05 setembro 2008

Um tempo em que seguir a Jesus não era nada fashion.

O bispo anglicano Robison Cavalcanti escreveu relatando que no inicio do século XX, crianças e jovens eram perseguidos nas escolas, profissionais nos empregos, proibia-se o aluguel de imóveis comerciais e residenciais para os "nova-seita", também conhecidos como "bodes", Igrejas eram apedrejadas, pessoas fisicamente agredidas, amizades e vínculos familiares eram rompidos. A imprensa incitava contra essa fé "estrangeira". O hino de um Congresso Eucarístico cantava: "Quem não for bom católico, bom brasileiro não é". Bíblias eram queimadas. Paredes de templos protestantes eram levantadas de dia, para serem derrubadas de noite. "Protestante é pobre, burro e feio". Casar minha filha com um deles, nem pensar...
Pois é, tempos de provação aqueles.
Hoje a história é absolutamente diferente. Crente virou sinônimo de fashion, de pessoa chique, de gente da moda, de glamour, de artistas, de fãs, de baile gospel, de poderosos homens e mulheres de Deus. No Brasil de hoje, seguir a Jesus já não nos trás perseguições como anteriormente, pelo contrário, nos trás a promessa de "prosperidade" através de decretos espirituais ou atos proféticos. Seguir a Jesus para geração atual é um maior barato, até porque, Deus é maravilhoso e fiel, e por ser filho do Rei tenho direito a TUDO DE BOM.
Confesso que fico assustado com o evangelho pregado em nossos dias. A denominada teologia Tabajara, cujo conteúdo, é mercadológico e empresarial, verdadeiramente tem nos levado a pregar qualquer coisa menos o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Infelizmente hoje já não somos mais perseguidos pela nossa fé ou moral, nem tampouco pela obediência as Sagradas escrituras. Antes pelo contrário, em nossos dias, os denominados evangélicos são veementemente acusados pela ausência de moralidade, ética e decência.
Tempos dificeis estes.

Pr. Marcos Dornel
IBANC

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