05 junho 2009


Neste século tenho constantemente escutado por aí a seguinte frase:
“Estou muito bem com Deus!” Esta afirmação faz parte de um contexto em que a pessoa está respondendo uma indagação. Não participa mais das atividades da comunidade, mas quando procurada nos tranqüiliza com essa expressão.
É aí que reside o monstro!
Diversas colocações e afirmações hoje são feitas sem ao menos imaginar que muitas delas são antagônicas com a Bíblia. São frases fora do contexto Bíblico.
A Bíblia afirma que a Igreja é o corpo de Cristo. A chamada Igreja invisível são todos os salvos em Cristo que não sabemos quais são, mas os que sabemos ou pelo menos temos a mínima compreensão, estão em uma Igreja Visível. Que é essa que você vê por aí com nomes muitas vezes esquisito.
Pois bem! O que estou afirmando ou tentando lhe chamar atenção é para o que nesta era é operante. O relativismo! Tudo é relativo, inclusive a Igreja!
Eu pergunto: Pode-se estar vivo quando um membro do corpo está desconectado dele?
Veja o que a Bíblia diz:
“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,” Ef.1.22
“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Col.1.18

Ele está falando da Igreja, no sentido de que Ela tem todo o poder porque Jesus é a cabeça.
Quem está fora está desconectado, logo, não poderá ter poder, vida, ar ou mesmo sentido. Cheira mal, está necrosado! Precisa de ressurreição!
Na Igreja você é desafiado a manter humildade, a ser obediente, submisso, amigo e participativo até mesmo nas decisões que você não concorda. É assim que se percebe o Cristão!
Eu particularmente creio que a não participação em uma Igreja é devido a pecado pessoal. Pecado de frieza, orgulho, altivez, insubmissão, pecado de achar que a sua vida é melhor ou mais importante que o todo. Enfim, no afastamento do corpo, a problemática é pecado.
Afirmei que neste século muitas coisas são relativas, inclusive a Igreja. Não que eu pense assim, mas os omissos, faltosos e sumidos, pensam ou talvez não pensam, mas agem.
Essa fala de que está tudo bem, é uma falácia!
Eu particularmente advogo o que Charles Swindoll em seu livro sobre a Igreja afirma: “É melhor conter um crente fanático, do que aquecer um defunto.”
É lamentável termos tantos por aí! Ou quem sabe, a explicação melhor e maior está neste texto.
“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” 1João 2.19

28 maio 2009

Cuidado, aí vem os decepcionados com a Igreja!



Usando uma paródia do Peter Wagner quando escreveu um livro “Cuidado, aí vem os pentecostais”, tenho percebido que a moda agora é a decepção com a igreja.
Os antropólogos afirmam na revista época que os evangélicos já têm em seu meio os não-praticantes. Assim como todo movimento que cresce!
É muito comum hoje você receber em sua Igreja alguns crentes com essa forte expressão: “Pastor, sou um decepcionado com a Igreja” Eu entendo e de fato contesto que por causa de péssimos pastores e líderes muitos são os feridos na estrada do cristianismo. Mas não posso deixar de notificar e relatar que muitas vezes esse descontentamento é apenas uma vitimização que muito falou Nietzsche. Essa coisa de se portar como vítima para poder enfraquecer o outro. Quando tenho diante de mim gente assim, a primeira coisa que penso é: “Coitado”! Mas depois, o tempo passa e alguns desses já estão em outra igreja. Na mesma velocidade que vem, vão!
Em muitos momentos são problemáticos e encrenqueiros. Como não temos mais em nossos dias a chamada “carta de transferência” corremos o risco de apenas ouvirmos uma voz só.
Eu penso que se os crentes tivessem profunda paixão pela Bíblia e pelo Senhor da Bíblia estariam imunes a essa coisa de decepção. Porque na Bíblia temos histórias absurdas de pecado pelos patriarcas e líderes de Deus.
Estamos todos no mesmo “barco” de santificação.
Muitas vezes esses “decepcionados” são usuários, arrogantes e detentores da verdade ou leitores equivocados como Paulo afirma, que nos últimos tempos darão ouvidos a espíritos enganadores. São gente que buscam algo para o seu prazer e tentam achar na Igreja ou na Bíblia o que gostam, quando não encontram, mudam levando a afirmação de que estão decepcionados.
É à moda do Século XXI! A decepção que está recheada de relativismo e modismos.
“O ser humano é fogo”, afirmam! E eles são o que? ETs?
São decepcionados com a música, com a pregação e a maior de todas as decepções. Os crentes! Afirmam: “Ninguém foi me visitar ou me deu atenção”. Eu pergunto: E você, visitou ou deu atenção para alguém?
É comum esse papo de que não há comunhão, mas muitas vezes o reclamante é o maior problema. Não fala com ninguém, não se relaciona e nem olha para a Bíblia e depois a culpa é dos outros como dizia Sartre: “O inferno são os outros”. Será mesmo?
Levanto as minhas sobrancelhas quando recebo alguém com esse papo de decepção. Porque daqui a algum tempo serei eu na lista deles em outra igreja.
Quem de fato está vendo algo errado em uma comunidade, procura provocar mudanças apartir de si, e se não der, procura outro canto sem criticar ou colocar a culpa nos outros porque entende que a Igreja ainda é o que move o coração de Deus.

15 maio 2009

Homofobia – A incoerência dos ignorantes!

Tramita no congresso projeto de lei que irá punir ao rigor da lei os que manifestarem suas opiniões contrárias aos homossexuais do Brasil.
O nome dado para amparar a tal lei é HOMOFOBIA.
Fobia é medo sem motivo aparente. Algum pavor ou desconforto sem saber por quê. Homo é abreviação de homossexual, que é gosto pelo igual.
Ora, dizer a todos sem distinção, quando se manifestarem contrários a uma prática que o manifestante é homofóbico é o mesmo que dizer que ele é um doente.
Isso também deveria ser crime passível de punição! Como chamar o outro de doente sem ao menos ter um laudo clínico? Os psiquiatras, psicanalistas e psicólogos serão chamados aos tribunais para atestar que o acusado é homofóbico mesmo? Sobre que anamnese faremos o laudo, já que fobia sempre vem acompanhada de comportamentos aparentes tais como sudorese, tremores e outras manifestações? Quando um discordante do homossexualismo o vê, ele tem ataques?
A palavra homofobia é um termo do glossário psiquiátrico, tal como claustrofobia (medo de lugar apertado), hidrofobia (medo de água) e muitas outras fobias.
Na psicanálise clássica o homossexualismo é visto como uma perversão! Uma inversão de comportamento, tal como é também, o sexo anal e oral. Tudo em que há fixação existe para a psicanálise uma perversão.
Homossexualismo sim é um problema a ser discutido! A norma do conselho de psicologia em proibir seus psicólogos de tratar o homossexual como doente está equivocado, pois é sim e sempre será um distúrbio de comportamento.
Agora, quem vai proibir a psicanálise de falar sobre isso na visão que ela tem disso? Ela não é regulamentada! Seus auspícios estão em seu criador e nas suas idéias! Nos seus livros e textos! Vão apagar o que disseram? Vão assassinar suas teses?
E a igreja, que tem seus conceitos baseados na Bíblia e a Bíblia condena a prática do homossexualismo? Vão também tirar as Bíblias de circulação ou fechar as igrejas?
Os deputados ou relatores deste projeto incoerente deveriam deixar isso de lado e não mexer no que não conhecem.
Se alguém pode criar a terminologia homofóbico, porque então não criamos a heterofobia?
Na compreensão sobre a psique, quem fica a vontade e gosta do relacionamento sexual homo, tem em si o desconforto do hétero. Estou dizendo que se um homossexual fez a sua opção pelo gosto do mesmo sexo é porque o diferente o ameaça, o constrange e não o deixa a vontade. Se for assim, então há o heterofóbico.
Estou dizendo isso sem levar em conta a posição homossexual em afirmar que sua escolha foi e é opcional. Se for assim, como explicar o homossexualismo entre os animais? Também fizeram opção sem ao menos terem vontade ou poder de decisão como os humanos?
Ai sim chegamos à Bíblia! PECADO! Rebeldia contra Deus e sua palavra, por causa da queda trazida a nós pelos primeiros pais.

11 maio 2009

Confissões de Lúcifer


Uma ficção sobre Lúcifer, assim como C.S.Lewis escreveu "Carta do coisa-ruim."


