01 janeiro 2010

I dia do Ano de 2010

Acordei neste primeiro dia do ano de 2010 e percebi que as coisas não haviam mudado tanto como muitos pensaram que iria mudar.
Aliás, tragédias por causa da chuva começavam aparecer!
Desde muito tempo as tragédias de fim de ano e inicio de ano surgem nos noticiários no primeiro dia.
É triste ver que famílias se deslocaram para festejarem uma nova data e com ela veio o acidente e as mortes.
O que dizer?
Talvez alguém pense que foi Deus ou a Iemanjá!
Personagem do imaginário folclórico da religião afro, Iemanjá considerada rainha do mar ou a deusa das águas sempre apronta das suas no fim de ano. Ainda me lembro do barco “Batoumuche”, (não sei como se escreve), em que vários morreram na baía de Guanabara numa dessas viradas de ano.
Mas será mesmo que tudo isso tem haver com esse personagem?
Ainda de viagem por conta do fim de ano, ouvi nos noticiários que a ONG cobra coral do cacique cobra coral, outro personagem do imaginário afro, iria afastar da capital do Rio de Janeiro a chuva para que todos possam ver sem empecilho os fogos de artifício. Mas será que ele soprou tanto as nuvens que elas foram parar em Angra e todo esse acidente ficou por lá?
São perguntas que no campo espiritual temos dificuldades de responder, mas será que as perguntas e respostas são dessa ordem mesmo ou a coisa é urbana e de política ambiental e estrutural?
Dizer que foi Deus ou o diabo ou qualquer entidade é muito fácil, o difícil é como igreja ajudarmos com apoio social, abrirmos nossos cofres para assistirmos os enlutados, apoiarmos a administração de melhor política ambiental em vez de pedirmos terreno ou dinheiro na eleição.
Com certeza um dia saberemos quem foi e porque foi causado todo esse acidente, ou se Deus esteve mesmo esse tempo todo distante e ausente de tudo isso, o que não acredito, mas sem dúvida saberemos um dia o mistério da vida e da morte nos será revelado.
Enquanto isso ajudemos e oremos para que os que perderam parentes e casas sejam confortados porque Jesus disse que o consolador estaria conosco.
Então nós temos muito que consolar!

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