18 setembro 2018

Evangelho "Conversa Fiada


No Brasil, a pregação do evangelho virou conversa fiada. Esse termo é usado para descrever o que não tem consistência ou seriedade. Na pregação é comum se ouvir “Jesus te ama” com certa frequência. Com isso valida-se todo tipo de atitude para que o sujeito venha para a igreja e assim continue a viver como quer. Nominalmente você não encontra este termo diretamente, mas na oração de Jesus, no evangelho de João, há uma declaração do seu amor por nós. Esse “nós” são exclusivamente os discípulos. Não se pode usar isso para descrever todo cidadão. Jesus ama os seus! Na parábola do joio e trigo, Jesus deixa claro na explicação, que joio são os filhos do diabo e trigo os filhos de Deus. Jesus não pode amar os filhos do diabo. Isso você concorda né?
No mundo todo há um movimento cristão que eu considero nefasto, mentiroso e maligno. São as igrejas de gays, lésbicas e de bandidos. Os bandidos não estão organizados em instituição tão quanto os homossexuais e  suas igrejas, mas nos morros do Rio de Janeiro você encontra os donos ostentando cordões de ouro e o nome de Jesus. Garotos do tráfico pedem orações aos pastores e são crentes em Jesus. Portando armas em punho, esses meninos vendem droga e pedem oração como proteção e enfrentam terreiros de macumba como se fossem do demônio mas eles não. Eu pergunto: Que tipo de evangelho se pregou no Rio de Janeiro? Esse evangelho conversa fiada que com “Jesus te ama” abriu para os “não convertidos” o entendimento que mesmo vivendo do jeito que quer podem ser aceitos por Deus. O entendimento do evangelho é parcial. O mesmo digo sobre as igrejas exclusivas de gays, as chamadas teologias inclusivas. Eu não compreendo o evangelho sendo inclusivista. Essa conversa fiada de que Jesus não criticou ou falou sobre gays não é toda a verdade. Jesus não falou mas o apóstolo Paulo falou. João em apocalipse falou.
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.”1 Coríntios 6:9,10
Essa é a lista de Paulo dos que não entrarão no Reino de Deus. Não adianta ter igrejas de homossexuais, de ladrão, de bêbados e depravados. É necessário que aquele que professa o Senhor se aparte da imoralidade.
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada.
Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas,
para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina.
Essa sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.”1 Timóteo 1:8-11

A lei condena, julga, separa e nos aponta o erro. Erro precisa ser corrigido e não essa conversa fiada de amor em Cristo e viver como se quer. Se não se arrepender não pode ser cristão e entrar no Reino. Arrependimento é mudança de vida. Tem um discurso por ai se utilizando do momento de Jesus na cruz perdoando o ladrão. Mas o ladrão se arrependeu dos seus erros, os reconheceu e não se justificou de que havia errado porque foi obrigado a ser assim, que a sociedade o descriminou e por isso roubou e etc. Esse texto nos mostra que Jesus pode salvar o arrependido segundos e minutos antes de morrer se houver reconhecimento de seus erros.
O evangelho de Jesus é para chamar pecadores ao arrependimento e não os fazer aceitos sem tal arrependimento. O evangelho não é para se sentir bem, mas para se arrepender pois há chance para o pecador arrependido.

“Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.” Romanos 13.3,4
Agora em meio as eleições políticas governamentais, os que pregam atitude enérgica aos meliantes são difamados a pregação do ódio. O mundo colocar isso na nossa conta eu entendo, mas cristãos que embarcam nessa, são ao meu ver, maus leitores das escrituras. O apóstolo Paulo é o defensor segundo este texto acima, de que devem os meliantes, temer as autoridades, mas autoridade fraca, vendida, corrupta e muitas vezes defensora dos “coitados dos bandidos” não pode ser temida. Essa lei também é a nossa lei cristã e bíblica.
Novamente eu chamo de evangelho “conversa fiada” de alguns pregadores que preocupados em encher suas igrejas venderam Jesus na banca da feira em hora de xepa.
“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda. Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos!” 2 Pedro 2.1-3,14
Qualquer pastor, pregador e cristão que não ensina a temer autoridade, andar no caminho reto, se arrepender mas se comuna com perversidade ou se cala diante dela é falso profeta. Ainda mais com discurso de amor, tolerância e acolhimento ao pecador não arrependido. Certa feita um homossexual em conversa comigo me perguntou se poderia ser membro de uma igreja mesmo sem deixar o homossexualismo. Disse que não, pois o evangelho que conheço não é permissivo mas transformador. O evangelho de Cristo é para doente e não para devassos e libertinos. É para quem precisa de cura e libertação e não para quem quer aceitação. Então o homossexualismo é doença? Sim, pecado é a nossa doença, o nosso câncer, o nosso mau, a praga que nos alcançou e nos desgraçou.
Se o pecador não abandonar seu mau caminho, não há chance para ele mesmo professando o nome de Jesus.
“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor". 2 Timóteo 2:19
Você pode achar e pensar que todo mundo é de Deus mas não o é, pois quem é não pratica o pecado.
Deixa de conversa fiada com esse evangelho fajuto de amor a qualquer custo e preço, sem preço, sem arrependimento e leia todo o conselho de Deus e não somente o que gosta.
Não somos amigos do mundo e nem simpáticos, mas também não antipáticos, somos de Deus e para Deus.
“Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia.” 1 João 3:13
“Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.” João 15.19