Depois de passar 6.000 anos vagueando pela Terra, aprendi muito da natureza humana, suas fraquezas, virtudes e seus desejos mais secretos.
Tenho consciência que minha causa foi derrotada, entretanto estou trabalhando freneticamente para levar ao destino que me aguarda o maior número possível de pessoas, pois sei que pouco tempo me resta [1].
Não é fácil a vida de um adversário do Todo Poderoso, principalmente porque Ele conta com um exército fiel espalhado pelo mundo inteiro que com suas orações produzem uma reviravolta em todo mal que intento. Felizmente são poucos os que oram de verdade, porque a maioria está mais preocupada consigo mesma, outros começam bem, me incomodam, mas logo desistem, pois não têm perseverança.
Fico admirado com o fascínio que exerço sobre alguns crentes, que falam mais de mim que de Deus. Rio muito quando eles tentam me amarrar, e dizem que naquela cidade eu não entro mais. Pois acaba a oração e eu continuo fazendo as mesmas estripulias. O que esses cristãos não entendem é que não devem lutar contra mim, mas buscar Aquele que tem mais poder que eu.
Quando eu quase destruí a vida de Jó, ele não me dirigiu uma palavra sequer, mas dizia o tempo todo que sua causa estava diante de Deus, e que o seu Redentor vive. Quando humilhei Paulo colocando-lhe um espinho na carne, ele não tentou me acorrentar, mas apresentou sua fraqueza a Deus, que lhe deu vitória. Sinceramente, com gente assim não dá pra lutar.
Tenho prazer especial em atormentar esses que ficam preocupados comigo o dia todo. Eles dizem que me vêem em todos os lugares, até onde eu nem estou.... é muito engraçado. Com tais eu nem me previno, pois sei que são cristãos inseguros da fé que dizem possuir. Eles fazem parte daquele grupo que faz uma boa propaganda de mim, pois julgam que possuo muito mais poder do que realmente tenho e afirmam que fiz coisas das quais nada tive a ver.
Na verdade, eu sou um pobre diabo, condenado e derrotado, mas da forma que falam, é como seu fosse onisciente e onipotente. Será que eles não sabem que eu não posso fazer absolutamente nada sem a permissão do Todo Poderoso? Ah, se não fosse por Ele... mas, tudo bem, a propaganda é a alma do negócio.
Sou constantemente acusado de tirar muita gente da igreja. É mentira! Eles saem por que são levados pelos seus próprios interesses. Não fui eu quem instigou o filho pródigo a sair da casa do pai [2] e Demas abandonou o apóstolo Paulo porque amou mais o mundo do que a Deus [3].
Não tenho pretensão de tirar ninguém da igreja, pelo contrário. Quero deixá-los lá, pois farei de tudo para que sejam frios, apáticos, que fiquem brigando entre si por bobagem, que se dividam, e façam panelinhas entre eles. No que depender de mim farei com que tenham uma vida tão miserável, que quando forem evangelizar ninguém vai querer ter uma vida igual a deles.
Outra estratégia que uso muito é a de fazer com que os valores da igreja se pareçam cada vez mais com o mundo, pois assim quando as pessoas passarem a freqüentá-la, elas não precisarão mudar nada, e continuarão fazendo as mesmas coisas de antes. Não é genial?
Adoro soprar mentiras nos ouvidos das pessoas, afinal quero fazer jus ao meu nome de "pai da mentira". É, eu digo-lhes que são como gafanhotos e eles acreditam, digo-lhes que são uns derrotados e eles nem se levantam da cama, digo-lhes que Deus não os perdoou por tal e tal pecado e eles ficam cheios de culpa.
Confesso também que sinto um enorme prazer em oprimir aqueles que se recusam a perdoar ao seu irmão, pois recebi carta branca do Todo Poderoso para atormentá-los com toda sorte de espíritos malignos [4], dos quais eu sou o principal. E não ponham a culpa em mim, pois só posso fazer isso se o cristão recusar a liberar perdão, pois quando ele perdoa é horrível a sensação de paz daquele coração, e eu saio correndo dali.
Acho muito engraçado quando usam sal grosso e oração forte contra mim. Nem ligo. Agora, o que eu temo mesmo é uma vida santificada. Contra um crente santificado, fiel e que tem a Palavra guardada no coração, desse eu fujo [5].
Como minha hora se aproxima eu estou trabalhando num projeto grandioso para este século. É uma estratégia tão ardilosa que são poucos os que a percebem.. Todos buscam uma divindade para adorar, por isso eu estou dando "Deus" de todos os tipos e para todos os gostos. Eu estou enchendo o mundo de "Deus" para que eles fiquem tão confundidos que não saibam quem é o verdadeiro. Cada um pode ter o seu, do jeito que quiser. Vocês não imaginam como o povo gosta dessas novidades. Tenho queimado as pestanas inventando sacrifícios, novos rituais, e tenho levantado líderes que falam muito de Jesus, mas são meus súditos. Adoro soprar ventos de doutrinas porque os meninos na fé acreditam em tudo.
O meu objetivo com isso? Confundi-los e fazê-los imaginar que estão servindo a Deus. Agora, eu não aceito levar a culpa de tudo sozinho - eu só dou o que eles querem. Eles gostam do brilho, eles buscam glória pra si, eles crêem em todas as formas de misticismo, e eu nunca imaginei que esse povo gostasse tanto de ídolos. Séculos atrás lhes dei um bezerro de ouro, mas agora eles querem ídolos que cantam, que pregam, que profetizam.....
Muitos falam que eu sou feio, e até pintam quadros horríveis dizendo que eu tenho chifres, pêlos e cara de bode. Desde a minha criação sou muito vaidoso e jamais aceitaria ser desta forma. Se vocês ouvissem aquele tal apóstolo Paulo saberiam como eu sou de verdade - sempre fui um anjo de luz, fala mansa, voz agradável, boa aparência e muito convincente [6]. Felizmente são poucos os que me reconhecem.
Para terminar, eu quero dizer a todos que não sou ateu ou agnóstico. Eu creio e tremo diante de Deus [7].. Mas eu não consigo, não consigo me submeter. Submissão significa obediência, e eu não quero ser servo. Aliás, tem muita gente indo comigo que também crê em Deus, pratica seus atos religiosos, freqüenta igreja, e é dessa mesma opinião.

Notas:
[1] Ap 12.12
[2] Lc 15.12
[3] 2Tm 4.10
[4] Mt 18.34-35
[5] Tg 4.7
[6] 2Co 11.14
[7]Tg 2.19

