O bispo anglicano Robison Cavalcanti escreveu relatando que no inicio do século XX, crianças e jovens eram perseguidos nas escolas, profissionais nos empregos, proibia-se o aluguel de imóveis comerciais e residenciais para os "nova-seita", também conhecidos como "bodes", Igrejas eram apedrejadas, pessoas fisicamente agredidas, amizades e vínculos familiares eram rompidos. A imprensa incitava contra essa fé "estrangeira". O hino de um Congresso Eucarístico cantava: "Quem não for bom católico, bom brasileiro não é". Bíblias eram queimadas. Paredes de templos protestantes eram levantadas de dia, para serem derrubadas de noite. "Protestante é pobre, burro e feio". Casar minha filha com um deles, nem pensar...
Pois é, tempos de provação aqueles.
Hoje a história é absolutamente diferente. Crente virou sinônimo de fashion, de pessoa chique, de gente da moda, de glamour, de artistas, de fãs, de baile gospel, de poderosos homens e mulheres de Deus. No Brasil de hoje, seguir a Jesus já não nos trás perseguições como anteriormente, pelo contrário, nos trás a promessa de "prosperidade" através de decretos espirituais ou atos proféticos. Seguir a Jesus para geração atual é um maior barato, até porque, Deus é maravilhoso e fiel, e por ser filho do Rei tenho direito a TUDO DE BOM.
Confesso que fico assustado com o evangelho pregado em nossos dias. A denominada teologia Tabajara, cujo conteúdo, é mercadológico e empresarial, verdadeiramente tem nos levado a pregar qualquer coisa menos o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Infelizmente hoje já não somos mais perseguidos pela nossa fé ou moral, nem tampouco pela obediência as Sagradas escrituras. Antes pelo contrário, em nossos dias, os denominados evangélicos são veementemente acusados pela ausência de moralidade, ética e decência.
Tempos dificeis estes.
Pr. Marcos Dornel
IBANC
05 setembro 2008
04 setembro 2008
Cansei de ser Freud

De uns tempos para cá tudo tem explicação psicológica. Marco um jantar com um amigo. Ele chega 45 minutos atrasado, quando eu já estava indo embora. Reclamo. Em vez de pedir desculpas, responde que sou um chato com horário. Discutimos. Dali a alguns dias, uma amiga comum vem defendê-lo:
– Você tem de entender. O pai dele era muito rígido. Tem problema em cumprir compromisso. É uma espécie de rebeldia, sabe?
Francamente, não sei. Fiquei plantado e nem posso reclamar? A maior parte das pessoas – eu inclusive – nunca estudou Freud e outros mestres do inconsciente em profundidade. Lêem-se artigos de revistas, livros de auto-ajuda. Aprende-se em bate-papos com amigos. Mas ouço explicações para cada coisa! Conheço um senhor que abandonou mulher e filhos. Ela batalhou, criou as crianças sozinha. Quando adolescentes, ele ainda botou os meninos contra a mãe, através de vários artifícios. Foi um horror. Ouvi a ex-mulher, já casada novamente, comentar:
– Ele é assim porque veio de uma família desestruturada.
– Quantos saíram de lares complicados e nem por isso são cafajestes? – arrisquei.
Ela me encarou, furiosa:
– Você é moralista.
Se isso é ser moralista, sou sim. Acho obrigação do homem separado ajudar na manutenção dos filhos. Tudo o que antes era "errado", "safado" ou mesmo "maldade" ganhou explicação. A mulher apronta o diabo nas costas do namorado e se descobre que ela tem um problema de rejeição – e para superá-lo quer conquistar a todos que vê pela frente. Bela análise! Mas o que deve fazer o namorado? Dar carona cada vez que ela for resolver seu problema de rejeição com outro?
Fazer terapia é muito bom. Eu faço há muito tempo. Garanto que se não fosse minha primeira terapeuta, Aurea, não seria um escritor. Até então, nunca tinha conseguido concluir um texto iniciado. Graças ao atual, Vicente, continuo produzindo, tendo uma vida emocional com qualidade e resistindo aos impactos da vida profissional. Não concordo com a mania de todo mundo querer agir como terapeuta. Se a omelete vem salgada, a secretária do lar explica:
– Estou com a cabeça cheia de problemas porque meu irmão pegou mania de roubar. É que sempre tivemos pouco em casa e ele cresceu querendo mais.
O ladrão, em vez de ser advertido, está sendo... compreendido! Alguém está sendo despojado de seus bens por conta do trauma. E eu fico com a omelete salgada!
Pior quando a psicologia vira argumento em causa própria:
– Sou gorda porque tenho trauma de infância. Minha mãe me dava comida gostosa quando eu ficava doente e agora identifico comida com amor.
– Não suporto tomar banho porque meu pai me obrigava a tomar uma ducha fria de manhã.
– Não sou safado. Só não consigo me prender a mulher nenhuma porque meus pais viviam mal.
Existem questões sérias a ser resolvidas em um consultório, é claro. A psicologia deu uma grande contribuição ao mundo moderno, tornando todos mais compreensivos. Mas não quero ser terapeuta no dia-a-dia. Para mim, gente que faz maldade com criança é ruim! Conceitos antigos como bom e ruim têm muito valor. Hoje ficou tão fácil! A pessoa acredita que é uma vítima das circunstâncias e desculpa a si mesma. Depois, fica prontinha para outra!
Eu, hein? Posso ser rígido, mas não tonto. Quando alguém apronta comigo, não me sinto disposto a compreender seus traumas de infância. Fico bravo! É melhor nem chegar perto!
– Você tem de entender. O pai dele era muito rígido. Tem problema em cumprir compromisso. É uma espécie de rebeldia, sabe?
Francamente, não sei. Fiquei plantado e nem posso reclamar? A maior parte das pessoas – eu inclusive – nunca estudou Freud e outros mestres do inconsciente em profundidade. Lêem-se artigos de revistas, livros de auto-ajuda. Aprende-se em bate-papos com amigos. Mas ouço explicações para cada coisa! Conheço um senhor que abandonou mulher e filhos. Ela batalhou, criou as crianças sozinha. Quando adolescentes, ele ainda botou os meninos contra a mãe, através de vários artifícios. Foi um horror. Ouvi a ex-mulher, já casada novamente, comentar:
– Ele é assim porque veio de uma família desestruturada.
– Quantos saíram de lares complicados e nem por isso são cafajestes? – arrisquei.
Ela me encarou, furiosa:
– Você é moralista.
Se isso é ser moralista, sou sim. Acho obrigação do homem separado ajudar na manutenção dos filhos. Tudo o que antes era "errado", "safado" ou mesmo "maldade" ganhou explicação. A mulher apronta o diabo nas costas do namorado e se descobre que ela tem um problema de rejeição – e para superá-lo quer conquistar a todos que vê pela frente. Bela análise! Mas o que deve fazer o namorado? Dar carona cada vez que ela for resolver seu problema de rejeição com outro?
Fazer terapia é muito bom. Eu faço há muito tempo. Garanto que se não fosse minha primeira terapeuta, Aurea, não seria um escritor. Até então, nunca tinha conseguido concluir um texto iniciado. Graças ao atual, Vicente, continuo produzindo, tendo uma vida emocional com qualidade e resistindo aos impactos da vida profissional. Não concordo com a mania de todo mundo querer agir como terapeuta. Se a omelete vem salgada, a secretária do lar explica:
– Estou com a cabeça cheia de problemas porque meu irmão pegou mania de roubar. É que sempre tivemos pouco em casa e ele cresceu querendo mais.
