"Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" 1Pe.4.17
Promotoria denuncia os fundadores da Renascer
Eles são acusados de criar igreja "laranja" para evitar processos na Justiça
Ministério Público pediu o fechamento dos templos da instituição no Estado de São Paulo; objetivo é evitar que fiéis sejam "enganados"
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça, sob acusação de falsidade ideológica, os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo.
Segundo a denúncia, o apóstolo Estevam Hernandes Filho, a bispa Sonia Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Na denúncia, o promotor criminal Marcelo Mendroni pede o fechamento de todos os templos da Renascer no Estado. O objetivo é evitar que fiéis continuem sendo "enganados ou prejudicados" com a ação da igreja, que já responde a mais de cem ações de cobrança de dívidas, a maioria trabalhista.
Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação -rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo- funciona um templo da Renascer.
Falsidade ideológica é crime previsto no Código Penal e acontece quando uma pessoa fornece informações falsas com a finalidade de prejudicar direitos. A pena prevista é de um a três anos de reclusão, quando envolve documento falsificado por particular.
Em setembro, fundadores da Renascer foram denunciados por estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A denúncia foi acatada pela Justiça e tramita na 1ª Vara Criminal, que determinou quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.
Um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse à Folha que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas comprassem bens. "Oficialmente, eu recebia R$ 1.500. Mas, por fora, recebia R$ 8.000 em notas de R$ 1 e R$ 5, o que caracterizava dinheiro de oferta [dos fiéis]."
Acaso
A relação entre as igrejas foi descoberta depois que a Mapfre Seguros começou a investigar causas de um acidente com um helicóptero segurado pela empresa. A aeronave caiu em 2005 em um haras da filha do casal Hernandes.
Na tentativa de ficar desobrigada de pagar indenização, a Mapfre descobriu que o seguro estava em nome da empresa Radar Segurança e Vigilância Personalizada Ltda., cujo responsável legal era integrante da Renascer. Já o piloto, Márcio José Borba de Melo, morto no acidente, era funcionário da igreja Internacional Renovação Evangélica. Ao analisar a ação, o Ministério Público descobriu a relação entre as duas igrejas, que foram investigadas e, depois, denunciadas.
25 outubro 2006
11 outubro 2006
Luz na Net (N.20)
"Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês!" João 20.19
Jesus chega no exato momento de medo dos seus pupilos.
Interessante perceber que os que detinham a paternidade divina eram os que causavam medo nos que seguiam a Jesus.
Talvez o medo de expor a fé no ambiente de trabalho seja a realidade de muitos, mas Jesus lhe diz que a paz esteja com você. Essa paz que lhe traz descanso no meio da luta e do medo, que lhe permite sentir alivio quando tudo está indicando para um caos total na sua vida.
Quem sabe se você pedir que Ele apareça no meio do seu coração seja o que você mais precise neste dia.
A paz esteja convosco, pode dizer o Senhor pra ti hoje!
Jesus chega no exato momento de medo dos seus pupilos.
Interessante perceber que os que detinham a paternidade divina eram os que causavam medo nos que seguiam a Jesus.
Talvez o medo de expor a fé no ambiente de trabalho seja a realidade de muitos, mas Jesus lhe diz que a paz esteja com você. Essa paz que lhe traz descanso no meio da luta e do medo, que lhe permite sentir alivio quando tudo está indicando para um caos total na sua vida.
Quem sabe se você pedir que Ele apareça no meio do seu coração seja o que você mais precise neste dia.
A paz esteja convosco, pode dizer o Senhor pra ti hoje!
09 outubro 2006
Luz na Net (N.19)
A DOENÇA DA URGÊNCIA
Leitura:
Filipenses 3:7-16
Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito;
mas prossigo. - Filipenses 3:12
"Anda logo!" "Estamos atrasados!" "É pra ontem!" Quantas vezes as nossas palavras impacientes brotam no nosso discurso, revelando o ritmo alucinado da nossa vida!? Se não tivermos cuidado, transformamo-nos em pessoas deprimidas exigindo resultados imediatos e instantâneos. Os psicólogos chamam este estado de "Doença da Urgência".
