01 fevereiro 2010

Zilda Arns

Algumas pessoas passam pela vida e deixam um rastro de benignidade e bondade que inspiram e fortalecem outras vidas. Esse é o caso da Dra Zilda que faleceu no terremoto do Haiti.
Vi pela televisão do Paraná, sua família reunida em entrevista coletiva, dizendo que o desejo dela era falecer em “batalha”. Ela não queria ficar inválida ou enferma, mas queria partir fazendo alguma coisa. Deus atendeu o seu pedido.
Ela deixa um exemplo de engajamento na pastoral da criança.
Na televisão do Paraná, leram uma carta escrita por ela pelas comemorações do natal. Ouvindo percebi que o conteúdo expressa a mais real mensagem de Jesus ao trabalho com as crianças. Seu texto nos desafia a sairmos da burocracia e aristocracia para irmos onde está a criança pobre e desnutrida.
Ouvi uma mensagem de pratica e compromisso, enquanto ouço também mensagens evangélicas de estorno e acharcamento das ovelhas.
Zilda católica prega Jesus prático e compromissado, evangélicos postulantes da verdade pregam Jesus burguês e descompromissado e independente.
É confuso isso!
Mas, lendo um dos jornais do dia, os católicos insistem em acreditar ou fazer com que acreditem que um morto tem poder mesmo depois de morto.
As frases diziam:
“Deus precisou de Dona Zilda lá em cima”
“Ela estará lá. Olhando por nós”
“Ao ver crianças pobres peçam pra ela que defenderá”
É lamentável o que os católicos irão fazer com a imagem dessa mulher! Se estivesse viva não aceitaria essa correlação com Jesus.
Jesus é o único que intercede por nós! Ele foi o que venceu a morte e tem poder sobre a vida e a morte.
Ele é o que está à direita de Deus Pai!
Todos que fazem boas ações em nome de Jesus não têm direito e poder de interceder por qualquer pessoa depois de morta.
Nem a mãe de Jesus, a Maria, é intercessora por quem quer que seja!
Essas coisas são invenções da religião católica apostólica romana, que não tem qualquer base nas Escrituras Sagradas.
Daqui a pouco vão apresentar milagres feitos pela Dra Zilda Arns e pedirem a canonização dela como santa.
Eu não tenho dúvida de o diabo irá proclamar esse tipo de ação, mas também chego a conclusão que nós valemos mais como vivos do que como mortos.
Depois que a gente morre, fazem da nossa imagem e trabalho que deixamos as maiores besteiras sem direito a defesa.
Perdemos uma batalhadora de um nível “invejável”, mas não percamos mais construindo essa imagem de intercessora junto a Deus que certamente ela não é.

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