O ladrão, em vez de ser advertido, está sendo... compreendido! Alguém está sendo despojado de seus bens por conta do trauma. E eu fico com a omelete salgada!
Pior quando a psicologia vira argumento em causa própria:
– Sou gorda porque tenho trauma de infância. Minha mãe me dava comida gostosa quando eu ficava doente e agora identifico comida com amor.
– Não suporto tomar banho porque meu pai me obrigava a tomar uma ducha fria de manhã.
– Não sou safado. Só não consigo me prender a mulher nenhuma porque meus pais viviam mal.
Existem questões sérias a ser resolvidas em um consultório, é claro. A psicologia deu uma grande contribuição ao mundo moderno, tornando todos mais compreensivos. Mas não quero ser terapeuta no dia-a-dia. Para mim, gente que faz maldade com criança é ruim! Conceitos antigos como bom e ruim têm muito valor. Hoje ficou tão fácil! A pessoa acredita que é uma vítima das circunstâncias e desculpa a si mesma. Depois, fica prontinha para outra!
Eu, hein? Posso ser rígido, mas não tonto. Quando alguém apronta comigo, não me sinto disposto a compreender seus traumas de infância. Fico bravo! É melhor nem chegar perto!
publicado na Veja São Paulo por Walcyr Carrasco
30 agosto 2008
Eclesiofobia
O estadão publicou que o papa alerta para o risco da cristianismofobia.
Fobia é a palavra usada para medo sem fundamento aparente.
Eu percebo que temos hoje a eclesiofobia. Medo de igreja! O número de irmãos que estão distantes da comunidade são muito grandes. As desculpas são inumeras. Ouço que foram iludidas, foram desprezadas, “no momento que mais precisei não tive apoio” dizem.
A eclesiofobia tem feito das pessoas cristãs refém da falsa liberdade. Elas não querem o envolvimento comunitário e nem submissão a pastores e líderes. A insubmissão está escondida na eclesiofobia.
Quando conseguem superar a eclesiofobia de forma amena, participam de uma igreja, mas não conseguem mais se envolver e a melhor igreja é aquela que tem multidão para que possam se esconder. Não tem vínculos e nem prestação de contas, mas estão ouvindo uma mensagem na maioria das vezes filosófica e literaria, porque a verdade como é na escritura, eles não aguentam e para não perder o "cliente", ameniza no discurso.
Fobia é a palavra usada para medo sem fundamento aparente.
Eu percebo que temos hoje a eclesiofobia. Medo de igreja! O número de irmãos que estão distantes da comunidade são muito grandes. As desculpas são inumeras. Ouço que foram iludidas, foram desprezadas, “no momento que mais precisei não tive apoio” dizem.
A eclesiofobia tem feito das pessoas cristãs refém da falsa liberdade. Elas não querem o envolvimento comunitário e nem submissão a pastores e líderes. A insubmissão está escondida na eclesiofobia.
Quando conseguem superar a eclesiofobia de forma amena, participam de uma igreja, mas não conseguem mais se envolver e a melhor igreja é aquela que tem multidão para que possam se esconder. Não tem vínculos e nem prestação de contas, mas estão ouvindo uma mensagem na maioria das vezes filosófica e literaria, porque a verdade como é na escritura, eles não aguentam e para não perder o "cliente", ameniza no discurso.
Equilíbrio ou Descontrole
Acompanhando as prévias para presidente dos EUA percebo como não temos tudo em um só. Veja que Obama é democrata, tendências mais liberais, embora seja evangélico, ele tem uma politica economica mais possivel, uma visão de entendimento mundial mais acessivel e muito mais preocupado com a paz do mundo do que o outro candidato Mcain. Esse Mcain, que também é evangélico mais conservador, parece-nos continuista da política Bush, um sanguinário Messiânico. Obama não define suas posições morais, quanto aborto, homossexualismo e outras posturas, mas é preocupado com a paz. Já Mcain é radical e moralista que define sua política entre mau e bom, mas pelo jeito continuará o governo do f"ogo no mundo". Optamos por quem?
Ouvi que quando Bush assumiu a presidência acabou com filmes pornográficos que havia no avião força aérea um. Mas invadiu países alheios com um discurso que escondia uma outra intenção. O antigo presidente era pornógrafo, adúltero e maculado moralmente, mas conseguiu reunir num mesmo local e dia, antigos inimigos para uma conversa.
O que nós evangélicos pensamos sobre isso?
É o mesmo que as igrejas daqui do Brasil em que algumas são boas de teologia mas não fazem nada prático, quando que outras são péssimas de teologia mas operantes na libertação e ação social.
Não dá para ter tudo em uma pessoa só!
Ouvi que quando Bush assumiu a presidência acabou com filmes pornográficos que havia no avião força aérea um. Mas invadiu países alheios com um discurso que escondia uma outra intenção. O antigo presidente era pornógrafo, adúltero e maculado moralmente, mas conseguiu reunir num mesmo local e dia, antigos inimigos para uma conversa.
O que nós evangélicos pensamos sobre isso?
É o mesmo que as igrejas daqui do Brasil em que algumas são boas de teologia mas não fazem nada prático, quando que outras são péssimas de teologia mas operantes na libertação e ação social.
Não dá para ter tudo em uma pessoa só!
05 agosto 2008
Todo mundo tem um Iago na vida.
Por causa de um amigo que trabalha na peça de Shakespeare, Otelo, fui com minha esposa assistir o drama.
Minha concepção é de que o autor era com certeza um grande psicanalista, porque descreveu com exatidão o que temos em nós e vemos nos outros.
Iago é um sujeito dúbio, ciumento e interesseiro que se aproveita da confiança de Otelo, um mouro que se casou com uma branquinha, para jogar um contra o outro.
Iago lança mão de tudo que tem a sua frente! Todos e todas as situações lhe são úteis.
Quem nunca viveu uma situação parecida na vida? Eu mesmo já tive por duas vezes a mesma situação. Você confia na pessoa, dá créditos, compartilha amigos e abre a “agenda” e quando percebe, foi enganado e roubado. Levam seus amigos, joga você contra outros e ainda sai de bonzinho na situação. Só que Iago não termina bem na trama!
Adulações a sua pessoa são comuns em quem quer trair no futuro. Elogios fora de hora e sem propósito é típico na pessoa que trai.
O objetivo não é você, mas o que você possui. O alvo não é relacional, mas material, porque quem trai quer o que você possui. Isso é muito comum na questão do poder. Quem exerce algum tipo de poder sempre correrá o risco de ter por perto um Iago na vida.
Shakespeare é muito sabido e perspicaz, porque retratou a vida cotidiana com muita exatidão, mostrando que os “Otelos” são fáceis de serem traídos porque confiam facilmente nos que se aproximam. Ele também tem um perfil definido, porque Otelo já foi discriminado quando se casou com Desdêmona. Assim, ficou suscetível ao engano e para ser aceito, recebe os elogios de Iago que só quer o que é seu.
Eu “pirei” na peça! Não pisquei nos 180 minutos um só segundo!
Aprendi muito, principalmente quando Iago diz: “Quem é verdadeiro e transparente, prejudica a si mesmo”.
Mais do que certo! A traição entra por essa porta! É bom fechar!
Minha concepção é de que o autor era com certeza um grande psicanalista, porque descreveu com exatidão o que temos em nós e vemos nos outros.
Iago é um sujeito dúbio, ciumento e interesseiro que se aproveita da confiança de Otelo, um mouro que se casou com uma branquinha, para jogar um contra o outro.
