço por não ter dado a elas o meu precioso tempo.
Um pastor depois de ter acompanhado dois rapazes por muito tempo, os perdeu! Um certo dia encontrou um deles na rua e ouviu a seguinte desculpa: “Pastor, quero que saiba que o senhor me ajudou muito, e agora estou servindo em outra igreja. Só não fiquei na sua por vergonha.”
Acho que esse rapaz não entendeu nada do que é ser cristão, e como ele tem muitos!

20 fevereiro 2008

Desabafo de Ovelha (crente)

A vida de ovelha tem sido penosa e turbulenta. A ovelha está nesse aprisco desde que nasceu. Rick Warren afirma, "Se você não gasta tempo com os de fora, como irá entender o que eles pensam" ? Não temos mais pastores com chamados de Deus e sim teólogos diplomados, com bacharelado, Mba e ênfase em relações pessoais, marketing, administração.
Não sei mais quem é o "pastor", afinal ele é um pregador itinerante e pertencente à igreja de Cristo, você não viu a carteirinha de membro dele? Eu também não vi. Acima dele só Deus e o chapéu. Parece ser a quarta pessoa da "quatrindade". Não anda mais com revistas da EBD e sim com livros ou cds, quando não, os dois. E convenhamos de péssima qualidade técnica e teor patético.
A igreja virou um mercado. Os "pastores", os mercadores. As ovelhas as mercadorias.
Os fundamentos da nossa doutrina, eles mudaram. Se fui atropelado, foi legalidade espiritual. Se meu nome foi para o SPC, surge a pergunta: Você é dizimista fiel? Eles acham que nós só lemos a Bíblia domingo à noite.
A ovelha sempre sofrida doa a sua oportunidade de aconselhamento para as outras ovelhas em estado de emergência. A ovelha diz: Sujeição é o cume do abandono. É bem verdade, a mais pura verdade, é mais que verdade. Ovelha se berrar, está apostatada, afinal, foi levada como ovelha muda...Se uma ovelha sequer pensar algo que vai contra os interesses do "pastor", ele esbraveja essa:
" não levanta sua voz contra o ungido do Deus Vivo".
Alguns "pastores", no tempo de experiência, estão em todos os cultos. Oferecem-se para tudo: aconselhamento, reforma no templo, capinação no quintal da ovelhinha, não precisa nem de gasolina para o carro. Três meses depois, é um tal de férias, fim semana com a família, internet com speed, banda larga e tv a cabo. A ovelha, coitadinha, tendo que assistir o Jornal Nacional, quando não é outro programa (mas essa é outra conversa), por que só tem tv aberta e um aparelho preto e branco com esponja de "Bombril" na antena.
A ovelha não conta, mas, levanta sempre de madrugada para orar por ela mesma, pelo pastor, igreja, vizinho, comunidade, estado e país.
A ovelha tem primos ricos e irmãos pobres, que nem tiveram acesso a uma educação decente. E esta ovelha nem sequer chorou pela morte do avô. Quer saber um pouco sobre ele? Era um senhor de engenho e segundo o "pastor" a ovelha tem que orar por ele, que é pra não pegar uma maldição hereditária.
Ovelha morre de medo de que o pastor venha com esta história de rosa ungida, camisa ao avesso, sal grosso, sal iodado, sal temperado e pare de falar das coisas do céu. Aliás, só de ver um "oleozinho", ungido perto do púlpito a ovelha já estremece. Tem mais medo disso do que da máquina de tosa. Quer ver uma ovelha tremendo? Fale para ela que a igreja está pensando em alugar um "horariozinho" na televisão.
Ovelha entra em depressão com o fim da escola dominical.
A ovelha fica triste quando no dia de ano novo, o pastor lhe manda uma mensagem, não lhe desejando paz, felicidade, mas pedindo oferta, pois vai viajar. E a ovelha, com saudade dos que ela deixou há tempos e não pode nem lhes telefonar, pois o telefone é pré-pago e crédito só quando sobrar grana e quando vai sobrar?
Ovelha muitas vezes doa mais do que pode, vai muito alem dos 10%. E sente-se feliz por isso. Está ainda disposta a fazer trabalho braçal. E nem por isso acredita nessa historia de restituição, ano de Elias, ano de Isaque, oração dos 318, planta um, vai colher cem. Só ser for milho. E que não seja em Varzelandia, norte de minas, por que lá não chove faz tempo.
É dureza a vida de ovelha, ter que examinar com afinco tudo o que pastor anda dizendo, pra não ser ludibriada. Chegar em casa e repassar todo o sermão a luz da bíblia.
Como ir a igreja sem dinheiro para pagar o ônibus? Permanecer antes da catraca até o ultimo ponto, na esperança de que o culto acabe em menos de duas horas e ela consiga a integração gratuita na volta pra casa. Ter que usar o vale transporte da empresa e no fim do mês, pedir carona para o cobrador que a olha como se ela fosse uma desocupada. Acordar as quatro da matina. Trabalhar o dia inteiro de pé, agüentar pressão de chefe incircunciso, chateação de clientes "cheios de razão", colegas de trabalho, depois ir para a igreja e ouvir um sermão água com açúcar. Depois do culto a ovelha pega um "busão" lotado e o "pastor" de Vectra, Ford fusion (carrão), Audi A3, Frontier, Omega alemão, tudo automático, direção hidráulica, banco de couro, teto solar, mp3 e computador de bordo.
Pastor não sabe o que é uma catraca, não conhece um cobrador, nunca viu motorista pé de breque, nunca usou um cartãozinho chamado bilhete único. Pastor só conhece chekin (é assim que se escreve?), aeroporto, comissária de bordo, passagem de primeira classe, cartões cinco estrelas com limite ilimitado. Sei de um que chega de helicóptero, começa com Davi e termina com Miranda.
Ovelha sofre calada!
A ovelha gostaria de ficar perto do pastor, para ser um pastor um dia (não deixa de ser por interesse), mas o pastor tem sempre medo de concorrência.
Quando um desses pastores se vai, a ovelha estende suas preces para que Deus lhe de entendimento do Reino. Assim a sensibilidade aumenta.
Mas quando uma ovelha fala mal da outra, aí já é demais:
Esse é o ponto de vista de uma ovelha que não berra em coletividade, mas anda na contramão do sentido. Ovelha essa, que não entende muito bem alguns "pastores", mas que busca com ansiedade ouvir a voz do seu PASTOR. E eu nem sabia que ovelha tinha ponto de vista.


