04 maio 2015

Pena de Morte

O assunto é polêmico e envolve mais sentimentos que racionalidade.
A Indonésia tem despertado atenção e interesse no assunto, levando muitos a postarem nas redes sociais suas admirações e apoio.
A bancada da “bala” no congresso discursa a favor e a presidenta Dilma repudiou a condenação de Brasileiros.
Amigos próximos, inflamados, também expressam suas opiniões, muitos deles, cristãos piedosos, generosos e sinceros, mas errados no apelo que condena traficantes e demais criminosos.
A questão é simples! Todos podem e devem ter direito a reconciliação e arrependimento. Essa condição não é exclusiva de cristãos, pessoas comuns sem credo religioso também possuem ética moral que os levam a pensar sobre certo e errado. Somente os psicopatas sofrem alteração de tal ética.
Digo que é simples pelo fato de sendo nossas razões serem emocionais, toda lei anti-piedosa é bom no terreno do vizinho. Sendo eu a vítima de atrocidades, quero a morte do meu algoz, mas se o algoz for o meu filho, quero a sua pena suspensa sob a crença dele um dia se arrepender.
A parábola do filho pródigo contada por Jesus pode nos servir de referencial para uma reflexão sobre o assunto. O filho pede a parte da herança quando o pai ainda está vivo. Segundo estudos, isso era inadmissível, ficando claro que o menino desejava a morte do pai para gastar sua grana. Mesmo assim, o pai concedeu o pedido e riscando seu nome do caderno contábil, dá-lhe o direito de partir com a “bufunfa” no bolso. Passando-se o tempo, o dinheiro acaba trazendo ao rapaz a lembrança de sua casa e de como os empregados de seu pai vivem bem. Desejando voltar como empregado, o pai lhe recebe novamente como filho. A suma desta história envolve o arrependimento e reconhecimento de seu erro. O pai acreditando em tal postura faz uma festa e acrescenta seu nome novamente nos registros contábeis da família.
Ele merecia a morte! A bem da verdade, já estava morto pelo erro e consciência.
Eu mesmo comemorei a execução dos traficantes, mas percebendo meus filhos, pensei que eles podem cometer erros danosos e serem sujeitos a tal pena, e eu, gostaria muito que eles tivessem direito de repensar a vida e retratar a falta perante aqueles que eles defraudaram.
Assim como eu erro, você, e todos nós, e temos a chance de refazer a vida os criminosos também, e digo isso pela razão, porque em minhas emoções quereria é o fuzilamento, mas considerando que se não fosse a Graça de Deus na minha vida, eu poderia ser qualquer coisa. Não tenho o direito de arbitrar sobre quem deu na Cruz, a chance de recomeçar!
E ai, deseja mesmo a pena de morte para crimes hediondos?


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