Iago lança mão de tudo que tem a sua frente! Todos e todas as situações lhe são úteis.
Quem nunca viveu uma situação parecida na vida? Eu mesmo já tive por duas vezes a mesma situação. Você confia na pessoa, dá créditos, compartilha amigos e abre a “agenda” e quando percebe, foi enganado e roubado. Levam seus amigos, joga você contra outros e ainda sai de bonzinho na situação. Só que Iago não termina bem na trama!
Adulações a sua pessoa são comuns em quem quer trair no futuro. Elogios fora de hora e sem propósito é típico na pessoa que trai.
O objetivo não é você, mas o que você possui. O alvo não é relacional, mas material, porque quem trai quer o que você possui. Isso é muito comum na questão do poder. Quem exerce algum tipo de poder sempre correrá o risco de ter por perto um Iago na vida.
Shakespeare é muito sabido e perspicaz, porque retratou a vida cotidiana com muita exatidão, mostrando que os “Otelos” são fáceis de serem traídos porque confiam facilmente nos que se aproximam. Ele também tem um perfil definido, porque Otelo já foi discriminado quando se casou com Desdêmona. Assim, ficou suscetível ao engano e para ser aceito, recebe os elogios de Iago que só quer o que é seu.
Eu “pirei” na peça! Não pisquei nos 180 minutos um só segundo!
Aprendi muito, principalmente quando Iago diz: “Quem é verdadeiro e transparente, prejudica a si mesmo”.
Mais do que certo! A traição entra por essa porta! É bom fechar!
Estou lutando.
A cada dia a luta se intensifica para:
Confiar nos outros;
Acreditar em si mesmo;
Desconfiar dos elogios;
Saber o caminho certo;
Perceber que há poucos amigos e muitos interesseiros;
Perceber que o dinheiro é tudo, para os outros;
Entender que você sem dinheiro não tem nada ao redor;
Acreditar que Deus está no controle de tudo;
Viver sem amigos;
Ver que sonhar alto é perigoso;
Saber que dizer a verdade é ruim pra si mesmo;
Perceber que o tempo passa e as coisas também.
Confiar nos outros;
Acreditar em si mesmo;
Desconfiar dos elogios;
Saber o caminho certo;
Perceber que há poucos amigos e muitos interesseiros;
Perceber que o dinheiro é tudo, para os outros;
Entender que você sem dinheiro não tem nada ao redor;
Acreditar que Deus está no controle de tudo;
Viver sem amigos;
Ver que sonhar alto é perigoso;
Saber que dizer a verdade é ruim pra si mesmo;
Perceber que o tempo passa e as coisas também.
17 julho 2008
Loucura na Igreja Brasileira

A cada dia ouço coisas que "até Deus duvida" como diz o ditado popular, mas é verdade.
Uma mulher, inteligente, que perdeu o marido, ouviu do pastor da igreja Universal que seu marido voltaria em um mês a contar da data da profecia, mas que não seria sem sacrificio. -Qual o sacrificio? Perguntou a senhora. - Vender o que tem e levar o máximo de dinheiro que puder na igreja. Bem, foi o que ela fez por conta do desespero de ter o marido de volta. Conclusão: Nem marido e nem dinheiro. O que será isso? Pilantragem, falso profeta ou falta de fé da mulher? Bem, a Universal diria que é falta de fé, lógico.
Uma outra igreja no interior do Rio de Janeiro, tem como prática cultivar o poder de Deus, mas só que o dito poder é meio estranho. Os ouvintes da palavra tem o hábito de babarem e rirem quando a unção do pregador é muita. O que será isso? Circo ou canil? Esquisito isso né?
E para quem sabe de teologia, pode perceber que os tempos do Antigo Testamento estão de volta. Muitas igrejas estão resgatando velhos costumes e ritos do AT. Inclusive a arca da aliança, shofar e muitas outras praticas que em Cristo não há o menor significado.
O que será isso? Falta de alegria em Cristo ou necessidade de algo mais por achar que Jesus é pouco?
É muita loucura!
05 junho 2008
No que nos tornamos?
Estive na rua considerada totalmente evangélica. A Conde de Sarzedas. Lá existe de tudo, até banca de CD e DVD pirata. Inacreditável ver crentes comprando e encomendando.
Nas lojas você encontra “uniforme” evangélico que vai desde gravata brega de fechecler a camiseta com dizeres esquisitos.
Entrei numa loja bonita, bem decorada de broches, brincos e jóias. Lá avistei uma carteira de ministro evangélico, estilo da policia, com brasão da República. O modelo é para por no bolso da camisa com o brasão pra fora. Estilo “carteirada” na cara de alguém. Pra que isso? Perguntei pra moça do balcão: "Vende muito?" “É o que mais vende!” Respondeu ela. Meu Deus, pensei, porque isso? Que tipo de pastor e líder tem no cenário cristão de hoje pra precisar dessas carteiras?
Vi também uns anéis “gigantes” com inscrições que não ousei perguntar. Vi broches e lapelas pra camisa com inscrições “G12”, “ungido”, “consagrado”, “porteiro”, “pastor”, “apóstolo” e muitos outros que tive de sair às pressas da loja pelo ataque de riso que fui acometido. Fiquei depois com uma pequena depressão pelo que vi. Lamentável isso tudo! Nossa autoridade deixou de ser espiritual e passou a ser material.
O que virou a fé evangélica?
Sem contar os ministérios de hoje que passam mais pelo crivo do corporativismo do que da obra do Espírito Santo. James Houston falou que o ministério profissionalizado de hoje tende a substituir amor por técnicas e tecnologias.
Aqui mesmo na Relva, igreja que pastoreio, eu vivia cercado de profetas querendo fazer campanhas de oração comigo. Quando acabou o dinheiro e os membros ricos, sumiu tudo. Porque será?
Um rapaz muito querido que perdeu a ceia de domingo, me procurou e disse: “Pastor, preciso pedir a ceia”. Eu respondi brincando: “Passe na secretaria, retire um boleto, pague no banco, envie por fax o comprovante e em seguida envio a ceia pelo email.”
Brincadeiras a partes, pelo que vi na Conde e nas igrejas, daqui a pouco estaremos desse jeito.
Já tem igreja pelo rádio com carteirinha de membro pelo correio. O culto você ouve em casa e a contribuição você faz no banco.
Em que nos tornamos mesmo?
Nas lojas você encontra “uniforme” evangélico que vai desde gravata brega de fechecler a camiseta com dizeres esquisitos.
Entrei numa loja bonita, bem decorada de broches, brincos e jóias. Lá avistei uma carteira de ministro evangélico, estilo da policia, com brasão da República. O modelo é para por no bolso da camisa com o brasão pra fora. Estilo “carteirada” na cara de alguém. Pra que isso? Perguntei pra moça do balcão: "Vende muito?" “É o que mais vende!” Respondeu ela. Meu Deus, pensei, porque isso? Que tipo de pastor e líder tem no cenário cristão de hoje pra precisar dessas carteiras?
Vi também uns anéis “gigantes” com inscrições que não ousei perguntar. Vi broches e lapelas pra camisa com inscrições “G12”, “ungido”, “consagrado”, “porteiro”, “pastor”, “apóstolo” e muitos outros que tive de sair às pressas da loja pelo ataque de riso que fui acometido. Fiquei depois com uma pequena depressão pelo que vi. Lamentável isso tudo! Nossa autoridade deixou de ser espiritual e passou a ser material.
O que virou a fé evangélica?
