20 janeiro 2016

Plano B (sublimação) ou Conversão?

Lendo noticias me deparei com esta. (segue link acima) A famosa moça bonita miss bumbum que se deu mal com aplicações químicas na perna.
O cristianismo tem sido desde o século XX o reduto dos fracassados. Não atingindo o sonho desejado a pessoa se converte. O sujeito que não conseguiu realizar seus objetivos procuram as igrejas neopentecostais para fazer ali a sua última aposta.
Quem sou eu para julgar o desejo oculto do coração alheio, mas observando os meios posso imaginar que o plano B ou a sublimação é uma saída viável.
Longe de ser conversão à fé cristã, o plano B ou sublimação é um forte movimento psíquico em busca da solução para o sofrimento. O ego procura recursos para não se jogar no poço sem fundo e acabar no suicídio. A tentativa é valida como um caminho de sobrevivência, mas longe de ser conversão.
A conversão cristã tem no apóstolo Paulo o modelo. Sendo ele um fariseu ardoroso e zeloso, vai em direção aos cristãos para prendê-los e nesta empreitada é literalmente parado por Jesus que lhe derruba do cavalo para começar ali a sua transformação.
Paulo estava certo de que fazia o certo. Tinha cidadania romana, estudou nos melhores colégios, viveu numa boa vida regaladamente até o episódio fatídico no caminho para Damasco.
Esse é o ponto! A conversão de Paulo e o que o cristianismo retrata não é o momento de perder tudo e se converter, mas é ter tudo e perder por causa da conversão.É o mesmo episódio do jovem rico em que Jesus o manda renunciar tudo e segui-lo. Amando o dinheiro e suas benesses o rapaz não consegue.
O que tenho observado em conversões populares são pessoas que viraram “manga chupada” e “laranja seca” não podendo usufruir do presente século, convertem-se!
Acho estranho isso! Não duvido e nem desacredito que Deus pode estar fazendo isso, mas para mim é mais um plano B ou sublimação. Um recurso adquirido pelo ego para se ajeitar confortavelmente.
Conversão é abrir mão de tudo, quando tudo vai bem, quando o mundo nos ama para assim viver com Deus e para Deus, acreditando que Ele é mais importante porque Ele nos chamou.
Conversão não é uma atitude minha para viver confortavelmente, mas um chamado Dele para sofrer em seu nome.
Conversão não é um plano de menos sofrimento é um chamado Dele ao sofrimento.
O desserviço que estas igrejas neopentecostais prestam é enorme. Deturpam tudo quando convidam as pessoas a pararem de sofrer prometendo o céu na terra.
Quando Jesus convida a virem a ele para terem paz é no contexto de que o mundo não nos dá essa paz, mas trocaram a paz de Jesus por vitória.
Eu desejo uma vida de Deus para esta moça, mas com o ensino que ela tem na Universal, duvido que encontre o verdadeiro Deus de nosso Senhor Jesus Cristo.