Em Filipenses 3 o apóstolo Paulo, que experimentava crescimento espiritual contínuo, lembra-nos que a maturidade cristã pode ser encorajada mas não apressada. No seu livrom
Overcomers Through the Cross (Vencedores Pela Cruz), Paul Billheimer diz que assim como Deus leva tempo a fazer um carvalho, também leva tempo a fazer um santo. O crescimento cristão é um processo que leva a vida inteira.
Billheimer escreveu: "Uma maçã verde, por não estar pronta a ser comida, não pode ser excluída. Apenas não está pronta a ser comida, porque Deus ainda não a terminou. Está numa fase do seu processo, sendo boa em si mesma."
Estás a sentir-te impaciente com o teu crescimento espiritual? Lembra-te que Deus ainda não deixou de agir em ti, nem Ele espera deixar de o fazer até ao momento em que te chamar para a Casa do Pai. Assegura-te de que o teu objetivo é o de conheceres a Cristo e de te tornares mais como Ele. Então lentamente, mas com segurança, quer sob um céu azul ou um céu tempestuoso, Ele tornar-te-á maduro. Esta é a cura para a tua "Doença da Urgência".
Leitura:
Filipenses 3:7-16
Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito;
mas prossigo. - Filipenses 3:12
"Anda logo!" "Estamos atrasados!" "É pra ontem!" Quantas vezes as nossas palavras impacientes brotam no nosso discurso, revelando o ritmo alucinado da nossa vida!? Se não tivermos cuidado, transformamo-nos em pessoas deprimidas exigindo resultados imediatos e instantâneos. Os psicólogos chamam este estado de "Doença da Urgência".
Em Filipenses 3 o apóstolo Paulo, que experimentava crescimento espiritual contínuo, lembra-nos que a maturidade cristã pode ser encorajada mas não apressada. No seu livrom
Overcomers Through the Cross (Vencedores Pela Cruz), Paul Billheimer diz que assim como Deus leva tempo a fazer um carvalho, também leva tempo a fazer um santo. O crescimento cristão é um processo que leva a vida inteira.
Billheimer escreveu: "Uma maçã verde, por não estar pronta a ser comida, não pode ser excluída. Apenas não está pronta a ser comida, porque Deus ainda não a terminou. Está numa fase do seu processo, sendo boa em si mesma."
Estás a sentir-te impaciente com o teu crescimento espiritual? Lembra-te que Deus ainda não deixou de agir em ti, nem Ele espera deixar de o fazer até ao momento em que te chamar para a Casa do Pai. Assegura-te de que o teu objetivo é o de conheceres a Cristo e de te tornares mais como Ele. Então lentamente, mas com segurança, quer sob um céu azul ou um céu tempestuoso, Ele tornar-te-á maduro. Esta é a cura para a tua "Doença da Urgência".
02 outubro 2006
POR QUE VOTO EM LULA ??
Democracia é maior que qualquer um de nós
RENATO JANINE RIBEIRO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Eleição não é luta do bem com o mal. É comparação. Voto em Lula porque, a meu ver, seu governo melhorou o Brasil. Ele recebeu o país com uma agenda ditada pela direita, que reduzia quase tudo à política econômica, ou pior, à monetária e à fiscal; um país que, no fim de 2001, não cumpria mais o Orçamento, sem dinheiro nem para pagar passagens de ministros, com o dólar a R$ 4 e um risco-Brasil enorme. Ora, o governo de centro-esquerda foi capaz de acalmar a economia, de baixar o risco, de aumentar as exportações, enfim, de cumprir uma agenda econômica que não era sua prioridade, nem a dos movimentos populares, e isso sem privatizar nada, sem desfazer o patrimônio público.
Mais, ainda: Lula colocou na política brasileira, de modo definitivo, uma agenda social importante. E com êxito. Segundo Maria Inês Nassif ("Valor Econômico", 24/8), o maior rigor em programas como o Bolsa-Família e os do Ministério das Cidades "desintermediou o voto da população pobre, que antes passava pelo chefe local". Se isso é certo, não há paternalismo na atual política de promoção social. Não adianta ficar inventando que Lula se proclamou "pai dos pobres". Alguns jornalistas dizem isso, mas nunca informam quando o presidente teria usado uma linguagem tão contrária a suas crenças para se referir a si próprio. Tudo indica que há menos paternalismo agora do que antes.