Sem contar os ministérios de hoje que passam mais pelo crivo do corporativismo do que da obra do Espírito Santo. James Houston falou que o ministério profissionalizado de hoje tende a substituir amor por técnicas e tecnologias.
Aqui mesmo na Relva, igreja que pastoreio, eu vivia cercado de profetas querendo fazer campanhas de oração comigo. Quando acabou o dinheiro e os membros ricos, sumiu tudo. Porque será?
Um rapaz muito querido que perdeu a ceia de domingo, me procurou e disse: “Pastor, preciso pedir a ceia”. Eu respondi brincando: “Passe na secretaria, retire um boleto, pague no banco, envie por fax o comprovante e em seguida envio a ceia pelo email.”
Brincadeiras a partes, pelo que vi na Conde e nas igrejas, daqui a pouco estaremos desse jeito.
Já tem igreja pelo rádio com carteirinha de membro pelo correio. O culto você ouve em casa e a contribuição você faz no banco.
Em que nos tornamos mesmo?
15 maio 2008
As pessoas não querem pastor!
Sendo pastor há 15 anos, tenho vários amigos que também são. Em nossas conversas chegamos a uma séria conclusão: As pessoas não querem pastor.
Perceba que as igrejas grandes, com mais de 500 pessoas, posso estar exagerando, cresceram sem ao menos o pastor dar atenção, o que é relativamente impossível. O máximo que ele conseguirá é um aperto de mão “a moda político”, às pressas e sem olhar no teu olho. Como se fosse um aperto no atacado. Aperta a tua e de mais uns 50 quase que de uma vez só.
Conheço um pastor que é dedicado, atende todos os telefonemas de ovelhas, leva filho dos outros na escola, pega no hospital, leva no hospital, dá carona pra endereço contrário, o que não é carona. Pega em casa, leva em casa. Empresta dinheiro e não cobra. Quando solicita visita, vai a qualquer hora. Doente com gripe, sai de noite fria pra levar grávida que passa mal no serviço, pra não ter que pegar ônibus. Ouve desaforos e fica quieto. Não retruca. Quando um membro sai da igreja, telefona e visita, mas o que escuta é só conversa fiada do tipo: “Eu não fui mais porque não tenho tempo, mas quando dá visito outra igreja”. Ué, então porque não visita a nossa? Fica sem resposta! No sermão, o pastor gasta mais de 3 horas escrevendo e muito mais lendo. Às vezes para tudo pra socorrer e levar dinheiro pra ovelha. Com todo esse esforço e dedicação a igreja não passa de 50 pessoas e se não dá atenção num dia qualquer, perde algumas com a alegação de que não foi assistida. É de deixar qualquer um louco da vida!
Por outro lado, vejo igrejas grandes, com mais de 1000 pessoas, que o pastor nunca foi na casa deles. Nem sabe o nome! Mas a ovelha tem orgulho de dizer que é ovelha do fulano. Brincou! Não falta o culto e tenta sem êxito falar com o pastor, mas não desiste, continua firme domingo após domingo e nem chega atrasado. O sermão é ralo, sem consistência, ou, muito bom e profundo, mas sermão não faz pastor. Fala pra multidão. Quando acaba o culto sai pelos fundos porque sabe que não pode atender a todos, então não atende ninguém.
Essa igreja cresce cada vez mais. Como pode?
Duas respostas nos vieram à mente na conversa: Não querem pastor, ou querem um mito. Freud no passado já havia descrito o poder do mito. Acho que nós, pastores da conversa precisamos estudar um pouco mais sobre o mito e nos permitir ser um. É Freud!!!!!
Perceba que as igrejas grandes, com mais de 500 pessoas, posso estar exagerando, cresceram sem ao menos o pastor dar atenção, o que é relativamente impossível. O máximo que ele conseguirá é um aperto de mão “a moda político”, às pressas e sem olhar no teu olho. Como se fosse um aperto no atacado. Aperta a tua e de mais uns 50 quase que de uma vez só.
Conheço um pastor que é dedicado, atende todos os telefonemas de ovelhas, leva filho dos outros na escola, pega no hospital, leva no hospital, dá carona pra endereço contrário, o que não é carona. Pega em casa, leva em casa. Empresta dinheiro e não cobra. Quando solicita visita, vai a qualquer hora. Doente com gripe, sai de noite fria pra levar grávida que passa mal no serviço, pra não ter que pegar ônibus. Ouve desaforos e fica quieto. Não retruca. Quando um membro sai da igreja, telefona e visita, mas o que escuta é só conversa fiada do tipo: “Eu não fui mais porque não tenho tempo, mas quando dá visito outra igreja”. Ué, então porque não visita a nossa? Fica sem resposta! No sermão, o pastor gasta mais de 3 horas escrevendo e muito mais lendo. Às vezes para tudo pra socorrer e levar dinheiro pra ovelha. Com todo esse esforço e dedicação a igreja não passa de 50 pessoas e se não dá atenção num dia qualquer, perde algumas com a alegação de que não foi assistida. É de deixar qualquer um louco da vida!
Por outro lado, vejo igrejas grandes, com mais de 1000 pessoas, que o pastor nunca foi na casa deles. Nem sabe o nome! Mas a ovelha tem orgulho de dizer que é ovelha do fulano. Brincou! Não falta o culto e tenta sem êxito falar com o pastor, mas não desiste, continua firme domingo após domingo e nem chega atrasado. O sermão é ralo, sem consistência, ou, muito bom e profundo, mas sermão não faz pastor. Fala pra multidão. Quando acaba o culto sai pelos fundos porque sabe que não pode atender a todos, então não atende ninguém.
Essa igreja cresce cada vez mais. Como pode?
Duas respostas nos vieram à mente na conversa: Não querem pastor, ou querem um mito. Freud no passado já havia descrito o poder do mito. Acho que nós, pastores da conversa precisamos estudar um pouco mais sobre o mito e nos permitir ser um. É Freud!!!!!
13 maio 2008
A Igreja e a Super Nanny
Nesta última sexta feira, assistindo o programa “Super Nanny”, vi o caso de uma família com seis filhos, três casais de gêmeos, em que as mais velhas eram adotivas. Em suma o programa tratou acerca da falta de comunicação e alguns problemas decorrentes da falta de demonstração de amor dos pais as filhas adotivas.
Você deve estar se perguntando, qual a ligação deste fato à Igreja?
Vemos no Antigo Testamento o Deus Pai aprendendo a ser pai, já no Novo Testamento, vemos o Deus Pai sofrendo a dor do seu único Filho quando o entregou pela humanidade.
A humanidade não compreendeu este sacrifício, mas aqueles que compreenderam se tornaram filhos de Deus por adoção, Deus Pai deu a eles um facilitador que aqui chamaremos de Super Nanny, através dele aprendemos como deve ser a comunicação entre pais e filhos, Ele facilita a nossa comunicação com o Pai e nos auxilia a sermos filhos como deveríamos ser.
Ele vem para demonstrar que Deus Pai realmente se importa conosco, Ele é o selo que nos diz que somos aceitos e amados por Deus, que somos frutos do seu coração, nele a comunicação com o Pai se torna fácil, porque Ele faz isto por nós, sua ação é a compreensão de Deus no interior de cada pessoa.
Antes da chegada da Super Nanny quase não havia comunicação, mas após a sua chegada se tornou fácil abrir o coração e dizer o que sente o filho adotivo.
Logo, com a vinda do Espírito Santo, se tornou mais fácil se achegar ao Pai, compreendendo que Ele nos ama, que somos importantes e que Ele nos quer ensinar um novo modo de sermos filhos.