10 setembro 2018

Porque escolhi Bolsonaro para presidente


Havia decidido não votar em mais ninguém. Estava desiludido e certo de que todos os políticos são mentirosos. Mas a primeira crítica que recebi de minha consciência foi sobre minha área de atuação. O pastorado! Ouço de alguns que todo pastor é ladrão. Não concordo, pois não sou ladrão. Então, baseado nesse raciocínio comecei a me abrir para observar os candidatos atuais de 2018 para presidente. Antes de irmos para o assunto deste texto preciso lhe dizer que sei que outros cargos públicos são importantes; os deputados, senadores e governadores, mas vou me ater apenas aos presidentes pois estou pensando de cima para baixo. Resolvendo a questão de votar em alguém, fui para a observação crítica que estou acostumado. Talvez você que me lê agora não sabe, mas militei na política muitos anos, desde meus 15 anos de idade e hoje estou com 52. Fui candidato a vereador na minha cidade e abri um núcleo político do PSB (partido socialista brasileiro) em Miguel Pereira na década de 90. Tive como padrinho, alguns políticos do cenário de hoje que ainda estão agarrados no poder. Larguei tudo para viver uma outra causa. Lhe digo isso para você saber que não sou leigo neste assunto. Posso fazer escolhas erradas, mas sei por que caminho seguir. Ao longo de uma vida transformada no evangelho, oriundo de outra religião, venho me aperfeiçoando em uma cultura chamada cristã. Nela, há valores inegociáveis. Família, sexualidade hétero, moral cristã, respeito mútuo, valor a vida, contra aborto, economia de origem cristã aos conceitos de João Calvino e muitos outros valores que aprendemos a viver e defender. Neste momento é que entra o Jair Bolsonaro, figura que por um bom tempo me foi repulsiva, mas sendo honesto comigo mesmo, me abri para observar melhor, porque o termômetro para isso foi a mídia. Anos atrás fui vítima da imprensa em uma matéria sobre psicanalise, então sei muito bem como eles pensam e gostam de deturpar o que falamos quando estão imbuídos de destruir o que lhe são uma ameaça. Foi neste momento que olhei para Bolsonaro e vi ali o único dentre todos com a possibilidade real de chegar lá e fazer alguma coisa em que acredito. Vou a elas para você entender.
1.      Acredito que no poder deve haver alternância. Em 1992 um amigo do PT me pediu que eu escrevesse um artigo para o jornal do partido, sobre porquê de Lula presidente. Como evangélico escrevi que naquela ocasião o Brasil precisava de um presidente que olhasse com mais carinho para o pobre, pois essa era a esperança que tínhamos no Lula. Sem entrar no mérito se ele foi fiel a isso ou não, me atenho apenas a ideia de alternância de poder. Antes de Lula tínhamos 8 anos de FHC. Por mais de 10 anos de PT no governo creio ser preciso outro pensamento contrário a esquerda. Isso é um mau enorme para a república a perpetuação do poder. Essa alternância não me é compreendida como sai o Zé e entra o Manoel, sendo que ambos pensam a mesma coisa e são do mesmo núcleo político. Alternância é estilo e governabilidade diferente do anterior, pois o mesmo por anos cria uma estrutura aparelhada que corrói todo o bem do estado. Aquilo vira o quintal da casa deles. Não pode!