Pr. Daniel Rocha
Pastor da Igreja Metodista

05 maio 2009

Pastoreio na berlinda

O mundo passa por transformações constantes e absolutas e o ministério pastoral também!
Não é a mesma coisa, pastoreio e liderança. Pastorear significa acompanhar com dedicação e zelo, respeitando a velocidade de cada um e seu contexto histórico. Tendo o amor e compaixão necessária para servir de suporte a ovelha, tendo em vista seu crescimento em Cristo. É andar nos passos dos pequeninos e não trazer os pequeninos em nossos passos.
Liderança é promover a direção num sentido visionário do líder, levando os liderados a uma resposta eficaz dentro de uma proposta sugerida. Quando o liderado não satisfaz a visão do líder e nem ao plano apresentado, pode o liderado ser cortado do grupo por desqualificações. É levar o liderado a viver o plano proposto. Não serviu, está fora!
Os dois ministérios são importantes, mas na condução da igreja o que surge nas escrituras é o pastoreio. Liderança é uma palavra moderna que não retrata o pensamento do Novo Testamento e nem o “espírito” do apostolado.
Perceba que os pastores de hoje, embriagados pela visão de liderança, trocam palavras que fazem sentido ao mundo corporativo e não ao pastorado. Gabinete pastoral agora é escritório e nele há uma secretária que muitas vezes serve de tentação para o pastor!
Livros com base bíblica estão sendo lidos pelos executivos e livros de administração estão sendo lidos pelos pastores. O exemplo disso é o “Monge e o Executivo”, livro de muito sucesso na esfera corporativa, mas desenvolvido por um crente. E livros com título de sucesso estão sendo lidos por crentes e escritos pelos pastores.
De tempos em tempos procuro algum texto desenvolvido exclusivamente para pastores, com o fim de salvar a minha alma e meu chamado. Recentemente encontrei David Hansen pela editora Sheed com o titulo: “A arte de pastorear.” Sem o mérito da discussão, pastorear é uma arte mesmo! Um sacerdócio sacrificial! Por quê? Porque neste ofício é necessário que o pastor seja desprovido de ego. David Hansen escreve assustadoramente que o ministério pastoral é uma parábola de Jesus. Neste sentido, o autor chega à conclusão de que o pastor está pronto quando se encontra sozinho como Jesus na cruz ao dizer: “Pai, porque me abandonaste?”
Esta solidão que Hansen se refere é o sentimento de ter sido esquecido por Deus no exercício do ministério. Sentimento este por perceber que os sonhos não estão sendo realizados e por ser abandonado muitas vezes por aqueles que o cercam.
Esse é o maior medo do pastor! Ser abandonado! Por isso que muitos são egóicos, centralizadores e vaidosos. É muito comum encontrar pastores que quando suas ordens não são atendidas mostram as garras. Usam o púlpito para enviar mensagens direcionadas.
Quantas vezes nos sentimos abandonados? Largados no meio do caminho por pessoas que o fim delas era apenas seus objetivos e oportunidades? Pessoas que não viam você, mas sua bolsa! Não via você, mas seus contatos e oportunidades! Mas esse é o ônus do pastorado! Jesus mesmo nos disse que nos enviaria ao meio de lobos! Lobos ferem, arranham e devoram! Somos conduzidos ao matadouro todos os dias. Como lideres não podemos aceitar, mas como pastores não temos escolha.
Nesta direção da concepção de David Hansen, encontro também não só a solidão da cruz, mas a perversidade de Judas. Quantos Judas encontramos pelo caminho? Quantos “Pedros” confrontamos e ouvimos deles que estão conosco até o fim e depois somem? Negam e repudiam quando são descobertos! É comum chorarmos e caminharmos com pessoas que o fim será a traição! Eu mesmo amei e ajudei completamente pessoas que me deram as costas sem motivo algum aparente. “Roubaram” meu tempo para depois desprezarem. Literalmente você é exposto a situações e condições que no futuro poderá ter servido para nada. Você aconselha, gasta tempo, confronta e no fim, recebe uma traição, uma afronta e até mesmo depois de pronto, curado, sarado, ele vai servir em outra igreja. E faz lá, tudo que se negou a fazer aqui!
Quando exercemos o pastoreio temos de sofrer esses percalços como missão cristocêntrica e sentir os cravos, mas quando exercemos a liderança temos de cortar, excluir e trocar. Substituir faz parte do líder, mas insistir e amar é tarefa do pastor. Por isso que Jesus não trocou Pedro. O chamou de volta!
Liderança é competência, pastorado é chamado e vocação! Líderes não são chamados, mas treinados. Pastores são agraciados! Pastor sem o dom do amor é prejudicial a si mesmo!
É comum encontrarmos pastores frustrados, doentes por conta de estarem na função de pastorear, mas tentarem exercer a liderança. É o mesmo que tentar por sal no café! Vai dar errado! David Hansen mesmo alerta para a tentação de ouvir a confissão ou lamúria de uma ovelha e no fim dizermos alguma coisa como líder. O que seria: “Bem meu irmão, o problema é que você deveria...” E enchemos o outro com regrinhas que o líder tem em seu manual. Mas pastorear é tão somente compaixão no sentido de amar, abraçar e interceder. Nós nem sabemos se o irmão queixoso já tentou de tudo e não deu certo! Quando somos pastores e exercemos a liderança construímos um monstro que assola e oprime.
A isso, Hansen atribui que, para ser pastor tem de haver uma total entrega á Deus para poder ser direcionado por Ele e não por regras ou táticas. Nosso livro de cabeceira é a Bíblia e não “A arte da guerra”, “O príncipe” ou “Segredos de Vitórias” e “Seja um vencedor”. Eles podem ser bons e inspiradores, mas com certeza vão desfocar do propósito de pastorear. É o mesmo que beber coca-cola todo dia em lugar de água, pode ser bom, mas o corpo uma hora vai fracassar.
Talvez seja por isso que temos mais em nossas igrejas homens que administram vidas do que pastores. É comum termos igrejas com programas e inúmeros treinamentos que mais se parecem uma empresa de recursos humanos do que humanos com recursos divinos.
Quando a igreja tenta ser uma empresa e uma empresa tenta ser uma igreja, o final disso será desastroso. Haja vista o número de empresas que estão hoje dando atenção à espiritualidade e as igrejas a projetos.
Eu quero muito que minha igreja cresça, mas se crescer na velocidade que gostaria, não serei mais pastor com tempo de ouvir, chorar e abraçar. Serei substituído por uma agenda, por um celular e por secretários que tentarão fazer por mim o que eu mesmo não estou conseguindo. Não preciso dizer que isso é um suicídio né?
Eu sei que temos gente chata, gente ingrata, gente doente, neurótica e possessiva, mas os sãos não precisam de médicos e os pastores devem ser médicos de almas, mas a grande crise é que os que deveriam ser curadores são os loucos por ainda estarem em crise de suas funções e chamado.
Mas também sei que em algum momento a liderança cruza o caminho do pastor!

28 março 2009

Minha estada na Congregação Cristã do Brasil!

Sempre quis visitar pra conhecer de perto alguns grupos que nós evangélicos consideramos de seita. O primeiro que consegui ir foi a Congregação Cristã do Brasil, mais conhecida como Congregação Cristã do Barril, por serem adeptos da cerveja. O que muitos negam!
Bem, um conhecido que já freqüentou a nossa comunidade e agora está por lá me convidou por mais de um mês insistentemente, depois de eu manifestar a ele o meu interesse por conhecê-los. O que pra ele parecia ser um sinal de Deus! Eles são completamente místicos.
Aceitei o desafio e fui! Mas fomos numa comum, dizem eles sobre a igreja local, muito longe. Bem no meio do mato onde não havia casa alguma ou civilização por perto. Isso me resultou em quase duas horas de viagem! O amigo quis me levar lá porque afirma que tem um irmão muito virtuoso, que entrega revelação pra todo mundo. -Ok vamos lá! Eu disse!
Como estava dizendo, chegando lá, vi gente por todo lado e uma infinidade de carros chegando. -Como? Pensei! Se por kilômetros não vi nada de casas ou vilarejos? Não importa, eu só queria ver como é o culto deles.
Impressionei-me com a reverencia! As mulheres de véu, sentadas orando e lendo a bíblia, os homens de um lado, elas de outro. Entrada separada! Nenhuma conversa no “templo”, e todos aguardavam o ancião começar a reunião. É a nomenclatura para pastor! Bem no horário das oito da noite, alguém pede o hino de número tal. A orquestra canta, juntamente com todos os irmãos, e assim se inicia o culto. Logo após cantarem, todos ficam de joelhos e orações pentecostais explodem, pra depois uma senhora fazer uma espetacular oração que até me arrepiou. Para minha informação, meu anfitrião me explicava tudo. Dizia ele que lá, não há nada programado. Tudo, exatamente tudo, é dado pelo Espírito Santo na hora! Isso é um orgulho pra eles!
-Ok estou pronto! Vamos lá, disse ao meu amigo!
Mais 3 hinos foram cantados para depois vir à parte dos testemunhos. Eu, era um testemunhado, dizem eles. O mesmo que não crente! Agora vejam, eu, pastor, no meio deles, nem crente sou! Mas tudo bem, não estava ali para defesa da minha fé, mas apenas como um “repórter curioso.”
Os testemunhos é o momento em que qualquer um, menos eu, poderia ir a frente dizer algo que Jesus fez. Foram também 3 à frente! Percebi que no início dizem algo exatamente igual um ao outro e todos dizem amém juntos. -“Agradeço a Jesus pelo perdão dos meus pecados e pela coroa da vida que me aguarda na glória”. Logo depois disso contam seus casos de milagres. Todos que dão testemunho parecem chorar, mas não vi lágrima alguma. A impressão que me deu, é que é pra impressionar os visitantes. Esse é o método de evangelismo deles.
Na minha frente havia um irmão, de paletó e gravata, pois me parece o uniforme deles. O cara abria a boca e eu sentia o cheiro da cerveja curtida. O mesmo que você sente num bebum. Eu pensei” – Olha só, eles bebem mesmo!
-Tudo bem! Dizia eu aos meus botões!
No momento da “Consolação da palavra” é o termo para a pregação, o ancião ficava perguntando aos outros com quem tava a palavra. Nessa altura eu já ficava olhando pra todo lado achando que era uma pegadinha ou uma brincadeira de esconde-esconde. Mas o anfitrião me disse que é assim. Não há preparação alguma. Eles não estudam a bíblia e nem lêem qualquer livro evangélico. Esperam somente no Senhor que dá tudo na hora. Ninguém se manifestou e o próprio ancião mandou-nos abrir a bíblia aonde? Salmo 129. Ich pensei! Quando não sabem o que dizer, lêem um salmo. Ok abri também e o homem começou a pregar.
Não é que Deus falou comigo particularmente? Bem, mas é assim mesmo, Deus fala mesmo através de qualquer um.
O ancião ficava exaltado, falava em línguas, dava uns pulinhos! Eu pensei: -É uma igreja pentecostal! Falou por uns 20 minutos! Nada cansativo! Até gostei! Mas também, nada profundo, pensador ou reflexivo.
21:30 em ponto acabou. Nada era programado, mas ao mesmo tempo, tudo ensaiado. Como pode?
No encerramento eles se beijam! E toma de um monte de homem vir me beijar e eu a eles. -Beleza, to aqui tenho de fazer como fazem!
Na porta, um rapaz, veio me testemunhar como Deus o tirou da Assembléia de Deus e o trouxe pra verdadeira graça. -Ich, é agora, pensei!
Ouvi tudo calado. As vezes ele me dizia: -O senhor não está entendendo porque ainda não foi iluminado, mas quando for entenderá! Eu replicava, dizendo: -Entendo mais do que você imagina, mas continue.
É notório entre eles certo linguajar xucro, indolto, sem conhecimento das coisas. Mas isso é também um ponto de orgulho deles. Pelo menos lá naquela comum.
Não vi oferta ou recolhimento de dízimo. Não há! Quem tem alguma coisa dá na mão do porteiro assim que chega! Eles dizem que não há pastor pra tirar a lã das ovelhas. Na minha cara cuspiram essa! -Ok agüento essa também! Pensei!
Na volta, dentro do carro, fiz algumas perguntas de ordem administrativas, do tipo: - Quem elege os anciãos, quem escolhe A ou B, ou como você é preparado pro batismo, e muitas outras sobre aconselhamento, casais, jovens e etc.
Quase me irritei porque em vez de responderem, afirmam que lá tudo é feito pelo Espírito Santo. -Ta, já entendi, afirmei! Mas como Ele faz isso?
Bem, no Brás, aqui em São Paulo há doze anciãos que orando separam o ancião de cada comum. Então há uma hierarquia, afirmei!
O batismo, no dia marcado, qualquer um que sentir desejo, pode entrar no batistério.
Não encontro de casais. Culto de jovens é igual aos outros cultos. Aconselhamento é dado pelo ancião sem preparo algum na ciência do aconselhamento.
Perguntei também se eles não usam barba, porque não vi homem algum de barba, só bigode?
Alguém me devolveu a pergunta: -Mas quem usa barba?
Eu respondi: -Eu e Jesus, querido! Foi aquele silencio!
Na porta de minha casa! O anfitrião, meu amigo, me perguntou:
- Viste aquele menino ao seu lado no culto?
- Sim, vi! (Um garoto que aparentava uns 10 anos)
- Ele teve uma revelação de Deus pro senhor. “Disse-me o amigo”
Eu pensei! - Lá vem bomba!
- Ele disse que depois que o senhor for batizado nas águas, receberá o selo da promessa. (Uma espécie de batismo do Espírito Santo, como os pentecostais crêem)
Só me faltava essa! Eu, pastor por mais de 12 anos, pai de 3 filhos, convertido do espiritismo há mais de 20 anos. Por um momento não era crente!
Caramba! É bem como li nos livros sobre seitas e heresias!
Matei a minha curiosidade e quase perdi a paciência!

