15 maio 2008

As pessoas não querem pastor!

Sendo pastor há 15 anos, tenho vários amigos que também são. Em nossas conversas chegamos a uma séria conclusão: As pessoas não querem pastor.
Perceba que as igrejas grandes, com mais de 500 pessoas, posso estar exagerando, cresceram sem ao menos o pastor dar atenção, o que é relativamente impossível. O máximo que ele conseguirá é um aperto de mão “a moda político”, às pressas e sem olhar no teu olho. Como se fosse um aperto no atacado. Aperta a tua e de mais uns 50 quase que de uma vez só.
Conheço um pastor que é dedicado, atende todos os telefonemas de ovelhas, leva filho dos outros na escola, pega no hospital, leva no hospital, dá carona pra endereço contrário, o que não é carona. Pega em casa, leva em casa. Empresta dinheiro e não cobra. Quando solicita visita, vai a qualquer hora. Doente com gripe, sai de noite fria pra levar grávida que passa mal no serviço, pra não ter que pegar ônibus. Ouve desaforos e fica quieto. Não retruca. Quando um membro sai da igreja, telefona e visita, mas o que escuta é só conversa fiada do tipo: “Eu não fui mais porque não tenho tempo, mas quando dá visito outra igreja”. Ué, então porque não visita a nossa? Fica sem resposta! No sermão, o pastor gasta mais de 3 horas escrevendo e muito mais lendo. Às vezes para tudo pra socorrer e levar dinheiro pra ovelha. Com todo esse esforço e dedicação a igreja não passa de 50 pessoas e se não dá atenção num dia qualquer, perde algumas com a alegação de que não foi assistida. É de deixar qualquer um louco da vida!
Por outro lado, vejo igrejas grandes, com mais de 1000 pessoas, que o pastor nunca foi na casa deles. Nem sabe o nome! Mas a ovelha tem orgulho de dizer que é ovelha do fulano. Brincou! Não falta o culto e tenta sem êxito falar com o pastor, mas não desiste, continua firme domingo após domingo e nem chega atrasado. O sermão é ralo, sem consistência, ou, muito bom e profundo, mas sermão não faz pastor. Fala pra multidão. Quando acaba o culto sai pelos fundos porque sabe que não pode atender a todos, então não atende ninguém.
Essa igreja cresce cada vez mais. Como pode?
Duas respostas nos vieram à mente na conversa: Não querem pastor, ou querem um mito. Freud no passado já havia descrito o poder do mito. Acho que nós, pastores da conversa precisamos estudar um pouco mais sobre o mito e nos permitir ser um. É Freud!!!!!

13 maio 2008

A Igreja e a Super Nanny

Nesta última sexta feira, assistindo o programa “Super Nanny”, vi o caso de uma família com seis filhos, três casais de gêmeos, em que as mais velhas eram adotivas. Em suma o programa tratou acerca da falta de comunicação e alguns problemas decorrentes da falta de demonstração de amor dos pais as filhas adotivas.
Você deve estar se perguntando, qual a ligação deste fato à Igreja?
Vemos no Antigo Testamento o Deus Pai aprendendo a ser pai, já no Novo Testamento, vemos o Deus Pai sofrendo a dor do seu único Filho quando o entregou pela humanidade.
A humanidade não compreendeu este sacrifício, mas aqueles que compreenderam se tornaram filhos de Deus por adoção, Deus Pai deu a eles um facilitador que aqui chamaremos de Super Nanny, através dele aprendemos como deve ser a comunicação entre pais e filhos, Ele facilita a nossa comunicação com o Pai e nos auxilia a sermos filhos como deveríamos ser.
Ele vem para demonstrar que Deus Pai realmente se importa conosco, Ele é o selo que nos diz que somos aceitos e amados por Deus, que somos frutos do seu coração, nele a comunicação com o Pai se torna fácil, porque Ele faz isto por nós, sua ação é a compreensão de Deus no interior de cada pessoa.
Antes da chegada da Super Nanny quase não havia comunicação, mas após a sua chegada se tornou fácil abrir o coração e dizer o que sente o filho adotivo.
Logo, com a vinda do Espírito Santo, se tornou mais fácil se achegar ao Pai, compreendendo que Ele nos ama, que somos importantes e que Ele nos quer ensinar um novo modo de sermos filhos.
Muitas mães são hostis ao método da Super Nanny, mas ao dar ouvidos ao seu método vêem uma nova atitude da família, um novo modo de ser.
Portanto dê ouvidos ao Espírito, porque Ele como a Super Nanny te ensinará um novo jeito de se relacionar com o Pai, com os irmãos e ensinará um novo modo de ser gente!
A Super Nanny ao terminar seu serviço vai embora, mas o Espírito te acompanhará todos os dias de sua vida.
Seja sensível a Ele e você verá sua vida ser transformada!
Leandro Eleutério

08 maio 2008

A prisão dos Nardonis foi um Show.

Não tenho dúvidas de que a imprensa é que manda neste país. Se eles não tivessem dado a menor importância à morte de Isabela, não teríamos essa perturbação.
Todo dia, pelo menos uma criança é vítima de violência doméstica. Se a mídia desse atenção especial a todas elas, quem sabe teríamos os casos solucionados.
Na prisão decretada do casal “assassino” vi uma centena de policiais escoltando como se eles fossem bandidos perigosos e violentos.
Uma multidão na rua, que não tem o que fazer da vida, ficou ali olhando não sei o que.
A saída do casal parecia um cortejo de gente importante. Que sucesso fez depois de umas comprinhas no supermercado.
A bandidagem da Zona Norte de São Paulo na noite da prisão, poderia ter feito a festa, porque toda a policia estava focado no casal. Não havia policiamento suficiente para fazer prisão de mais ninguém.
São valentões esses policiais! Com bandido perigoso só vai uma viatura e com pouca gasolina, pra não ter que perseguir por muito tempo.
Espanta-me a justiça decretar a prisão e fazer todo esse “estardalhaço” pelo simples fato da opinião pública estar pressionando juntamente com a mídia.
Ouvimos: “A justiça também pediu a prisão por questões de credibilidade.”
Quando é que vamos deixar de lado a “imagem” e cuidar mais da vida?
Quando é que a justiça será justiça para todos e não só apenas para alguns?
Quantas crianças pobres estão sendo vítimas de pais bêbados, pedófilos e exploradores e ninguém diz nada, nem ao menos vai pra porta da casa deles em noite fria pedir justiça?
Isabela já se foi! Só nos resta agora saber quantas delas ainda existem!