14 janeiro 2016

Politica no Brasil

Na campanha presidencial do Lula em 2002 eu fui convidado por um amigo do PT a escrever no jornal do partido sobre porquê de Lula presidente para os evangélicos. Não sou e nunca serei o representante da voz evangélica e nem petista, mas discorri sobre a ótica bíblica de socorrer o pobre. A justiça social e o arrefecimento da voracidade capitalista que mata mais que as guerras no mundo estavam em pleno vapor na ocasião. Até então, Lula se prestava ser juntamente com seu partido, um grupo de pessoas que estariam na contramão do que se tinha na época. Não me arrependo de ter escrito o que escrevi, até porque as coisas mudam, pessoas mudam e o cenário politico também. Na ocasião era o que se tinha de esperança. Anos se passaram, Lula presidente por duas vezes e o que eu escrevi esperando ver não vi. Ou melhor, parte dele! De fato a classe menos favorecida ascendeu um pouco, mas subir financeiramente à custa do governo não é subida mas garupa. Do que adianta ter mais condições financeiras se elas não podem custear o mais importante? A cultura!
A prova está na economia em queda de hoje. Sendo sucinto, o governo usou o cheque especial para pagar o social. Mas o que eu quero dizer aqui não é sobre economia, mas política. Essa eu conheço um pouco!
Em meados de 89 eu coordenei a campanha de um tio a deputado estadual no Rio de Janeiro. Convivi com figuras politicas como Nelson Bournier, Francisco Dorneles, Moreira Franco, Roberto Jeferson e outros. No nosso comitê os eleitores nos procuravam para pedidos pessoais, nunca algo para comunidade. Cheguei a pensar que se meu tio fosse eleito, ficaríamos distante desta corja de eleitores por quatro anos abastecendo os bolsos para depois voltar dando o que querem. Dinheiro! Perdemos as eleições por questões partidárias, na época o PFL, uma mala sem alça para nos eleger. A questão eleitoral é tão problemática que o Sérgio Cabral do PSDB se elegeu deputado com média de 6 mil votos e meu tio com contados 9 mil ficou de fora.
Neste cenário eu vi e ouvi horrores na politica. Nas apurações que ainda eram cédulas de papel eu vi o PDT eleger outros personagens com votos de Cidinha Campos. Colocavam-se por cima as poucas cédulas dos candidatos que queriam eleger e as demais eram da Cidinha que já estava eleita. Contava rápido igual conta-se dinheiro. Os mesários de apuração nada percebiam e alguns estavam comprados. Isso mesmo, comprados! Com dinheiro de empresários que financiam o deputado em troca de serviços no estado. É assim que se faz politica pública. Não se põem o “bloco na rua” sem dinheiro. Se a mídia fala do candidato de forma boa, empresários descem em seus gabinetes como mosca no mel. A mídia é vendida, o politico é comprado e os eleitores empregados. Tudo está corrompido! O mal é generalizado! 
O que estamos assistindo no cenário nacional em nada me surpreende. É assim que o sistema politico está estruturado. Loteamento publico! Um governante não governa se os outros ao redor não levarem vantagem. Seria muita ingenuidade sua ficar escandalizado com a bandalheira de hoje, ou melhor, é ignorância sua e nossa. O Brasil foi construído assim. Leia os livros de história. Até no exército houve trapaça e acordos para o general Figueiredo ser o presidente eleito por eles.
Lula e Dilma sabem de tudo dos grandes acordos. FHC também, Aécio e todos os outros sabem. Quem não sabe de nada é o trabalhador honesto e pequeno. O final da ponta! Vejam como o adversário de Lula em 1989, o Collor, hoje é parceiro. Se Lula não lhe dá um lote público não governa. Se Lula não senta com Sarney e não lhe concede favores não tem o Maranhão a seu lado.
Enquanto o povo esperar o messias na politica os políticos aproveitadores levarão vantagens. Não será uma pessoa que salvará nosso país, mas um povo comprometido com a honestidade, o que está muito longe de ser. Aqui, o que vale é “farinha pouca meu pirão primeiro”.
Depois que meu tio perdeu a eleição para deputado, em seguida ganhou em disparada a prefeitura de Miguel Pereira. Fez uma gestão medíocre, digo, sem grandes obras, pois o orçamento anual era muito baixo, mas foi honesto em sua administração. Na ocasião não havia reeleição, mas fez um sucessor natural. Nós sabemos que sua gestão foi honesta, tanto que hoje mora em casa alugada e vive com sua aposentadoria de funcionário público da Itaipu Binacional, emprego conquistado no passado por meio de prova pública. Na boca do povão a opinião é diferente, muitos dizem que ele roubou horrores, tem conta na Suíça e etc.
Opinião é uma coisa complicada! Noticia também. Ao ler os jornais e ver os noticiários temos a sensação de que a verdade está sendo dita, mas eu não tenho tanta certeza assim. A notícia também é comprada pelos órgãos públicos. Se o jornal publicar tudo que desinteressa o governo e políticos não haverá propaganda no jornal dos seus governos e publicações concedentes. Jornal fecha as portas pois o que dá dinheiro é propaganda e não notícia.
A solução da política está no cidadão! Em você, em mim e em nós. A cidadania é o fortalecimento da democracia, mas enquanto não nos curarmos da ganancia não tiraremos o Brasil dessa. Pois sairá Dilma e entrará outro(a) e sai o PT e virá o que? Outro partido que está fazendo o mesmo caminho do PT para chegar ao poder.
Enquanto assistimos as notícias do PT e seu transito de corrupção, existe outro formigueiro fazendo o caminho corrupto até o açúcar para chegar ao poder.