17 março 2009

Polêmica

Quero aqui, levantar, chamar atenção para um fato que ocorre com freqüência em uma igreja Batista ou pentecostal que é o rebatismo.
Veja bem! Alguém que foi batizado na infância (pedobatismo) pelos pais, numa igreja Presbiteriana em fase adulta vai para uma igreja Batista e é rebatizado, mas segundo os Batistas, batizado de verdade ou alguém que é batizado em uma igreja tradicional por aspersão e vai para uma pentecostal que batiza por imersão e "rebatiza" o crente aspersionista este fato tem base bíblica?
Eu queria saber dos leitores deste blog, se vocês acham isso certo?
Porque a meu ver, a briga é teológica histórica e secular, mas pode ser falta de respeito das outras denominações ou falta de convicção do batizando, ou até mesmo falta de conhecimento bíblico sobre batismo.
O fato é: Os batistas e pentecostais adeptos do imersionismo continuam pensando que são os donos da verdade, ou que o batismo salva ou até mesmo que é a porta de entrada da igreja e a igreja é o reino de Deus! Os aspersionistas aceitam e respeitam outras formas de batismo, mas os imersionistas não!
O que vocês acham?
Levantado a polêmica!


Sugiro que clik no título e seja transportado para um estudo sobre o assunto.

23 fevereiro 2009

Loucura ou o que é isso ?

Eu aprendi que o centro da igreja é Jesus Cristo e que o Espírito Santo nos leva a viver o que Ele quer, mas também aprendi que os anjos são seres que nos guarda e que assim como nós, eles tem um profundo respeito pela palavra de Deus e pelo próprio Deus.
Também aprendi com Ap.Paulo que satanás pode se transfigurar de anjo de luz, ou seja, ele pode se passar de anjo que não perdeu a sua glória.
Então, o que sei é que temos de ter muito cuidado com o que dizemos estar vendo ou ouvindo, porque se for contrário a palavra de Deus, pode ser um demônio se passando de bonzinho.
Outra coisa que aprendi foi que nossos cultos são para adorar a Jesus e não aos anjos, mas não é o que muitas igrejas tem feito.
Neste vídeo abaixo, você verá um sujeito que na sua ministração conta sua experiência com um anjo e no momento é “perturbado” por um deles, segundo alega e mostra no vídeo.
Paulo Brito, certa vez pregando numa igreja, repreendeu uma pessoa que no momento do sermão, se levantou falando em línguas. Ele repreendeu e a pessoa caiu endemoninhada. Sua tese é simples! Nada poderá atrapalhar a Palavra de Deus. Se atrapalhar, é demônio!
Bem, o que alguém deveria fazer com esse sujeito do vídeo era isso, mas como não havia irmãos de autoridade no momento, pois todos estavam em ignorância e manipulados pelo referido pregador, a panacéia é deprimente. Para ajudar você leia o dicionário e veja o vídeo até o final ele tem 8 minutos.
Dicionário:
Esquizofrenia: Mente dividida. Ver e ouvir o que não é real e verdadeiro para outros, mas só para si mesmo.
Artista: Pessoa que interpreta ou encena um ato, com o fim de ilustrar uma situação ou divertir os presentes.
Pilantra: Pessoa que encanta, persuade e envolve os ouvintes ignorantes para tirar proveito e vantagens ilícitas.
Endemoninhado: Indivíduo que reage involuntariamente e nem tem controle de seus atos por estar sendo manipulado por uma força estranha adversa e maligna.
Veja o vídeo e use o dicionário!

Dando razão a filosofia!



De repente me deparei com os pensamentos de Sêneca, filósofo romano, contemporâneo de Cristo, que nasceu no ano 4 a.C, e morreu no ano 65 d.C. Foi ele tutor de César e Senador de Roma!
Sêneca me ensinou como lidar com a ira, me levando a entender que a expectativa pode me despertar raiva quando algo em que espero não acontece. Mas com isso me deparo com a Bíblia que diz que a fé é o firme fundamento do que espero e não vejo. Bom, temos aqui um problema, mas prosseguindo no que Sêneca diz, na prática seria por exemplo: alguém como eu, que vive na cidade louca de São Paulo, já esperar ficar preso no trânsito porque seria o normal, então segundo Sêneca, eu não sofreria com a ira. Muito bom! Então, se entendi bem, é só esperarmos o pior que não teremos decepção, pois se algo bom acontecer, será um presente, uma benção. O lado ruim disso é viver uma vida de pessimismo, mas reconheço que em alguns casos ajuda, como por exemplo: não esperar nada bom dos outros, pois os homens podem nos decepcionar e irão decepcionar. Conforta não é mesmo?
Outra coisa que Sêneca percebeu é que os ricos são os mais propensos a frustrações e iras, porque diz ele, que os ricos estão acostumados a pagarem por serviços e quando não saem exatamente como queriam, são os mais explosivos e intemperantes, cheios de ira. Hum, interessante, pois a base de Sêneca foi exatamente o ambiente em que ele viveu. Ele viu um amigo jogar um garçom no tanque de moréias (peixe cobra) pelo simples fato dele quebrar um copo.
Bem, o que sei é que neste ponto a Bíblia dá muita razão a ele, porque quando Thiago manda alertar aos ricos deste presente século a não confiarem nas riquezas (Tg.5.1-6), ou adverte o pastor a não dar assento nobre para eles nas sinagogas (igreja), já está em sintonia com Sêneca, porque se o rico ficar frustrado com você, você viverá o pior nesta vida e experimentará o sabor da ira dele, como seu amigo.
Mas contudo, é melhor ser inimigo do rico do que inimigo de Deus, porque dura coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
Mas que Sêneca tá certo, isso tá!!!