Muitas mães são hostis ao método da Super Nanny, mas ao dar ouvidos ao seu método vêem uma nova atitude da família, um novo modo de ser.
Portanto dê ouvidos ao Espírito, porque Ele como a Super Nanny te ensinará um novo jeito de se relacionar com o Pai, com os irmãos e ensinará um novo modo de ser gente!
A Super Nanny ao terminar seu serviço vai embora, mas o Espírito te acompanhará todos os dias de sua vida.
Seja sensível a Ele e você verá sua vida ser transformada!
Leandro Eleutério
Você deve estar se perguntando, qual a ligação deste fato à Igreja?
Vemos no Antigo Testamento o Deus Pai aprendendo a ser pai, já no Novo Testamento, vemos o Deus Pai sofrendo a dor do seu único Filho quando o entregou pela humanidade.
A humanidade não compreendeu este sacrifício, mas aqueles que compreenderam se tornaram filhos de Deus por adoção, Deus Pai deu a eles um facilitador que aqui chamaremos de Super Nanny, através dele aprendemos como deve ser a comunicação entre pais e filhos, Ele facilita a nossa comunicação com o Pai e nos auxilia a sermos filhos como deveríamos ser.
Ele vem para demonstrar que Deus Pai realmente se importa conosco, Ele é o selo que nos diz que somos aceitos e amados por Deus, que somos frutos do seu coração, nele a comunicação com o Pai se torna fácil, porque Ele faz isto por nós, sua ação é a compreensão de Deus no interior de cada pessoa.
Antes da chegada da Super Nanny quase não havia comunicação, mas após a sua chegada se tornou fácil abrir o coração e dizer o que sente o filho adotivo.
Logo, com a vinda do Espírito Santo, se tornou mais fácil se achegar ao Pai, compreendendo que Ele nos ama, que somos importantes e que Ele nos quer ensinar um novo modo de sermos filhos.
Muitas mães são hostis ao método da Super Nanny, mas ao dar ouvidos ao seu método vêem uma nova atitude da família, um novo modo de ser.
Portanto dê ouvidos ao Espírito, porque Ele como a Super Nanny te ensinará um novo jeito de se relacionar com o Pai, com os irmãos e ensinará um novo modo de ser gente!
A Super Nanny ao terminar seu serviço vai embora, mas o Espírito te acompanhará todos os dias de sua vida.
Seja sensível a Ele e você verá sua vida ser transformada!
Leandro Eleutério
08 maio 2008
A prisão dos Nardonis foi um Show.
Não tenho dúvidas de que a imprensa é que manda neste país. Se eles não tivessem dado a menor importância à morte de Isabela, não teríamos essa perturbação.
Todo dia, pelo menos uma criança é vítima de violência doméstica. Se a mídia desse atenção especial a todas elas, quem sabe teríamos os casos solucionados.
Na prisão decretada do casal “assassino” vi uma centena de policiais escoltando como se eles fossem bandidos perigosos e violentos.
Uma multidão na rua, que não tem o que fazer da vida, ficou ali olhando não sei o que.
A saída do casal parecia um cortejo de gente importante. Que sucesso fez depois de umas comprinhas no supermercado.
A bandidagem da Zona Norte de São Paulo na noite da prisão, poderia ter feito a festa, porque toda a policia estava focado no casal. Não havia policiamento suficiente para fazer prisão de mais ninguém.
São valentões esses policiais! Com bandido perigoso só vai uma viatura e com pouca gasolina, pra não ter que perseguir por muito tempo.
Espanta-me a justiça decretar a prisão e fazer todo esse “estardalhaço” pelo simples fato da opinião pública estar pressionando juntamente com a mídia.
Ouvimos: “A justiça também pediu a prisão por questões de credibilidade.”
Quando é que vamos deixar de lado a “imagem” e cuidar mais da vida?
Quando é que a justiça será justiça para todos e não só apenas para alguns?
Quantas crianças pobres estão sendo vítimas de pais bêbados, pedófilos e exploradores e ninguém diz nada, nem ao menos vai pra porta da casa deles em noite fria pedir justiça?
Isabela já se foi! Só nos resta agora saber quantas delas ainda existem!
Todo dia, pelo menos uma criança é vítima de violência doméstica. Se a mídia desse atenção especial a todas elas, quem sabe teríamos os casos solucionados.
Na prisão decretada do casal “assassino” vi uma centena de policiais escoltando como se eles fossem bandidos perigosos e violentos.
Uma multidão na rua, que não tem o que fazer da vida, ficou ali olhando não sei o que.
A saída do casal parecia um cortejo de gente importante. Que sucesso fez depois de umas comprinhas no supermercado.
A bandidagem da Zona Norte de São Paulo na noite da prisão, poderia ter feito a festa, porque toda a policia estava focado no casal. Não havia policiamento suficiente para fazer prisão de mais ninguém.
São valentões esses policiais! Com bandido perigoso só vai uma viatura e com pouca gasolina, pra não ter que perseguir por muito tempo.
Espanta-me a justiça decretar a prisão e fazer todo esse “estardalhaço” pelo simples fato da opinião pública estar pressionando juntamente com a mídia.
Ouvimos: “A justiça também pediu a prisão por questões de credibilidade.”
Quando é que vamos deixar de lado a “imagem” e cuidar mais da vida?
Quando é que a justiça será justiça para todos e não só apenas para alguns?
Quantas crianças pobres estão sendo vítimas de pais bêbados, pedófilos e exploradores e ninguém diz nada, nem ao menos vai pra porta da casa deles em noite fria pedir justiça?
Isabela já se foi! Só nos resta agora saber quantas delas ainda existem!
23 abril 2008
1 milhão de líderes
John Maxwell estará no Brasil iniciando um projeto de treinar um milhão de líderes.
Eu particularmente acho esse “cara” com todo respeito, um motivador por excelência. Alguns de seus livros leio e termino com o coração inflamado, mas treinar um milhão de pessoas pra que?
A igreja já está cheia de gente que quer aparecer, mandar e desfilar posando de líder, nós estamos precisando de servos, lavadores de banheiro, motoristas, ajudantes e pastores, não de gerentes ou recursos humanos.
Liderar nunca foi o projeto de Jesus! Ele ensinou a servir que é muito diferente do que entendemos sobre liderança.
No tempo do Mestre, havia também milhões de pessoas e ele preferiu chamar apenas doze “cabeçudos” pecadores e viver com eles por três anos, porque na ótica de Jesus, treinar os futuros “líderes” de igrejas seria influenciar no caráter deles e não dar palestras.
A formação dos chamados “lideres” era dedicação total dia-a-dia porque a visão interna de mundo deveria ser alterada. Jesus comia, dormia e vivia com eles. As palestras eram dadas para o povão e a formação de “liderança” no modelo de Jesus não era intrinsecamente motivação ou encorajamento, muito pelo contrário, certa feita liberou-os para irem embora, porque duro era o seu discurso. Jesus queria mudar o caráter e não ensinar o “pulo do gato”.
O que tenho visto de palestras sobre liderança, é mais mimo e paternidade. Receita de como fazer crescer a igreja e auto-ajuda. Acredito que ouvir um pouco sobre essas coisas pode ajudar em alguma coisa. Paulo nos orientou a ouvir tudo e reter o que é bom, mas treinar liderança não é o que a igreja está precisando no momento. A igreja precisa de caráter, compromisso e submissão.