Adonias Reis

12 fevereiro 2008

A verdade é livre

Domingo, em minhas leituras matinais, deparei-me com um texto sobre Schopenhauer, filósofo alemão de 1788-1860. Conhecido pelo seu pessimismo e por sua defesa a Nietzsche.
O texto dizia que ele nos ensina a viver e nos desafia a vida moderna.
Mas o maior impacto que recebi de seus escritos foi sua frase e afirmação que diz:
“A verdade não foi feita para agradar, nem deve depender de adesões.”
Fiquei aturdido e pensativo sobre isso e no fim encorajado, apesar do filósofo ser pessimista.
Em nossas relações nós somos desafiados a todo tempo a sermos transparentes, embora que, as pessoas estejam acostumadas a falsidades e dissimulações, porque a verdade é impactante e aterrorizante.
Quando falamos a verdade corremos o risco de sermos deixados falando sozinhos, ou se o nosso ouvinte for humilde seremos amados.
O que é verdade na fala de Schopenhauer é que ela, a verdade, não precisa e nem deve ser agradável.
Quando a verdade é “chata” ou agressiva, é porque estamos envoltos em nossos erros e ela veio para nos tirar de nossa câmara de proteção do engano.
Se a verdade liberta como Cristo nos disse, ela então não precisa de adesões como bem destacou o filósofo, porque se depender disso, não será mais livre para libertar.
Terminei o texto com um alivio imenso, porque ser verdadeiro traz dores, perdas e isolamentos, mas mesmo assim é melhor do que enganar e ser enganado.
Que Deus nos dê, a mim e a você, verdadeiros momentos, verdadeiros amigos e verdadeiros pensamentos para que sejamos livres.

21 janeiro 2008

Talvez ajude alguém...

No fim do ano passado novamente minha vida pessoal e ministerial passou por uma turbulência por conta de relações pessoais. Confusões de comunicação e o dedo do “inimigo” trouxeram a mim e aos outros, desconfortos que poderiam ser evitados se tanto eu quanto eles atentássemos para ensinos aplicáveis de Cristo.
Um senhor que não é membro de nossa comunidade e nem crente, percebeu alguma coisa em meu semblante e gentilmente tirou cópia de umas páginas de um livreto seu e foi até minha casa muito “sem graça” e me presenteou.
Ao ler, constatei que ele grifou algumas palavras como se me conhecesse e soubesse o que eu precisasse ouvir.
O motivo de publicar aqui “a benção” que foi o texto na minha vida é na intenção que ele venha a ser pra você também. Leia os trechos abaixo e pense muito neles.

1. Não se deve dar crédito a qualquer palavra, mas segundo Deus, examinar as coisas. Tão fracos somos!
2. Não abras teu coração a qualquer homem e com os ricos, não sejas lisonjeador (bajulador).
3. É necessário ter caridade com todos; mas não familiaridade.
4. O que o homem não pode emendar em si ou nos outros, deve sofrê-lo com paciência, até que Deus ordene de outro modo.
5. Se alguém, admoestado uma ou duas vezes, não se emendar, não porfies com ele; mas encomenda tudo a Deus.
6. Não te importe muito saber quem é por ti ou contra ti, mas só deseja e procura que Deus te ajude em tudo o que fizeres. Tem boa consciência e Deus te defenderá.
7. Se souberes calar e sofrer, sem dúvida verás o auxílio de Deus.
8. Filho, não te escandalizes se alguns tiverem má opinião de ti e disserem o que não quiseres ouvir. Se andares recolhido dentro em ti, que te importarão as palavras que o vento leva?