18 fevereiro 2009

Cada um no seu quadrado

“Ado,aado, cada um no seu quadrado..”

Subitamente decorei essa música que se alastrou pelas rádios e invadiu os “karaokês” em festas de família e bares da cidade.

Bem, eu acredito que a música pega e faz sucesso, por “ns” fatores, alguns eu consigo discernir, tais como: Batida, letra, ou sentimento público.

No caso dessa música eu acredito que embora a batida seja ritmada, o fácilita a memorização, a idéia é espelhada no sentimento coletivo da sociedade de cada um estar vivendo dentro do seu espaço, e com isso não invadir o alheio.

Na brincadeira da música em questão, temos a formatização do enredo que a cada segundo é trocado por uma situação em que todos devem imitar, mas cada um dentro do seu quadrado.

O que é isso?

Bem, aqui temos o efeito singular da música que nos adverte que está fora da brincadeira quem não sabe imitar e muito mais quem não está no seu quadrado definido.

A questão é que cada um vive assim na prática!

A igreja tem hoje esse perfil! Cada um no seu quadrado!

Alguns cristãos buscam primeiro a cura da sua “dor de barriga” para depois se sobrar tempo, ajudar o outro.

A insensibilidade é muito grande hoje!

Sentir a dor do outro é muito difícil num contexto que a música que faz sucesso é a que propõem cada um no seu quadrado.

Converso com um amigo pastor, que sua história se parece com a minha, e é comum ouvir dele que as pessoas não querem se envolver com a obra.

Não querem se comprometer e nem assumir riscos!

Então, só nos resta cantar o refrão: “ ado,aado, cada um no seu quadrado!”

15 janeiro 2009

TUDO QUE ISRAEL FAZ É CERTO?

Quando fico vendo a defesa ardorosa de muitos cristãos sinceros a favor da nação de Israel e sua política territorialista expansionista, confesso-me assustado.
Primeiro, porque, muitos revelam um desconhecimento relevante da história do Oriente Médio. Segundo, porque, ao mesmo tempo percebo um desconhecimento da teologia bíblica, e isso me deixa mais triste ainda. Alguns olham os palestinos com um ódio cego, sem perceber que os judeus, que já foram vítimas do ódio nazista fazem historicamente pequenas demonstrações de uma maldade similar, quando, só para citar um exemplo, em 1983 mataram mais de 2000 palestinos nas cidades de Sabra e Shatila, sobe o regime de terror, chefiado por Ariel Sharom, ex primeiro ministro de Israel que ainda está em coma, extremamente belicoso, usando inclusive, na época, bonecas cheias de bombas, que deixaram crianças sem seus bracinhos até os dias de hoje, criando uma geração de adolescentes deformados e amargurados.
Um dos argumentos mais usados é: "Israel é a menina dos olhos de Deus" ou "Israel é o povo de Deus, não se pode mexer com ele" e vai por aí a fora. Esse simplismo encerra uma discussão mais profunda.
Precisaríamos de espaço para incluir o estudo da escatologia, da soteriologia e de outros temas teológicos que certamente este pequeno artigo não comportaria, outrossim, vale lembrar que Deus há de tratar com a nação de Israel no plano profético, mas a qualidade de "Povo de Deus", hoje, pertence eminentemente a igreja conforme se vê em I Pe 2:9. "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz"
A questão palestina: Os ancestrais palestinos chegaram à costa do Mar Mediterrâneo antes de 3.500 a.C., para se dedicar à pesca, agricultura e pastoreio. Teve de enfrentar, ao longo dos séculos, a dominação de egípcios, assírios, caldeus, persas, romanos, hebreus e também os cruzados cristãos. Vivendo 400 anos sob o jugo do Império Turco-Otomano, são antigos moradores da região e deveriam ser tratados com respeito. Já nos dias de Jesus, os palestinos residiam ali. Nas cidades chamadas gentílicas, na Galiléia (em Decápolis), Naftali e Zebulom, e na Samaria (palestinos não são árabes).
Em nenhum momento o Senhor Jesus reclamou o direito de Israel sobre essas terras ocupadas em toda a Palestina, quer sob o jugo romano (o império mundial da época) quer pelo uso por outras gentes.
Para Jesus, a nação desobediente de Israel, não precisava de um mundo material ou de um reino geográfico que se acabaria, e sim do conhecimento do verdadeiro Deus. Jesus não foi um político pró-israelita e por isso, foi crucificado pelos judeus.
A questão de Israel como filhos de Abraão e sua superioridade sobre as demais nações foi duramente rechaçada por Jesus, quando lhes anunciara a sua missão como Messias e a sua divindade: "para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou." Jo 5:23. Sim, para Jesus, os Judeus não aceitavam o filho e por isso rejeitavam também o Pai.
O Deus dos Judeus, como no período de Jesus, não é, em concepção, o mesmo Deus dos cristãos, porque para os judeus não há Trindade, nem há divindade em Cristo ou no Espírito Santo. Seria como achar que o Deus das Testemunhas de Jeová é o mesmo Deus cristão. E não o é de fato! O diálogo de Jesus com os seus compatriotas, relatado pelo evangelista João, revela bem como era intolerante a relação deles para com Jesus. Disse Jesus: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não encontra lugar em vós." "Responderam-lhe: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Respondeu-lhes Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira."
Ora, segundo fica claro nessa discussão é que Jesus já não considerava os judeus mais "O povo de Deus," caso contrário, não os chamaria de filhos do diabo. Em Romanos 10, o apóstolo Paulo fala do assunto também, dizendo que os judeus deixando a promessa, tornaram-se tão transgressores como qualquer um, e por isso, todos são iguais perante Cristo, e lamentava profundamente: "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. (...) Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. (...) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. Mas pergunto: Porventura não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até os confins do mundo. (...) Mas pergunto ainda: Porventura Israel não o soube? Primeiro diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, com um povo insensato vos provocarei à ira.
E Isaías ousou dizer: Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não perguntavam. (...) Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente."
Segundo verificamos, não há nenhum princípio bíblico que coloque os judeus em hegemonia ou superioridade espiritual, ao contrário, diz Paulo ainda em Gálatas 3: 28 e 29: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa."
Portanto, meu querido irmão, se os judeus por dureza de coração, rejeitaram a promessa, o Messias e continuam desonrando o Filho, estão de igual modo, sujeitos aos mesmos erros dos palestinos, árabes, mulçumanos, hindus, etc.
E todos juntos, se não se arrependerem, continuarão, filhos da ira de Deus. Convém lembrar que hoje é proibido pregar o evangelho em Israel, e apenas 3% da população é cristã, e que eles rejeitam tacitamente a obra regeneradora do Espírito Santo, através de Jesus.
Por isso disse Jesus aos Judeus: "Vos disse que morrereis em vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados." Jo 8:24.
Pastor Neucir Valentim

19 dezembro 2008

Mais um natal! Aí vamos nós!


Eu já escrevi aqui sobre o natal, mas como todo ano ele acontece, também não vejo porque não escrever todo ano sobre ele.
Para quem acredita que natal é dia de papai Noel, acredita errado e vive na mentira. Meus filhos nunca acreditaram que ele existe. Até porque me livro de enrrascadas como a de uma conhecida que contou que seu marido ensina pras filhas sobre papai Noel e num desses dias ele disse à elas que esse ano ele estava sem dinheiro para presentes e elas disseram: “Não tem problema, papai Noel dá.” Quero o ver sair dessa agora!
Outros problemas são o atraso do correio por conta de cartões com mensagens óbvias e as caixas de email que lotam de spam trazendo mensagens que eu já decorei.
Um problema que eu não me envolvo mais são as programações de cantata na igreja. Todo ano a mesma coisa! São vários avisos de cantata!
“Venham ver o musical do menino Jesus!”
“Nasceu o Salvador!”
“Noite feliz!”
“A manjedoura!”
Sem contar na estrutura “infernal” que tudo isso vira. Nos bastidores é um stress tremendo pra fazer tudo dar certo.
Na minha concepção, tudo isso só agrada os ricos que querem uma festinha pagã com cara de cristão. É a cristianização das bobagens que os primeiros crentes não entraram.
Pra quem gosta, há várias igrejas estilo “Broadway”, é só ir lá, sentar confortavelmente e assistir um espetáculo sem pagar nada.
O mais impressionante é ver os crentes embarcando no capitalismo desenfreado e no desperdício de comida enquanto bem perto deles alguém espera apenas alguma rabanada velha do outro dia, mas...é só esperar perto do lixo que vai aparecer. É só ter paciência e acreditar no “deus”(mamom) inventado pelos crentes do século XXI que do lixo dos crentes virá a comida.
E os shopping? Ich, esse eu nem passo perto nessa data.
Será que nós, os que amam a Jesus acreditamos mesmo que ELE está preocupado com tudo isso?
Será que nós, pensamos mesmo que os presentes não fazem o menor sentido e que o consumismo é idolatria? Ou acreditamos nos presentes como fonte alimentadora da alma e o consumismo como forma de esconder uma depressão?
Bem, sempre existirá alguém que vai continuar acreditando que a vida só faz sentido nesta época e que ter é melhor que ser e ter muito é benção de Deus.
O nascimento de Jesus se tornou num grande dia de consumo e mentira!
Mas ainda assim, é um bom dia para se reunir a família e os amigos!
Para não ficar totalmente de fora desse “espírito natalino”,
FELIZ NATAL PRA TODOS!

