21 junho 2010

Ética é relativo?

Todos nós fomos testemunhas do gol maravilhoso que Luis Fabiano fez neste domingo dia 20 de Junho contra a Costa do Marfin. Também por conta das câmeras de televisão vimos que por duas vezes eles pôs a mão e o braço na bola. A primeira com certeza foi involuntária, mas mesmo assim é penalidade e a segunda que foi o acerto pra fazer o gol, foi proposital. O peito foi pequeno, o braço foi a extensão do peito.
A questão é que esse gol deveria ser anulado!
O interessante é ver todos os moralistas ficarem quietos diante disso! Se fosse a Costa do Marfin xingaríamos o juiz de tudo quanto fosse nome.
O Galvão Bueno narrou o episódio com muito disfarce. Citou a penalidade, mas não valorizou. Todos da televisão ficaram quietos e vimos o juiz perguntar se havia pegado no braço e o jogador afirmar que não.
Sobre que ética estamos fundamentados?
Na ética do “se pegar pra mim eu minto?”
O bispo Macedo uma vez afirmou que pra Jesus vale até gol de mão! Ué, gol de mão não é penalidade? Ou seja, se for por uma boa causa a lei fica pra outro. Pra ganhar não importa os meios, a lei não existe!
Vejo isso também nas amizades. Não há ética! Se você é amigo de uma pessoa que o inimigo dela é o seu amigo, como você consegue ser amigo dos dois? Como pode dizer que não tem nada haver com isso! É o mesmo que ser amigo do amante da esposa!
É o problema da ética relativa! Se não me dá problema, deixa rolar a penalidade.
No Brasil, temos muito claramente o efeito de se livrar da dor. Por isso que exigimos pouco, reclamamos pouco e deixamos as coisas rolarem, porque o que importa é a minha felicidade, e pra se ético é preciso saber lidar com o sofrimento.
Já pensou o Brasil ser justo e pedir o anulamento do gol do Luis Fabiano? Nunca, você nunca verá isso porque esse é o espírito do Brasil, levar vantagem e deixar rolar a sacanagem.
Quem é ferrenho com a moral e a ética, não tem sucesso nesta terra, porque é chato e inconveniente.
O esquema é se dar bem!

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