01 fevereiro 2010

Eu fui ver!

Eu vi o filme Lula, o filho do Brasil.
Já previa que choraria em muitas partes. Associando a história com o fato atual de sua presidência é muito legal ver como a vida de tempos em tempos nos reserva pessoas especiais como ele.
Sua mãe Dona Lindu, lhe deu conselhos importantes pra sua trajetória.
É lógico que a versão autorizada tem sua performance romanceada, com exageros aqui e afrouxamentos ali. Mas no “computo” geral é uma história bonita, semelhante com a dos filhos de Francisco.
Na história do Cristianismo tivemos a era das trevas! Um momento negro na trajetória do povo cristão, mas percebo que todo país, toda nação teve o seu também e o Brasil retratado nos tempos de Lula sindicalista não foi diferente. É de enervar como o governo era intolerante e amedrontado. Sem dúvida vimos que o militarismo era bem covarde embora tenha vendido a imagem contrária.
As manchetes dos jornais com Maluf dizendo que o problema era de ordem policial, se referindo as greves é hilário! Coitado do Maluf porque hoje tem de defender aquele que condenou.
Eu tive o privilégio de ter sido convidado pelo PT na ocasião de LULA candidato em2002 a escrever para o jornal do PT sobre ele em nome dos evangélicos. Em meio a denuncias da Igreja Universal de que LULA é o diabo, eu estava lá, apoiando o então “sapo barbudo”, que lutava com sua candidatura ao cargo mais importante da nação.
Lutei contra muita gente pra manter-me fiel aos meus princípios e ideais! Não é fácil você ver pessoas ao seu redor indo em direção a ganhos por conta de acordos interesseiros e você ficar quase que só por causa de uma coerência ideológica.
Acho engraçado hoje ouvir os que odiavam o LULA elogiá-lo como se soubessem que ele seria bom presidente. Quem elogia é porque não teve seus interesses ameaçados!
Eu não fiquei muito a contento com a sua política. Esperava que fosse mais agressivo com os banqueiros, mas não foi!
Esperava que ele banisse da política os barões de outrora, mas não baniu!
Esperava que ele fosse erradicar a fome no país, mas não erradicou, só diminuiu!
Nunca pensei que fosse apoiar Sarney e sua turma! Apoiou!
Acho que por isso que no início de seu governo, muito se falou dele bêbado, porque também acredito que conversar com quem teve de conversar, foi preciso diluir seu superego muitas vezes.
No filme de sua vida, ficou claro que ele segue o conselho de sua mãe quando no leito do hospital disse: Meu filho, faça o que dá pra fazer, o que não der, espere.”
Quem não viu vá ver, porque é o filho do Brasil que nos preside hoje! Que não fugiu, não estudou na Sorbonne, Yale, e demais universidades da Europa, mas que aprendeu aqui e na carne o que é sofrer.

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