01 dezembro 2008

Precisamos acordar de um sonho.

Enquanto no Brasil os crentes comemoram depois de seus cultos a unção que receberam e a palavra que os encorajaram a viverem a semana, em outros lugares nossos irmãos sonham com essa liberdade.
As palavras da Bíblia e de Jesus:
"Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele." (II Crônicas 32 : 7)

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16 : 33)

"Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos." (Lucas 10 : 3)

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15 : 13)


"Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus." (Atos 14 : 22)


Depois de ver esse vídeo, parece que faz mais sentido estes textos bíblicos.
A impressão que tenho é que o Senhor disse a eles, e não a nós.

Ao ver os pregadores da televisão e do rádio, tenho percebido que estão desconectados do mundo e ausentes da realidade e são os “umbigos” do mundo com mensagens que não fazem sentido bíblico porque são humanistas.

A expressão humanismo refere-se genericamente a uma série de valores e ideais relacionados à celebração do ser humano.
É isso que você vê na televisão e ouve no rádio!
É por isso que essa geração de cristãos vivem pra satisfazer suas vontades e egos e não para propagar o arrependimento e conversão de vidas.

Já que no Brasil não temos sofrimento como esse dos irmãos da igreja perseguida, você poderia então deixar de lado um pouco dos seus sonhos para viver os sonhos de Deus.

Saia no seu bairro, distribua folhetos, leve amigos a sua igreja e vá atrás dos perdidos que convivem com você.

05 novembro 2008

Um dia memorável na América




Olá, Chicago!

Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.Americanos que transmitiram ao mundo a mensagem de que nunca fomos simplesmente um conjunto de indivíduos ou um conjunto de estados vermelhos e estados azuis.Somos, e sempre seremos, os EUA da América.É a resposta que conduziu aqueles que durante tanto tempo foram aconselhados por tantos a serem céticos, temerosos e duvidosos sobre o que podemos conseguir para colocar as mãos no arco da História e torcê-lo mais uma vez em direção à esperança de um dia melhor.Demorou um tempo para chegar, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou aos EUA.Esta noite, recebi um telefonema extraordinariamente cortês do senador McCain.O senador McCain lutou longa e duramente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e duramente pelo país que ama. Agüentou sacrifícios pelos EUA que sequer podemos imaginar. Todos nos beneficiamos do serviço prestado por este líder valente e abnegado.Parabenizo a ele e à governadora Palin por tudo o que conseguiram e desejo colaborar com eles para renovar a promessa desta nação durante os próximos meses.Quero agradecer a meu parceiro nesta viagem, um homem que fez campanha com o coração e que foi o porta-voz de homens e mulheres com os quais cresceu nas ruas de Scranton e com os quais viajava de trem de volta para sua casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.E não estaria aqui esta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga durante os últimos 16 anos, a rocha de nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.Sasha e Malia amo vocês duas mais do que podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que está indo conosco para a Casa Branca.Apesar de não estar mais conosco, sei que minha avó está nos vendo, junto com a família que fez de mim o que sou. Sinto falta deles esta noite. Sei que minha dívida com eles é incalculável.A minha irmã Maya, minha irmã Auma, meus outros irmãos e irmãs, muitíssimo obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a todos vocês. E a meu diretor de campanha, David Plouffe, o herói não reconhecido desta campanha, que construiu a melhor campanha política, creio eu, da história dos EUA da América.A meu estrategista chefe, David Axelrod, que foi um parceiro meu a cada passo do caminho.À melhor equipe de campanha formada na história da política. Vocês tornaram isto realidade e estou eternamente grato pelo que sacrificaram para conseguir.Mas, sobretudo, não esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.Nunca pareci o candidato com mais chances. Não começamos com muito dinheiro nem com muitos apoios. Nossa campanha não foi idealizada nos corredores de Washington. Começou nos quintais de Des Moines e nas salas de Concord e nas varandas de Charleston.Foi construída pelos trabalhadores e trabalhadoras que recorreram às parcas economias que tinham para doar US$ 5, ou US$ 10 ou US$ 20 à causa.Ganhou força dos jovens que negaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram para trás suas casas e seus familiares por empregos que os trouxeram pouco dinheiro e menos sono.Ganhou força das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio gelado e o ardente calor para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários e organizaram e demonstraram que, mais de dois séculos depois, um Governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra.Esta é a vitória de vocês.Além disso, sei que não fizeram isto só para vencerem as eleições. Sei que não fizeram por mim.Fizeram porque entenderam a magnitude da tarefa que há pela frente. Enquanto comemoramos esta noite, sabemos que os desafios que nos trará o dia de amanhã são os maiores de nossas vidas - duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos valentes que acordam nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para dar a vida por nós.Há mães e pais que passarão noites em claro depois que as crianças dormirem e se perguntarão como pagarão a hipoteca ou as faturas médicas ou como economizarão o suficiente para a educação universitária de seus filhos.Há novas fontes de energia para serem aproveitadas, novos postos de trabalho para serem criados, novas escolas para serem construídas e ameaças para serem enfrentadas, alianças para serem reparadas.O caminho pela frente será longo. A subida será íngreme. Pode ser que não consigamos em um ano nem em um mandato. No entanto, EUA, nunca estive tão esperançoso como estou esta noite de que chegaremos.Prometo a vocês que nós, como povo, conseguiremos.Haverá percalços e passos em falso. Muitos não estarão de acordo com cada decisão ou política minha quando assumir a presidência. E sabemos que o Governo não pode resolver todos os problemas.Mas, sempre serei sincero com vocês sobre os desafios que nos afrontam. Ouvirei a vocês, principalmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedirei a vocês que participem do trabalho de reconstruir esta nação, da única forma como foi feita nos EUA durante 221 anos, bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada sobre mão calejada.O que começou há 21 meses em pleno inverno não pode acabar nesta noite de outono.Esta vitória em si não é a mudança que buscamos. É só a oportunidade para que façamos esta mudança. E isto não pode acontecer se voltarmos a como era antes. Não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de sacrifício.Portanto façamos um pedido a um novo espírito do patriotismo, de responsabilidade, em que cada um se ajuda e trabalha mais e se preocupa não só com si próprio, mas um com o outro.Lembremos que, se esta crise financeira nos ensinou algo, é que não pode haver uma Wall Street (setor financeiro) próspera enquanto a Main Street (comércio ambulante) sofre.Neste país, avançamos ou fracassamos como uma só nação, como um só povo. Resistamos à tentação de recair no partidarismo, na mesquinharia e na imaturidade que intoxicaram nossa vida política há tanto tempo.Lembremos que foi um homem deste estado que levou pela primeira vez a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da auto-suficiência e da liberdade do indivíduo e da união nacional.Estes são valores que todos compartilhamos. E enquanto o Partido Democrata conquistou uma grande vitória esta noite, fazemos com certa humildade e a determinação para curar as divisões que impediram nosso progresso.Como disse Lincoln a uma nação muito mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora as paixões os tenham colocado sob tensão, não devem romper nossos laços de afeto.E àqueles americanos cujo apoio eu ainda devo conquistar, pode ser que eu não tenha conquistado seu voto hoje, mas ouço suas vozes. Preciso de sua ajuda e também serei seu presidente.E a todos aqueles que nos vêem esta noite além de nossas fronteiras, em Parlamentos e palácios, a aqueles que se reúnem ao redor dos rádios nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são diferentes, mas nosso destino é comum e começa um novo amanhecer de liderança americana.A aqueles que pretendem destruir o mundo: vamos vencê-los. A aqueles que buscam a paz e a segurança: apoiamo-nos.E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica de nossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e firme esperança.Lá está a verdadeira genialidade dos EUA: que o país pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos nos dá esperança sobre o que podemos e temos que conseguir amanhã.Estas eleições contaram com muitos inícios e muitas histórias que serão contadas durante séculos. Mas uma que tenho em mente esta noite é a de uma mulher que votou em Atlanta.Ela se parece muito com outros que fizeram fila para fazer com que sua voz seja ouvida nestas eleições, exceto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Nasceu apenas uma geração depois da escravidão, em uma era em que não havia automóveis nas estradas nem aviões nos céus, quando alguém como ela não podia votar por dois motivos - por ser mulher e pela cor de sua pele.Esta noite penso em tudo o que ela viu durante seu século nos EUA - a desolação e a esperança, a luta e o progresso, às vezes em que nos disseram que não podíamos e as pessoas que se esforçaram para continuar em frente com esta crença americana: Podemos.Em uma época em que as vozes das mulheres foram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela sobreviveu para vê-las serem erguidas, expressarem-se e estenderem a mão para votar. Podemos.Quando havia desespero e uma depressão ao longo do país, ela viu como uma nação conquistou o próprio medo com uma nova proposta, novos empregos e um novo sentido de propósitos comuns. Podemos.Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçou ao mundo, ela estava ali para testemunhar como uma geração respondeu com grandeza e a democracia foi salva. Podemos.Ela estava lá pelos ônibus de Montgomery, pelas mangueiras de irrigação em Birmingham, por uma ponte em Selma e por um pregador de Atlanta que disse a um povo: "Superaremos". Podemos.O homem chegou à lua, um muro caiu em Berlim e um mundo se interligou através de nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou uma tela com o dedo e votou, porque após 106 anos nos EUA, durante os melhores e piores tempos, ela sabe como os EUA podem mudar.Podemos.EUA avançamos muito. Vimos muito. Mas há muito mais por fazer. Portanto, esta noite vamos nos perguntar se nossos filhos viverão para ver o próximo século, se minhas filhas terão tanta sorte para viver tanto tempo quanto Ann Nixon Cooper, que mudança virá? Que progresso faremos?Esta é nossa oportunidade de responder a esta chamada. Este é o nosso momento. Esta é nossa vez.Para dar emprego a nosso povo e abrir as portas da oportunidade para nossas crianças, para restaurar a prosperidade e fomentar a causa da paz, para recuperar o sonho americano e reafirmar esta verdade fundamental, que, de muitos, somos um, que enquanto respirarmos, temos esperança.E quando nos encontrarmos com o ceticismo e as dúvidas, e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com esta crença eterna que resume o espírito de um povo: Podemos.