Nós precisamos de gente que ouça os aflitos, caminhe com os desanimados e viva com os excluídos. A igreja não precisa de gerentes de RH ou vendedores de motivação que muitas vezes deprecia o perdido que não consegue erguer a cabeça.
Maxwell é um bom motivador, mas a igreja precisa de pastores!
Seria melhor organizar treinamento para um milhão de pastores, que é a urgencia da igreja.
Um milhão de líderes pra ensinar o que depois? Arrogância? Empáfia?
Vai ser difícil pastorear essa turma depois, que pensa que sabe tudo. Deus me livre!
Eu particularmente acho esse “cara” com todo respeito, um motivador por excelência. Alguns de seus livros leio e termino com o coração inflamado, mas treinar um milhão de pessoas pra que?
A igreja já está cheia de gente que quer aparecer, mandar e desfilar posando de líder, nós estamos precisando de servos, lavadores de banheiro, motoristas, ajudantes e pastores, não de gerentes ou recursos humanos.
Liderar nunca foi o projeto de Jesus! Ele ensinou a servir que é muito diferente do que entendemos sobre liderança.
No tempo do Mestre, havia também milhões de pessoas e ele preferiu chamar apenas doze “cabeçudos” pecadores e viver com eles por três anos, porque na ótica de Jesus, treinar os futuros “líderes” de igrejas seria influenciar no caráter deles e não dar palestras.
A formação dos chamados “lideres” era dedicação total dia-a-dia porque a visão interna de mundo deveria ser alterada. Jesus comia, dormia e vivia com eles. As palestras eram dadas para o povão e a formação de “liderança” no modelo de Jesus não era intrinsecamente motivação ou encorajamento, muito pelo contrário, certa feita liberou-os para irem embora, porque duro era o seu discurso. Jesus queria mudar o caráter e não ensinar o “pulo do gato”.
O que tenho visto de palestras sobre liderança, é mais mimo e paternidade. Receita de como fazer crescer a igreja e auto-ajuda. Acredito que ouvir um pouco sobre essas coisas pode ajudar em alguma coisa. Paulo nos orientou a ouvir tudo e reter o que é bom, mas treinar liderança não é o que a igreja está precisando no momento. A igreja precisa de caráter, compromisso e submissão.
Nós precisamos de gente que ouça os aflitos, caminhe com os desanimados e viva com os excluídos. A igreja não precisa de gerentes de RH ou vendedores de motivação que muitas vezes deprecia o perdido que não consegue erguer a cabeça.
Maxwell é um bom motivador, mas a igreja precisa de pastores!
Seria melhor organizar treinamento para um milhão de pastores, que é a urgencia da igreja.
Um milhão de líderes pra ensinar o que depois? Arrogância? Empáfia?
Vai ser difícil pastorear essa turma depois, que pensa que sabe tudo. Deus me livre!
21 abril 2008
O caso Isabela Nardoni
Sei que o Brasil e o mundo estão “boquiabertos” com o caso da menina Isabela. Uma criança a mercê de pais que não controlam seus temperamentos e descarregam na criança suas raivas, traumas e neuroses.
Com isso, surgem os que nada sabem sobre disciplina e aproveitam este momento para dizer que pais que batem nos seus filhos deveriam ser presos, como foi o depoimento de Xuxa, a dita rainha dos baixinhos.
É claro que ela nada sabe deste texto e muito menos o que é disciplina.
"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Provérbios 22 : 15)
É claro que o caso Isabela não foi isso, porque a disciplina salva, não mata, pois quem mata são os nossos ódios misturados a disciplina.
Enfim, chorei e choro toda vez que vejo a matéria e o caso sendo desvendado. Mas desde o início não duvidei que os pais que estavam com ela naquela noite são os responsáveis pelo que ocorreu. Só nos resta saber como e porque fizeram isso. A insistência do casal Nardoni em dizer que havia uma terceira pessoa na casa é fantasiosa. O único que saberá dessa pessoa é o psicanalista, porque a terceira pessoa está apenas na cabeça do casal.
Isabela é a “ponta do iceberg” que a imprensa não dá a menor atenção. Quantas crianças são maltratadas pelos pais? Essa menina veio a falecer, e aquelas crianças que não falecem, mas a mente está seriamente comprometida com a morte? São maltratadas mentalmente de forma que crescem “mortas” ao ponto de não conseguirem produzir alguma coisa. São fúteis e desprovidas de vida. Múmias ambulantes dominadas pelos medos e frustrações.
Sem querer fazer apologia da morte, pelo menos a Isabela não será mais vítima de pessoas doentes. E as outras que estão aí sendo mortas todos os dias pelo abuso sexual de “coronéis” e pelo descaso dos pais, pois não tem nada pior do que a omissão e falta de amor. Vítimas de políticos que as usam apenas como propaganda para seus momentos de campanha. Quando participei da política Brasileira no passado, via inúmeros desses políticos beijando as crianças sem ao menos depois de eleitos pensarem nelas ou fazerem algo por elas. Quem mata mais, os Nardonis ou os governantes? Os Nardonis escondem neste momento os políticos omissos e a política capitalista que priva de alimento os pequenos. Enquanto a imprensa foca diariamente o caso Isabela, o mundo continua matando de fome e de omissão nossas crianças que nunca ouvi falar e nunca ouvirei, porque a mídia não se interessa por elas juntamente com os governantes.
Por enquanto, digo à mãe que ficou sem sua menina, aos avôs e tios, confiem no SENHOR Jesus, porque Ele é o único que pode consolar como prometeu que faria.
Com isso, surgem os que nada sabem sobre disciplina e aproveitam este momento para dizer que pais que batem nos seus filhos deveriam ser presos, como foi o depoimento de Xuxa, a dita rainha dos baixinhos.
É claro que ela nada sabe deste texto e muito menos o que é disciplina.
"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." (Provérbios 22 : 15)
É claro que o caso Isabela não foi isso, porque a disciplina salva, não mata, pois quem mata são os nossos ódios misturados a disciplina.
Enfim, chorei e choro toda vez que vejo a matéria e o caso sendo desvendado. Mas desde o início não duvidei que os pais que estavam com ela naquela noite são os responsáveis pelo que ocorreu. Só nos resta saber como e porque fizeram isso. A insistência do casal Nardoni em dizer que havia uma terceira pessoa na casa é fantasiosa. O único que saberá dessa pessoa é o psicanalista, porque a terceira pessoa está apenas na cabeça do casal.
Isabela é a “ponta do iceberg” que a imprensa não dá a menor atenção. Quantas crianças são maltratadas pelos pais? Essa menina veio a falecer, e aquelas crianças que não falecem, mas a mente está seriamente comprometida com a morte? São maltratadas mentalmente de forma que crescem “mortas” ao ponto de não conseguirem produzir alguma coisa. São fúteis e desprovidas de vida. Múmias ambulantes dominadas pelos medos e frustrações.
Sem querer fazer apologia da morte, pelo menos a Isabela não será mais vítima de pessoas doentes. E as outras que estão aí sendo mortas todos os dias pelo abuso sexual de “coronéis” e pelo descaso dos pais, pois não tem nada pior do que a omissão e falta de amor. Vítimas de políticos que as usam apenas como propaganda para seus momentos de campanha. Quando participei da política Brasileira no passado, via inúmeros desses políticos beijando as crianças sem ao menos depois de eleitos pensarem nelas ou fazerem algo por elas. Quem mata mais, os Nardonis ou os governantes? Os Nardonis escondem neste momento os políticos omissos e a política capitalista que priva de alimento os pequenos. Enquanto a imprensa foca diariamente o caso Isabela, o mundo continua matando de fome e de omissão nossas crianças que nunca ouvi falar e nunca ouvirei, porque a mídia não se interessa por elas juntamente com os governantes.