2.      Reserva moral. Esse é um ponto nevrálgico. Quando usamos a palavra moral podemos ser mal interpretados. O Brasil vive hoje uma onda mundial eu sei, de desconstrução familiar e de valores. Tudo que era certo antes hoje é questionado. Os valores dos avós são destruídos nesta sociedade liquida já dizia Bauman. Não aceito e nem posso permitir que nos espaços públicos o sujeito possa fazer o que quiser. Homem com homem e mulher com mulher, expressando sua sexualidade como quiser. Não acho certo nem hétero se expressando afetivamente em público. Acredito que sexualidade é foro íntimo. O espaço para vivenciar é na sua casa, entre suas paredes. Isso aqui está virando uma Babel indesculpável. Sou contra o homossexualismo como estilo de vida por causa de minha fé, mas não sou exterminador de homossexual, muito pelo contrário, os respeito e acho que o estado não deve olhar para isso, ele deve olhar o CPF e RG. O imposto pago e suas obrigações para com ele. Usar o espaço público e o governo com toda a máquina para financiar inversão de valores morais, não concordo. O estado é para o cidadão. Também acho errado o estado financiar religião se você quer saber. Estado laico é o ideal, mas não ateu. O presidente pode e deve ter sua fé, mas governa para todos. Bolsonaro me agrada quando defende o que defendo e se você é contra o que defendemos, pode ser, mas se perder nas urnas não seja um terrorista mas um democrata. 
3.      Atitude enérgica com a criminalidade e criminoso. Bolsonaro responde bem ao meu gosto a questão do bandido. Cadeia e pena dura! Durante o “estado petista” os sociólogos de plantão nada souberam fazer com a criminalidade que só aumenta, muito pelo contrário, defende bandido com misericórdia os vendo como vítimas e nós como opressores. Bolsonaro defende o policial, que muitas vezes é obrigado a se vender ao crime para continuar vivendo porque o estado não os protege e os sociólogos não os enxergam. Apoiar bandido eles sabem, mas defender policial não. Eu considero isso, uma inversão de valores.
4.      Bolsonaro não tem por enquanto, nenhum conchavo com a velha republica que quero ver mudar. Não tem acordos escusos como os outros que dizem que vão mudar agarrados com o velho. Eu sei que o poder corrompe e Bolsonaro não é incorruptível como homem, mas tenho de apostar em alguém. Resolvi apostar em quem acho que não tem acordos antigos.
5.      A imprensa o odeia. Esse é um bom motivo além de todos os outros. A mídia é pérfida, vendida e interesseira a serviço do que não presta e se ela não gosta dele me dá um bom motivo para gostar. Se Bolsonaro cortar o “leitinho” dessa turma e deixar eles se virarem como todos os outros trabalhadores, já terá feito um grande serviço à nação que sofre na mão deles, porque não tem dó de ninguém quando querem denegrir e expor.
6.      Bolsonaro não é politicamente correto. Essa é para mim uma virtude diante deste mundo vil. Fala na cara o que pensa e não alisa para destruir por trás. É isso mesmo que eu acho que precisamos neste momento. Os outros andam com marqueteiros para lhes informar do que dizer e como dizer em que momento dizer. Eu não gosto de gente assim. Quem anda perto de mim sabe disso! Os outros são polidos, seguros, você pode xingar a mãe deles que a cara de pau está pronta. Parece psicopatia todo esse controle. 
Bolsonaro não é perfeito em seu plano de governo e nem como pessoa. Existem lacunas em suas propostas como a da educação que ainda não ficou claro. O armamento civil também não estou certo de que irá funcionar. O diálogo com o congresso está nebuloso, mas é bom que esteja pois essa turma precisa sair ou se alinhar com o executivo. O ideal seria pegar de cada candidato uma proposta ideal e sei que cada um os tem, mas estaria eu construindo um Frankenstein da politica. Bolsonaro não é completo mas o que mais me agrada é sua disposição de enfrentar o que acredito ser o maior problema nosso, a bagunça democrática e quando o caos se instala não é possível exercer democracia pura, mas ação enérgica para controlar e reestabelecer a ordem. Dentre todos os candidatos que aí estão somente Bolsonaro pode fazer isso, ao meu ver é claro. Talvez você não enxergue assim, mas por favor não seja deselegante com sua posição e não ofenda para se defender, pois ofensa nunca foi defesa e sim fraqueza!