Não jogue a toalha, mas exerça sua cidadania e seja honesto e moral em sua casa, seu espaço seu mundo, para que no futuro bem distante nossos herdeiros genéticos assistam o que plantamos no passado.

09 janeiro 2016

Jihad Cristã

Tempos difíceis, não muito do passado quando Paulo e outros apóstolos saíram mundo afora anunciando a maior novidade. O cristianismo! Diversas religiões possuíam suas crenças, seus deuses, sua forma de ver o mundo e seus receituários religiosos com manuais de práticas.
O cristianismo foi uma ameaça aos deuses pagãos. A inexistência de um ritual de conduta ou magia trouxe controvérsias, pois o cristianismo não os possuem, os condena. No entanto, temos visto reaparecer travestido de cristãos, “apóstolos” e doutrinas que trazem de volta o gnosticismo do passado, com magias e rituais dos mais bizarros. Recentemente vi no programa de televisão da Igreja Plenitude do Trono de Deus uma campanha dos “comedores de uvas”. Que coisa é essa? Do que eles estão falando? Não sei, mas é fato que tal campanha tem o desejo de arrecadar dinheiro. Tudo nestas igrejas é dinheiro, muito dinheiro. As magias praticadas produzem um efeito alucinógeno nos incultos, incrédulos e pseudos crentes. A fé está pautada nas campanhas e não em Cristo. O nome de Jesus é proferido mas não obedecido.
A minha percepção é que estamos vivendo o momento de evangelizar os ditos “evangelizados”. As vítimas ou fabricantes destes “apóstolos”. Nossa tarefa tem se dobrado, porque fazer conhecido o nome de Jesus e Sua doutrina tem se tornado cada dia mais difícil. Assim como abordamos os católicos os levando entender que a idolatria não é aceitável, estamos agora com o mesmo fato com os evangélicos destas igrejas. O maior problema é o engano, porque os que não conhecem a Cristo sabem claramente que estão perdidos, mas os que proferem o nome de Jesus e participaram de campanhas e conseguiram vitória não sabem de absolutamente nada da doutrina, são mais difíceis de fazermos conhecido o nome de Jesus e sua doutrina genuinamente, sem contaminação.
Assim como a reforma protestante ecoou no mundo, precisamos retomar tal feito. Não podemos nos acovardar diante de tamanho problema de ótica. O erro tem sido ensinado! Esses pastores trabalham dia e noite pelo erro. Essas igrejas estão muito mais engajadas do que nós. Eles não se cansam. Suas ovelhas escutam a voz do pastor com mais obediência e seus “soldados” estão mais dispostos a morrer por este engano que nós.
Diante disto, temos pela frente, o desafio de anunciarmos o verdadeiro evangelho. O grandioso evangelho que levou Paulo as cadeias. A mensagem que levou Cristo a cruz. O evangelho que deixou Pedro literalmente de cabeça para baixo. O evangelho que permitiu a Estevão abençoar quando estava sendo apedrejado.
Árdua tarefa nós temos! Como faremos? Quando faremos?
Se falarmos dos outros, nos tornamos invejosos, se falarmos apenas do evangelho podemos ser confundidos com eles.
É tiro pra todo lado! Confesso que na guerra temos estratégias, mas o problema desta guerra é sermos confundidos com o inimigo.
Farei deste ano, o ano da guerra! O ano da proclamação do verdadeiro evangelho. O ano aceitável do Senhor!