07 dezembro 2010

Aliança Evangélica?

A instituição é a marca do ser humano e pelo visto não conseguimos ser humano sem uma instituição por detrás de nossa persona ou até mesmo ser a nossa persona.
Mais uma vez alguns evangélicos se reúnem para formar ou formalizar uma ONG ou instituição que venha dar cara ou voz as suas convicções.
Diante de tanta igreja evangélica multifacetada, um grupo que se identifica e inspira junto uma teologia, dá vida a aliança evangélica.
Alguns presentes na formação desta mais nova instituição são figuras carimbadas em núcleos institucionais. Qualquer reunião que exista, mesmo que não dê em lugar nenhum, estão lá! Comem, bebem e se juntam. Fazem posse pra foto, falam desemfreadamente propondo mudança e esperam por elas. 
Parece que estou pessimista quanto a organizações? Sim, estou!
Cada vez mais recluso, vivendo meu estado psicológico introvertido, repensando e vivendo a individuação tenho visto o rosto de Cristo em cada pessoa que atendo em meu consultório psicanalítico. Assim como Henri Nouwen que largou tudo para se dedicar “aos loucos”, vivo eu. Não que sejam loucos, mas vejo em cada história contada o cuidado de Cristo para que chegassem até aqui.
Reunião, estatuto, declaração de fé, documentos, pensamentos e ajuntamento com intuito de falar e ser ouvido é força contra o vento.
Daqui a algum tempo, morrerá como a AEVB e outras, porque o que fica mesmo é cada viver como Cristo viveu e no ajuntamento existir apenas comunhão, sem lenço e sem documento como Caetano Veloso cantou.
Para não parecer que torço contra, que os organizadores consigam atingir pelo menos 50% do desejado com a aliança evangélica.
Como Jung, da torre de sua casa na Suíça, espalhou suas idéias e as vivenciou, deixando para seus admiradores a sugestão de caminhar em direção a individuação e não individualidade vivo daqui, da minha torre, olhando o mundo pela ótica de Cristo, mas tocando nos espinhos trazidos pelos que procuram ajuda para aflição de suas almas.
Jesus sem ong influenciou mais que muitas ongs e até mesmo o Paulo Coelho, demonizado pelos cristãos, influencia a muitos sozinho de seu quarto, espalhando seus livros e suas entrevistas.

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