Por enquanto, digo à mãe que ficou sem sua menina, aos avôs e tios, confiem no SENHOR Jesus, porque Ele é o único que pode consolar como prometeu que faria.
18 abril 2008
Fazendo para Jesus
No encontro de comemoração dos 10 anos do Projeto Timóteo, ministério que visa à amizade entre pastores, (raridade) ouvimos de Ariovaldo sobre adoração, que adorar a Deus é de dentro. Na alma e no coração! Se fizermos as coisas no pastorado visando resultado das pessoas nós vamos nos frustrar.
Acredito que como pra mim e para muitos que lá estavam, foi um bálsamo, porque quer queiramos ou não, pastoreamos visando “lucros”. Queremos que as coisas funcionem e somos desafiados pelos ministérios americanos (veja meu artigo abaixo) a fazermos que as coisas funcionem certinho e lidar com gente não é o mesmo que máquinas como os gringos insistem em nos fazer acreditar.
Pastoreamos as ovelhas de Deus. Ariovaldo nos disse que todo pastor é pastor auxiliar, co-pastor, porque o titular sempre será Jesus. Pastoreamos pra Ele. Fazemos as coisas por amor a Ele. Se não olharmos pra Ele iremos nos frustrar. Por isso que alguns têm saído pelos fundos da igreja, porque olharam pros outros perdendo de vista o Senhor.
A igreja é Dele e a obra também!
Foi bom ouvir isso, porque a luta nossa pastoral é focar nas pessoas que sempre nos frustrarão como nós frustramos. Jesus é o nosso alvo!
Infelizmente os ministérios de outros países querem nos empurrar goela abaixo seus truques de fazerem as coisas funcionarem. Já não bastava os livros e kits para agora trazerem até roupa imitando um pastor da Califórnia com aquelas camisas florida estilo gringo em terra alheia.
Ouvir Ariovaldo é sempre novidade e profundidade como ele nos faz refletir olhando pra dentro e deixando os outros de lado.
Olhemos pra Jesus amigos, pra Jesus!
Acredito que como pra mim e para muitos que lá estavam, foi um bálsamo, porque quer queiramos ou não, pastoreamos visando “lucros”. Queremos que as coisas funcionem e somos desafiados pelos ministérios americanos (veja meu artigo abaixo) a fazermos que as coisas funcionem certinho e lidar com gente não é o mesmo que máquinas como os gringos insistem em nos fazer acreditar.
Pastoreamos as ovelhas de Deus. Ariovaldo nos disse que todo pastor é pastor auxiliar, co-pastor, porque o titular sempre será Jesus. Pastoreamos pra Ele. Fazemos as coisas por amor a Ele. Se não olharmos pra Ele iremos nos frustrar. Por isso que alguns têm saído pelos fundos da igreja, porque olharam pros outros perdendo de vista o Senhor.
A igreja é Dele e a obra também!
Foi bom ouvir isso, porque a luta nossa pastoral é focar nas pessoas que sempre nos frustrarão como nós frustramos. Jesus é o nosso alvo!
Infelizmente os ministérios de outros países querem nos empurrar goela abaixo seus truques de fazerem as coisas funcionarem. Já não bastava os livros e kits para agora trazerem até roupa imitando um pastor da Califórnia com aquelas camisas florida estilo gringo em terra alheia.
Ouvir Ariovaldo é sempre novidade e profundidade como ele nos faz refletir olhando pra dentro e deixando os outros de lado.
Olhemos pra Jesus amigos, pra Jesus!
14 abril 2008
Para não esquecer!
Essas igrejas que importam ministério de fora, nos fazem sentir que somos uma porcaria.
Digo isso porque quando recebo relatório delas, comprovo que tudo funciona redondo. Não é Skol, mas funciona assim. Nessas igrejas todo mundo trabalha, os ministérios andam, os orçamentos são folgados e as apresentações teatrais, ou melhor, o culto domingo, é extremamente empolgante. Não é profundo, mas é empolgante! Não toca o coração, mas toca os olhos. Entretêm bem! Distrai loucamente! Faz as pessoas sentirem que não perderam a viagem.
Para importar o ministério que funciona, é preciso comprar o kit. Livros, apostilas e parafernália administrativa. É preciso fazer do jeitinho que ensinam. A idéia que tenho é que eles pensam que as pessoas são idênticas das outras. Se programadas conforme o kit, tudo irá dar certo, porque as pessoas são em séries como a linha de montagem das indústrias. É a revolução industrial que chegou às igrejas.
Como havia dito no inicio, me sinto uma porcaria sendo pastor vendo esses deslumbrantes ministérios. Na minha igreja as pessoas entregam ministérios horas antes de eles entrarem em ação. Na minha igreja as pessoas freqüentam um domingo sim e outro não. Na minha igreja, quando os pecados são revelados elas mudam de igreja. Na minha igreja para uma programação dar certo é um parto. Um trabalhão! Um amigo meu, também pastor, me disse que na sua igreja as pessoas não trabalham, mas vivem reclamando que nada acontece. Como se igreja tivesse que acontecer alguma coisa. Uma coisa interessante que tenho percebido é que os que mais dão trabalho na igreja, não são dizimista. Curioso né?
Eu não acredito nestes ministérios que funcionam! Simplesmente pelo fato deles não funcionarem como a propaganda diz. Porque igreja não é lugar das coisas funcionarem. Acho que os líderes desses ministérios se esqueceram que igreja é lugar de pecador. A impressão que tenho é de que o Apóstolo Paulo perdeu em não ter nascido e desenvolvido ministério no século XXI para aprender com eles um jeito novo de fazer igreja. Se Paulo tivesse conhecido esses ministérios e líderes modernos, teria muito que aprender. Principalmente em não arrumar confusão com a sinagoga. Principalmente em não ser duro demais com as pessoas, afinal, elas precisam ficar na igreja.
Essas igrejas de propósito, rede ministerial e grupos de doze, são puro entretenimento. Não acredito numa vírgula nisso. Esse modelo gerencial de pessoas e não pastoral é bobagem olhando para o modelo do Novo Testamento. Pastor não é gerente minuto, nem vendedor de idéias criativas. A impressão que tenho é de que estamos envergonhados com o ministério modelo bíblico e por isso foi criado esse modelo empresarial de ser igreja. Um amigo me falou que numa dessas igrejas grandes da zona sul de São Paulo, os pastores tem de entregarem planejamento para até 2010. Alguns não agüentam mais viverem no ministério como se fossem empregados de uma multinacional. Que no fundo são! Salário é alto, mas a alma tá vendida.
Perceba que cada vez mais os empresários e executivos estão lendo livros sobre espiritualidade e os pastores lendo livros de administração. Alguma coisa errada está acontecendo. Executivos lêem “o Monge e o Executivo”, os pastores lêem “administrando o seu tempo”. “Modelo de administração de Jesus”. “Degraus de poder para o sucesso”. Uma infinidade de livros auto-ajuda para pastores e líderes evangélicos. A bíblia está para os empresários!
O que acontece é que quando uma pessoa não produz nada na igreja ela é prontamente descartada porque não serve. Pastores de sucesso só dão o seu tempo para quem produz. Ovelhinha complicada, machucada e infeliz, não terá ajuda pastoral. Cada vez mais esse modelo norte-americano que invadiu nossas igrejas modelando pastores almofadinhas com pinta de executivo, todo engomadinho, posando de riquinho, com caneta Montblanc no bolso, palm top no outro e celular de último tipo, tem ocupado nossos púlpitos sem profundidade e coração pastoral. É muita lorota, como diz um amigo carioca!
