12 outubro 2010

O poder do Arquétipo

No dia em que se comemora a dita padroeira do Brasil e não sei como isso ainda é possível já que não somos mais declaradamente católicos, vejo um poder imenso do arquétipo. O que alguns evangélicos dizem ser demônio eu entendo ser uma idealização da mente.
Os arquétipos são, na psicologia analítica, a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. C.G.Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique.
Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente. Jung deduz que as "imagens primordiais", um outro nome para arquétipos, se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram isolados uns dos outros, embora possam se interpenetrar e se misturar.
Na figura da padroeira, a tal nossa Senhora é um desejo ardente que todos têm de ainda ter a grande mãe cuidando de suas vidas.
Conhecendo a alma do brasileiro vemos que isso é absolutamente possível, porque o brasileiro tem uma carência materna infinita. Esse jeito brasileiro de ter um governo que cuide deles, uma mãe que os olha e protege, faz com que o arquétipo mãe ilustrado numa estátua tirada de um rio seja adorada e venerada.
Milhares de pessoas fazem loucuras neste dia para agradarem a grande mãe que os protege segundo suas crenças, mas verdadeiramente estão apenas cumprindo o desejo da psique que impõem tal adoração por sentir a mãe que ainda não os deixou em suas emoções. São crianças que ainda não cresceram. Seus desejos são que uma mãe os dê de comer, os guardem e protejam e mais ainda, carregue no colo e façam suas vontades.

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