10 setembro 2018

Porque escolhi Bolsonaro para presidente


Havia decidido não votar em mais ninguém. Estava desiludido e certo de que todos os políticos são mentirosos. Mas a primeira crítica que recebi de minha consciência foi sobre minha área de atuação. O pastorado! Ouço de alguns que todo pastor é ladrão. Não concordo, pois não sou ladrão. Então, baseado nesse raciocínio comecei a me abrir para observar os candidatos atuais de 2018 para presidente. Antes de irmos para o assunto deste texto preciso lhe dizer que sei que outros cargos públicos são importantes; os deputados, senadores e governadores, mas vou me ater apenas aos presidentes pois estou pensando de cima para baixo. Resolvendo a questão de votar em alguém, fui para a observação crítica que estou acostumado. Talvez você que me lê agora não sabe, mas militei na política muitos anos, desde meus 15 anos de idade e hoje estou com 52. Fui candidato a vereador na minha cidade e abri um núcleo político do PSB (partido socialista brasileiro) em Miguel Pereira na década de 90. Tive como padrinho, alguns políticos do cenário de hoje que ainda estão agarrados no poder. Larguei tudo para viver uma outra causa. Lhe digo isso para você saber que não sou leigo neste assunto. Posso fazer escolhas erradas, mas sei por que caminho seguir. Ao longo de uma vida transformada no evangelho, oriundo de outra religião, venho me aperfeiçoando em uma cultura chamada cristã. Nela, há valores inegociáveis. Família, sexualidade hétero, moral cristã, respeito mútuo, valor a vida, contra aborto, economia de origem cristã aos conceitos de João Calvino e muitos outros valores que aprendemos a viver e defender. Neste momento é que entra o Jair Bolsonaro, figura que por um bom tempo me foi repulsiva, mas sendo honesto comigo mesmo, me abri para observar melhor, porque o termômetro para isso foi a mídia. Anos atrás fui vítima da imprensa em uma matéria sobre psicanalise, então sei muito bem como eles pensam e gostam de deturpar o que falamos quando estão imbuídos de destruir o que lhe são uma ameaça. Foi neste momento que olhei para Bolsonaro e vi ali o único dentre todos com a possibilidade real de chegar lá e fazer alguma coisa em que acredito. Vou a elas para você entender.
1.      Acredito que no poder deve haver alternância. Em 1992 um amigo do PT me pediu que eu escrevesse um artigo para o jornal do partido, sobre porquê de Lula presidente. Como evangélico escrevi que naquela ocasião o Brasil precisava de um presidente que olhasse com mais carinho para o pobre, pois essa era a esperança que tínhamos no Lula. Sem entrar no mérito se ele foi fiel a isso ou não, me atenho apenas a ideia de alternância de poder. Antes de Lula tínhamos 8 anos de FHC. Por mais de 10 anos de PT no governo creio ser preciso outro pensamento contrário a esquerda. Isso é um mau enorme para a república a perpetuação do poder. Essa alternância não me é compreendida como sai o Zé e entra o Manoel, sendo que ambos pensam a mesma coisa e são do mesmo núcleo político. Alternância é estilo e governabilidade diferente do anterior, pois o mesmo por anos cria uma estrutura aparelhada que corrói todo o bem do estado. Aquilo vira o quintal da casa deles. Não pode!
2.      Reserva moral. Esse é um ponto nevrálgico. Quando usamos a palavra moral podemos ser mal interpretados. O Brasil vive hoje uma onda mundial eu sei, de desconstrução familiar e de valores. Tudo que era certo antes hoje é questionado. Os valores dos avós são destruídos nesta sociedade liquida já dizia Bauman. Não aceito e nem posso permitir que nos espaços públicos o sujeito possa fazer o que quiser. Homem com homem e mulher com mulher, expressando sua sexualidade como quiser. Não acho certo nem hétero se expressando afetivamente em público. Acredito que sexualidade é foro íntimo. O espaço para vivenciar é na sua casa, entre suas paredes. Isso aqui está virando uma Babel indesculpável. Sou contra o homossexualismo como estilo de vida por causa de minha fé, mas não sou exterminador de homossexual, muito pelo contrário, os respeito e acho que o estado não deve olhar para isso, ele deve olhar o CPF e RG. O imposto pago e suas obrigações para com ele. Usar o espaço público e o governo com toda a máquina para financiar inversão de valores morais, não concordo. O estado é para o cidadão. Também acho errado o estado financiar religião se você quer saber. Estado laico é o ideal, mas não ateu. O presidente pode e deve ter sua fé, mas governa para todos. Bolsonaro me agrada quando defende o que defendo e se você é contra o que defendemos, pode ser, mas se perder nas urnas não seja um terrorista mas um democrata. 
3.      Atitude enérgica com a criminalidade e criminoso. Bolsonaro responde bem ao meu gosto a questão do bandido. Cadeia e pena dura! Durante o “estado petista” os sociólogos de plantão nada souberam fazer com a criminalidade que só aumenta, muito pelo contrário, defende bandido com misericórdia os vendo como vítimas e nós como opressores. Bolsonaro defende o policial, que muitas vezes é obrigado a se vender ao crime para continuar vivendo porque o estado não os protege e os sociólogos não os enxergam. Apoiar bandido eles sabem, mas defender policial não. Eu considero isso, uma inversão de valores.
4.      Bolsonaro não tem por enquanto, nenhum conchavo com a velha republica que quero ver mudar. Não tem acordos escusos como os outros que dizem que vão mudar agarrados com o velho. Eu sei que o poder corrompe e Bolsonaro não é incorruptível como homem, mas tenho de apostar em alguém. Resolvi apostar em quem acho que não tem acordos antigos.
5.      A imprensa o odeia. Esse é um bom motivo além de todos os outros. A mídia é pérfida, vendida e interesseira a serviço do que não presta e se ela não gosta dele me dá um bom motivo para gostar. Se Bolsonaro cortar o “leitinho” dessa turma e deixar eles se virarem como todos os outros trabalhadores, já terá feito um grande serviço à nação que sofre na mão deles, porque não tem dó de ninguém quando querem denegrir e expor.
6.      Bolsonaro não é politicamente correto. Essa é para mim uma virtude diante deste mundo vil. Fala na cara o que pensa e não alisa para destruir por trás. É isso mesmo que eu acho que precisamos neste momento. Os outros andam com marqueteiros para lhes informar do que dizer e como dizer em que momento dizer. Eu não gosto de gente assim. Quem anda perto de mim sabe disso! Os outros são polidos, seguros, você pode xingar a mãe deles que a cara de pau está pronta. Parece psicopatia todo esse controle. 
Bolsonaro não é perfeito em seu plano de governo e nem como pessoa. Existem lacunas em suas propostas como a da educação que ainda não ficou claro. O armamento civil também não estou certo de que irá funcionar. O diálogo com o congresso está nebuloso, mas é bom que esteja pois essa turma precisa sair ou se alinhar com o executivo. O ideal seria pegar de cada candidato uma proposta ideal e sei que cada um os tem, mas estaria eu construindo um Frankenstein da politica. Bolsonaro não é completo mas o que mais me agrada é sua disposição de enfrentar o que acredito ser o maior problema nosso, a bagunça democrática e quando o caos se instala não é possível exercer democracia pura, mas ação enérgica para controlar e reestabelecer a ordem. Dentre todos os candidatos que aí estão somente Bolsonaro pode fazer isso, ao meu ver é claro. Talvez você não enxergue assim, mas por favor não seja deselegante com sua posição e não ofenda para se defender, pois ofensa nunca foi defesa e sim fraqueza!

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