Obrigado.

Que Deus os abençoe.

E que Deus abençoe os EUA da América".

27 outubro 2008

Que absurdo maligno

Conversando com um grande amigo, ele me falou que o governador José Serra tinha uma parceria com uma entidade espírita para proteger o céu de São Paulo. Não são as escolas, mas o espaço de chuva e sol. Fiquei muito aturdido e fui procurar na internet e para minha surpresa achei o que você pode também ver e consultar.
É lamentável, porque se fosse igrejas evangélicas em parceria com o governador ou prefeito a imprensa teria feito um estardalhaço.

Veja abaixo o que estou falando!

Querendo mais informações clique em cima do título e vá direto para o site deles.


São Paulo

Gabinete do Secretário Municipal de Coordenação das Sub Prefeituras de SP Ano 50 Numero 156 Data: 18/08/2005
GABINETE DO SECRETÁRIO
EXTRATO DE TERMO DE PARCERIAPARTES: PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO, SECRETARIA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS, E FUNDAÇÃO CACIQUE COBRA CORAL - FCCC, PELA AGÊNCIA DE METEOROLOGIA TUNIKITO METEOROLOGY ATMOSPHERE AND OCEAN LTDA.
OBJETO: INFORMAÇÕES PRÉVIAS EM CASOS DE CALAMIDADE, TAIS COMO INUNDAÇÕES, SECAS, GEADAS, VENDAVAL, TORNADO, GRANIZO OU QUALQUER OUTRA ADVERSIDADE CLIMÁTICA.
PRAZO: SEM PRAZOVALOR: Totalmente isento de ônus.
CONFORME DECRETO 45.683/05 e o Decreto 40.384/2001.

22 outubro 2008

Uma carta ao apóstolo "Juvenal"


Não se preocupem, o apóstolo Juvenal não existe. Também nunca tive amigo que virou apóstolo. O apóstolo Juvenal é uma personagem fictícia, embora baseada em personagens da vida real.

Meu caro Juvenal,
Espero que você se lembre de mim, o Augustus Nicodemus, seu colega de turma do seminário presbiteriano (talvez você se lembre pelo apelido "Brutus" que eu odiava...!). Faz uns 20 anos que não temos contato. Só recentemente consegui seu e-mail, com o Mário, nosso amigo comum.
Desculpe não lhe tratar como "apóstolo". Você sabe, desde os tempos do seminário, que minha opinião é que os apóstolos constituíram um grupo único e exclusivo na história da Igreja e que hoje não existem mais. Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com seu programa de televisão e com você se apresentando como "apóstolo" Juvenal! Eu não sabia que você tinha deixado o pastorado em nossa denominação, montado uma comunidade e adquirido esse título de "apóstolo", o qual, como já disse, não consigo reconhecer como legítimo.
Você sabe que para nós, cristãos históricos reformados, os apóstolos de Jesus Cristo tiveram um papel crucial e extremamente relevante na fundação da Igreja cristã. É um cargo, um ofício, tão sério e fundamental, que ver pessoas usando esse título nos dias de hoje causa um grande desconforto, uma profunda perplexidade e tristeza inominável. Não consigo imaginar uma banalização maior do que essa. Não que você seja uma pessoa indigna, pífia, pérfida ou mesquinha -- não se trata disso. Eu sentiria a mesma coisa se o próprio Calvino resolvesse usar esse título para si.Não sei o que se passou por sua cabeça para que você, que conhece a Bíblia e a história da Igreja, resolvesse virar um "apóstolo" e montar sua própria comunidade. Pelo seu programa de televisão, ficou patente para mim que você adotou os cacoetes, o linguajar e as idéias que são próprias dos outros "apóstolos" que já estão por ai há mais tempo que você. Valendo-me da nossa amizade dos tempos de seminário, resolvi escrever-lhe e tirar as dúvidas, perguntar diretamente a você, para não ficar imaginando coisas.

1) Quem foi que lhe conferiu esse status, Juvenal? Refiro-me ao título de "apóstolo". Nas igrejas históricas ninguém toma para si o cargo, a função e o título de diácono, presbítero, pastor. São títulos concedidos por essas igrejas a pessoas que elas reconhecem como vocacionadas e aptas para a função. Não sei quem lhe conferiu esse título de "apóstolo". Ouvi falar que existe um conselho de apóstolos no Brasil, ligado a outros conselhos similares no exterior, que é quem ordena e investe os apóstolos no Brasil. Mas, pergunto, quem ordenou, investiu e autorizou os membros desse conselho de apóstolos? Em algum momento, chegaremos ao ponto em que alguém se autonomeou apóstolo, já que esse título e ofício deixaram de existir na Igreja Cristã desde o século I. Os apóstolos de Cristo não deixaram sucessores que por sua vez fizessem outros sucessores, numa corrente ininterrupta até os dias de hoje. Só quem reivindica isso é o Papa e nós não aceitamos essa reivindicação -- aliás, esse foi um dos motivos da Reforma protestante ter acontecido. Por isso, considero a utilização do título "apóstolo" hoje como uma usurpação, uma apropriação indevida dentro da Igreja de uma função histórica que não mais existe.

2) Fala sério, Juvenal, você acha mesmo que é um apóstolo? Quando você usa esse título para si, você está se igualando aos Doze Apóstolos e a Paulo, ou simplesmente usa o termo no sentido de "enviado, missionário", que é o sentido básico da palavra no grego? Se for nesse último sentido, fico menos consternado. Há outras pessoas na Bíblia que são referidas como apóstolos, além dos Doze e Paulo, como Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19; mas veja 1Coríntios 9:5 onde Paulo distingue entre apóstolos e os irmãos do Senhor) e Barnabé (Atos 14.14). O sentido aqui é quase sempre de enviado de igrejas locais, missionário, para usar o termo mais popular. Todavia, esse uso é secundário e desconhecido pelas igrejas modernas. Quando se fala em "apóstolo", as pessoas imediatamente associam o termo a Pedro, Tiago, João, Paulo, etc. Usar o título "apóstolo" hoje é igualar-se a eles ou, no mínimo, causar confusão na mente das pessoas. Você acredita mesmo que é um apóstolo como Paulo, Pedro, João, Mateus, André, Felipe, etc.?