É engraçado: quando se banhava de dinheiro o grande capital (empréstimos do BNDES a juros baixos para privatizar estatais), a opinião dominante chamava isso de progresso, mas, quando se dá dinheiro aos mais pobres, para comerem e se vestirem melhor, a mesma opinião dominante entende que dinheiro nas mãos de pobres não presta.
Discordo disso.
Quero uma sociedade democrática. Isso significa, em primeiro lugar, o fim da miséria, a redução da desigualdade social.
No horizonte político brasileiro, não vejo força melhor que a coligação de esquerda para promover esse salto qualitativo. Ela tem sido capaz de melhorar as condições sociais com uma temperatura baixa de conflitos, ao contrário do que diziam seus detratores.
O país não pegou fogo. O saldo do governo é positivo: a questão social está sendo bem orientada.
Agora vamos à questão ética.
No governo atual o procurador-geral não engaveta processos, a Polícia Federal age, CPIs funcionam. Já seu principal adversário impediu 60 CPIs de funcionar na Assembléia paulista, deixou uma política de segurança prepotente e ineficaz (porque acabamos sob o domínio do PCC) e uma política de educação que não é das melhores. Eleição é comparação. Não vejo no governo Alckmin superioridade ética sobre o governo Lula.
Contudo, há satisfações que o PT deve à sociedade. Os escândalos mostram que ele é um partido mais "normal" do que imaginava ser. Humildade não faz mal. O PT tem seus defeitos. Deve contas ao Brasil. Tem de fazer uma faxina interna e punir quem errou. Mas, ainda assim, consegue governar melhor que os outros. Aliás, seria bom o país todo fazer um exame de consciência. Com o financiamento privado de eleições, a porta se escancara para a negociata. Deveríamos priorizar em 2007 a reforma política, com fidelidade partidária, condições mais equilibradas de financiamento às candidaturas e talvez até o voto distrital.
Uma eleição não é uma guerra. Amanhã e sempre, teremos de conviver, quem votou em Lula ou nos outros candidatos.
Precisa cessar o terror discursivo, a ameaça ao voto universal. Este é o segundo ponto em que desejo uma sociedade democrática. Democracia significa respeitar o discurso do outro. Nas eleições, as pessoas se exaltam, mas é desonesto deformar o que o outro disse.
Muito do que hoje se conta sobre o PT ou sobre quem o apóia, como eu, é uma enorme caricatura. Isso amesquinha a política, que deve ser arena de adversários, não de inimigos.
Esse clima envenenado não ajuda o de que mais precisamos, não nós da esquerda, mas nós brasileiros: construir alianças, trabalho em conjunto, convergências. A sociedade é maior que a política. O Brasil é maior que os partidos. A pequena ambição não pode erodir nossas oportunidades.
Podemos enfrentar a miséria, melhorar a educação e a saúde, integrar os excluídos. Penso que Lula é o mais adequado, hoje, para dirigir o governo neste rumo mas penso também que este tem de ser um projeto de sociedade, e não apenas de governo. Não estamos, hoje, terceirizando a solução de nossos problemas. Estamos elegendo o mais apto a dirigir um esforço que deve ser maior do que ele e do que qualquer um de nós.
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RENATO JANINE RIBEIRO , professor de ética e filosofia política na USP, é diretor de avaliação da Capes e autor de, entre outras obras, "A Sociedade Contra o Social - O Alto Custo da Vida Pública no Brasil" (Companhia das Letras)
RENATO JANINE RIBEIRO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Eleição não é luta do bem com o mal. É comparação. Voto em Lula porque, a meu ver, seu governo melhorou o Brasil. Ele recebeu o país com uma agenda ditada pela direita, que reduzia quase tudo à política econômica, ou pior, à monetária e à fiscal; um país que, no fim de 2001, não cumpria mais o Orçamento, sem dinheiro nem para pagar passagens de ministros, com o dólar a R$ 4 e um risco-Brasil enorme. Ora, o governo de centro-esquerda foi capaz de acalmar a economia, de baixar o risco, de aumentar as exportações, enfim, de cumprir uma agenda econômica que não era sua prioridade, nem a dos movimentos populares, e isso sem privatizar nada, sem desfazer o patrimônio público.
Mais, ainda: Lula colocou na política brasileira, de modo definitivo, uma agenda social importante. E com êxito. Segundo Maria Inês Nassif ("Valor Econômico", 24/8), o maior rigor em programas como o Bolsa-Família e os do Ministério das Cidades "desintermediou o voto da população pobre, que antes passava pelo chefe local". Se isso é certo, não há paternalismo na atual política de promoção social. Não adianta ficar inventando que Lula se proclamou "pai dos pobres". Alguns jornalistas dizem isso, mas nunca informam quando o presidente teria usado uma linguagem tão contrária a suas crenças para se referir a si próprio. Tudo indica que há menos paternalismo agora do que antes.
É engraçado: quando se banhava de dinheiro o grande capital (empréstimos do BNDES a juros baixos para privatizar estatais), a opinião dominante chamava isso de progresso, mas, quando se dá dinheiro aos mais pobres, para comerem e se vestirem melhor, a mesma opinião dominante entende que dinheiro nas mãos de pobres não presta.
Discordo disso.
Quero uma sociedade democrática. Isso significa, em primeiro lugar, o fim da miséria, a redução da desigualdade social.
No horizonte político brasileiro, não vejo força melhor que a coligação de esquerda para promover esse salto qualitativo. Ela tem sido capaz de melhorar as condições sociais com uma temperatura baixa de conflitos, ao contrário do que diziam seus detratores.
O país não pegou fogo. O saldo do governo é positivo: a questão social está sendo bem orientada.
Agora vamos à questão ética.
No governo atual o procurador-geral não engaveta processos, a Polícia Federal age, CPIs funcionam. Já seu principal adversário impediu 60 CPIs de funcionar na Assembléia paulista, deixou uma política de segurança prepotente e ineficaz (porque acabamos sob o domínio do PCC) e uma política de educação que não é das melhores. Eleição é comparação. Não vejo no governo Alckmin superioridade ética sobre o governo Lula.
Contudo, há satisfações que o PT deve à sociedade. Os escândalos mostram que ele é um partido mais "normal" do que imaginava ser. Humildade não faz mal. O PT tem seus defeitos. Deve contas ao Brasil. Tem de fazer uma faxina interna e punir quem errou. Mas, ainda assim, consegue governar melhor que os outros. Aliás, seria bom o país todo fazer um exame de consciência. Com o financiamento privado de eleições, a porta se escancara para a negociata. Deveríamos priorizar em 2007 a reforma política, com fidelidade partidária, condições mais equilibradas de financiamento às candidaturas e talvez até o voto distrital.
Uma eleição não é uma guerra. Amanhã e sempre, teremos de conviver, quem votou em Lula ou nos outros candidatos.
Precisa cessar o terror discursivo, a ameaça ao voto universal. Este é o segundo ponto em que desejo uma sociedade democrática. Democracia significa respeitar o discurso do outro. Nas eleições, as pessoas se exaltam, mas é desonesto deformar o que o outro disse.
Muito do que hoje se conta sobre o PT ou sobre quem o apóia, como eu, é uma enorme caricatura. Isso amesquinha a política, que deve ser arena de adversários, não de inimigos.
Esse clima envenenado não ajuda o de que mais precisamos, não nós da esquerda, mas nós brasileiros: construir alianças, trabalho em conjunto, convergências. A sociedade é maior que a política. O Brasil é maior que os partidos. A pequena ambição não pode erodir nossas oportunidades.
Podemos enfrentar a miséria, melhorar a educação e a saúde, integrar os excluídos. Penso que Lula é o mais adequado, hoje, para dirigir o governo neste rumo mas penso também que este tem de ser um projeto de sociedade, e não apenas de governo. Não estamos, hoje, terceirizando a solução de nossos problemas. Estamos elegendo o mais apto a dirigir um esforço que deve ser maior do que ele e do que qualquer um de nós.
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RENATO JANINE RIBEIRO , professor de ética e filosofia política na USP, é diretor de avaliação da Capes e autor de, entre outras obras, "A Sociedade Contra o Social - O Alto Custo da Vida Pública no Brasil" (Companhia das Letras)
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