3) Se você acredita, então minha próxima pergunta é essa: você viu Jesus ressurreto? Ele lhe apareceu e lhe comissionou como apóstolo? Pois foi assim que ele fez com os Doze e com Paulo. Todos eles foram chamados diretamente por Jesus e o viram depois da ressurreição. Se você disser que Jesus lhe apareceu e lhe comissionou, pergunto ainda como fica a declaração de Paulo em 1Coríntios 15:8, "e, afinal, depois de todos, [Cristo] foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo"? Ele está defendendo que Jesus apareceu a várias pessoas, depois da ressurreição, e "afinal, depois de todos" apareceu a ele. Literalmente, no grego, Paulo está dizendo que "por último de todos" (eschaton de pantwn) Cristo apareceu a ele. Ou seja, Paulo entendia que a aparição do Cristo ressurreto a ele era a última de uma seqüência. É assim que os cristãos históricos sempre entenderam. Se a condição para ser apóstolo era ter visto Jesus ressurreto, conforme Pedro declarou (Atos 1:22; veja também 1Coríntios 9:1), então Paulo foi o último apóstolo. Desculpe, não creio que Cristo lhe apareceu no corpo da ressurreição. Se você disser que sim, prefiro acreditar em Paulo, de que ele foi o último.

4) Você acha, sinceramente, que usar esse título de alguma forma vai ajudar a Igreja? Em que sentido? Veja só, grandes líderes da Igreja, através de sua história, pessoas que deram contribuições duradouras na área de teologia, missões, social, nunca buscaram esse título. Nem mesmo aqueles grandes homens de Deus que viveram na época imediatamente após os apóstolos e que foram discípulos deles, como Papias e Policarpo. Outros, como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Spurgeon, e os grandes missionários como Carey, jamais arrogaram para si essa designação. Se alguém teria esse direito, depois dos apóstolos, seriam eles, e não pessoas como você e outros que se apropriaram desse título, e cuja contribuição para a Igreja cristã é mínima comparada com a contribuição deles.

5) Outra pergunta. Pelo que entendi, você é o fundador e presidente dessa igreja "Igreja Apostólica Global da Misericórdia de Deus". Como você concilia isso com o fato de que os apóstolos de Cristo não se tornaram donos, presidentes, chefes e proprietários das igrejas locais que eles fundaram? Eles eram apóstolos da Igreja de Cristo, da igreja universal, e não de igrejas locais. A autoridade deles era reconhecida por todos os cristãos de todos os lugares. Aonde eles chegavam eram recebidos como emissários de Cristo, com autoridade designada por ele. A prova disso é que os escritos deles, como os Evangelhos e as cartas, foram recebidos por todas as igrejas como Palavra de Deus e autoritativas em matéria de fé e prática, foram organizadas e colecionadas naquilo que hoje conhecemos como o cânon do Novo Testamento. Pergunto, então: quem reconhece sua autoridade como apóstolo? As igrejas cristãs do Brasil ou somente sua igreja local? Seus escritos, seus sermões -- eles são recebidos como Palavra infalível e autoritativa da parte de Deus em todas as igrejas cristãs ou somente na sua igreja local?

6) Juvenal, pelo que me recordo de você, você sempre foi uma pessoa com dificuldades de relacionamento com as autoridades. Lembra daquela suspensão que você pegou no seminário por desacato ao diretor e ao capelão? Para não mencionar as brigas constantes que você tinha em sala de aula com os professores, não por causa dos conteúdos, mas porque você insistia em questionar, às vezes até zombeteiramente, a autoridade deles em sala de aula. Lembrando-me desse traço da sua personalidade e do seu caráter, até que posso entender o motivo pelo qual você resolveu abandonar o sistema conciliar da nossa denominação e fundar uma outra, onde você é o chefe supremo. Imagino que você não presta contas a ninguém da sua conduta, do que ensina e de como usa os recursos financeiros que arrecada. Afinal de contas, acima dos apóstolos só Jesus Cristo, e pelo que sei, ele não emite nada-consta nessas áreas...

7) Uma última pergunta e depois vou lhe deixar em paz. Você faz os mesmos milagres que os apóstolos fizeram? Não me refiro a curas em massa de pessoas que não têm CPF nem endereço e que foram curadas de males internos como enxaqueca, espinhela caída, pressão alta, etc. Refiro-me à curas daquele tipo efetuadas pelos apóstolos de Cristo, de aleijados, surdos, cegos, paralíticos, cujas deformidades, endereço e identidade eram conhecidos das comunidades. Refiro-me às ressurreições de mortos, como a ressurreição de Dorcas feita por Pedro. Você faz esse tipo de sinais? Os apóstolos não fracassaram nunca quando diziam "em nome de Jesus, levanta-te e anda". O índice de sucesso deles era de 100%. E as curas eram instantâneas e completas. Quem era cego voltava a ver completamente, e não em parte. Aleijados voltavam a andar e a pular. Você faz isso, Juvenal? Você se incomodaria em me deixar participar de uma daquelas reuniões de cura que você anuncia em seu programa, para que eu entrevistasse as pessoas que dizem ter sido curadas? Não me leve a mal, mas é que tem muita charlatanice nesse meio, muita gente que é paga para dar testemunho falso de cura, muitos que pensam que foram curados quando no máximo foram sugestionados nesse sentido. Curas reais e autênticas serão assim comprovadas por laudo médico, exames, etc. Não é que eu não creia em milagres hoje. Eu creio, sim, que Deus cura hoje em resposta às orações. Inclusive, eu mesmo já fui curado em resposta às orações. O que eu não creio é que existam hoje pessoas com o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal, e de realizar curas imediatas e completas de aleijados, cegos, surdos, paralíticos, doentes mentais, cancerosos, aidéticos, etc. Esse dom fazia parte do equipamento apostólico e servia como "credenciais do apostolado", conforme Paulo declarou aos coríntios (2Coríntios 12:12). Se você não é capaz de fazer os sinais que os apóstolos faziam, não creio que tenha o direito de se chamar de apóstolo.
Bom, não sei se você vai me responder. Fique à vontade. Eu precisava lhe perguntar essas coisas, para não ficar imaginando no coração que você é um mercenário, uma daquelas pessoas que está disposta a tudo para ganhar poder, espaço e dinheiro, mesmo que seja às custas da credulidade do povo brasileiro e em nome de Deus.
Um abraço,
Augustus

10 outubro 2008

A opção política

Já faz algum tempo que venho pensando em minha opção política, mas ela se intensifica quando chega o pleito, onde tenho de votar e recebo propagandas dos candidatos.
Fui militante da esquerda no passado, e hoje não sei mais aonde ela se encontra. Essa posição está perdida e o que nos resta hoje é apenas interesse político partidário.
Como cristão evangélico, sou norteado pela Palavra de Deus e seus valores morais da família, sociedade e ética, que nós temos um compromisso com o que é certo e apoiado pela Bíblia. Por conta disso, radicalizei na hora de votar e expressar minha opinião.
Caramba, os que dizem representar a esquerda diluída são os que apóiam e criam leis para os homossexuais. Prática condenada na Bíblia!
Os que são acusados de serem da direita não tocam no assunto, mas são “desconfiáveis” quanto à ética financeira, mas nada se prova.
Ouço do PT e demais partidos da frente “revolucionária, socialista”, que pelo que leio e acompanho nos jornais, o socialismo pregado e vivido em alguns países é o diabo travestido de boa moça, que os homossexuais devem ser respeitados. Ora bolas, a esquerda não respeitam os que eles acusam de ladrões, agora querem respeitar os homossexuais. Amar o ser humano por detrás de suas práticas é uma coisa, outra coisa é aceitar ele como quer ser aceito.
Você já viu passeata de homens héteros que defendem a “opção” por serem héteros? Se isto acontecer, serão chamados de homofóbicos.
É igual à questão do racismo! Você já viu algum branco usando camisa 100% branco? Se tiver será acusado pelos negros de racista.
Então eu decidi romper com essa postura política de que a esquerda é melhor para o país, para a cidade e estado, quando ela defende a opção vergonhosa homossexual que ofende a moral Bíblica e agride a família ética e respeitosa que sustenta os bons costumes de nossas crianças e jovens.
Serei enfaticamente contra os que roubam do estado, serei radicalmente contra os que defendem os homossexuais, os libertinos e os devassos mesmo que com isso tenha de votar nulo por não achar político assim.
Serei radicalmente a favor do antigo protestantismo, que defendia frente a frente suas convicções bíblicas, que hoje está se “catolizando”, quando os ditos evangélicos se aliam aos políticos que defendem a vergonhosa opção sexual em “moda” e aos que eticamente são duvidosos.
Porque pode ser homossexual e criar leis para eles e não pode roubar? Na Bíblia, meu livro de regra, fé e conduta, as duas coisas juntas ou separadas não podem!
Não voto e falo contra, quem defende estas coisas!