O futuro disso, são pessoas quebradas, infelizes e frustradas procurando um cantinho pequeno, comunitário, sem cobranças e sem agenda. Um lugar para se assentar sobre a relva. Lugar simples, modesto, amoroso e na contramão da produtividade e da festividade oca.
Não se esqueçam que a fé não é de todos e o ministério não é negócio!
Já dizia o atrasado Paulo do século passado, muito passado!
Digo isso porque quando recebo relatório delas, comprovo que tudo funciona redondo. Não é Skol, mas funciona assim. Nessas igrejas todo mundo trabalha, os ministérios andam, os orçamentos são folgados e as apresentações teatrais, ou melhor, o culto domingo, é extremamente empolgante. Não é profundo, mas é empolgante! Não toca o coração, mas toca os olhos. Entretêm bem! Distrai loucamente! Faz as pessoas sentirem que não perderam a viagem.
Para importar o ministério que funciona, é preciso comprar o kit. Livros, apostilas e parafernália administrativa. É preciso fazer do jeitinho que ensinam. A idéia que tenho é que eles pensam que as pessoas são idênticas das outras. Se programadas conforme o kit, tudo irá dar certo, porque as pessoas são em séries como a linha de montagem das indústrias. É a revolução industrial que chegou às igrejas.
Como havia dito no inicio, me sinto uma porcaria sendo pastor vendo esses deslumbrantes ministérios. Na minha igreja as pessoas entregam ministérios horas antes de eles entrarem em ação. Na minha igreja as pessoas freqüentam um domingo sim e outro não. Na minha igreja, quando os pecados são revelados elas mudam de igreja. Na minha igreja para uma programação dar certo é um parto. Um trabalhão! Um amigo meu, também pastor, me disse que na sua igreja as pessoas não trabalham, mas vivem reclamando que nada acontece. Como se igreja tivesse que acontecer alguma coisa. Uma coisa interessante que tenho percebido é que os que mais dão trabalho na igreja, não são dizimista. Curioso né?
Eu não acredito nestes ministérios que funcionam! Simplesmente pelo fato deles não funcionarem como a propaganda diz. Porque igreja não é lugar das coisas funcionarem. Acho que os líderes desses ministérios se esqueceram que igreja é lugar de pecador. A impressão que tenho é de que o Apóstolo Paulo perdeu em não ter nascido e desenvolvido ministério no século XXI para aprender com eles um jeito novo de fazer igreja. Se Paulo tivesse conhecido esses ministérios e líderes modernos, teria muito que aprender. Principalmente em não arrumar confusão com a sinagoga. Principalmente em não ser duro demais com as pessoas, afinal, elas precisam ficar na igreja.
Essas igrejas de propósito, rede ministerial e grupos de doze, são puro entretenimento. Não acredito numa vírgula nisso. Esse modelo gerencial de pessoas e não pastoral é bobagem olhando para o modelo do Novo Testamento. Pastor não é gerente minuto, nem vendedor de idéias criativas. A impressão que tenho é de que estamos envergonhados com o ministério modelo bíblico e por isso foi criado esse modelo empresarial de ser igreja. Um amigo me falou que numa dessas igrejas grandes da zona sul de São Paulo, os pastores tem de entregarem planejamento para até 2010. Alguns não agüentam mais viverem no ministério como se fossem empregados de uma multinacional. Que no fundo são! Salário é alto, mas a alma tá vendida.
Perceba que cada vez mais os empresários e executivos estão lendo livros sobre espiritualidade e os pastores lendo livros de administração. Alguma coisa errada está acontecendo. Executivos lêem “o Monge e o Executivo”, os pastores lêem “administrando o seu tempo”. “Modelo de administração de Jesus”. “Degraus de poder para o sucesso”. Uma infinidade de livros auto-ajuda para pastores e líderes evangélicos. A bíblia está para os empresários!
O que acontece é que quando uma pessoa não produz nada na igreja ela é prontamente descartada porque não serve. Pastores de sucesso só dão o seu tempo para quem produz. Ovelhinha complicada, machucada e infeliz, não terá ajuda pastoral. Cada vez mais esse modelo norte-americano que invadiu nossas igrejas modelando pastores almofadinhas com pinta de executivo, todo engomadinho, posando de riquinho, com caneta Montblanc no bolso, palm top no outro e celular de último tipo, tem ocupado nossos púlpitos sem profundidade e coração pastoral. É muita lorota, como diz um amigo carioca!
O futuro disso, são pessoas quebradas, infelizes e frustradas procurando um cantinho pequeno, comunitário, sem cobranças e sem agenda. Um lugar para se assentar sobre a relva. Lugar simples, modesto, amoroso e na contramão da produtividade e da festividade oca.
Não se esqueçam que a fé não é de todos e o ministério não é negócio!
Já dizia o atrasado Paulo do século passado, muito passado!
23 março 2008
Fofoca - Uma arma de conquista infiel
Porque as pessoas fofocam?
A fofoca é um mecanismo de passar adiante informações pessoais dos outros.
Sua intenção é conquistar o ouvinte para despertar nele admiração.
A fofoca tem causado problemas sérios numa comunidade, porque ela não é verdadeira. Por mais que se conte um episódio, quem conta recheia o comentário com posições pessoais e é aí que o problema surge.
Igrejas, empresas, famílias e demais núcleos sociais, sofrem com a fofoca, porque ela joga um contra o outro de forma cruel, sem dar direito do acusado se defender. Na maioria das vezes o fofoqueiro é impiedoso porque a sua intenção é causar uma forte impressão no ouvinte. Ele quer ser visto como alguém que sabe das coisas e participa das coisas. Sua arma é o conhecimento. Sua necessidade é a estima, porque ele, o fofoqueiro, é desprovido de auto-estima.
Sua vontade é ser notado, visto e admirado! Por isso que é importante tomar cuidado com o fofoqueiro, mas ele só encontra êxito com outro fofoqueiro.
Uma coisa importante que as vezes o fofoqueiro não se dá conta é de que ele está fazendo o papel do diabo, que é jogar um contra o outro.
A fofoca é um mecanismo de passar adiante informações pessoais dos outros.
Sua intenção é conquistar o ouvinte para despertar nele admiração.
A fofoca tem causado problemas sérios numa comunidade, porque ela não é verdadeira. Por mais que se conte um episódio, quem conta recheia o comentário com posições pessoais e é aí que o problema surge.
Igrejas, empresas, famílias e demais núcleos sociais, sofrem com a fofoca, porque ela joga um contra o outro de forma cruel, sem dar direito do acusado se defender. Na maioria das vezes o fofoqueiro é impiedoso porque a sua intenção é causar uma forte impressão no ouvinte. Ele quer ser visto como alguém que sabe das coisas e participa das coisas. Sua arma é o conhecimento. Sua necessidade é a estima, porque ele, o fofoqueiro, é desprovido de auto-estima.
Sua vontade é ser notado, visto e admirado! Por isso que é importante tomar cuidado com o fofoqueiro, mas ele só encontra êxito com outro fofoqueiro.
Uma coisa importante que as vezes o fofoqueiro não se dá conta é de que ele está fazendo o papel do diabo, que é jogar um contra o outro.
29 fevereiro 2008
Porquê será ??
1 Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade. 2 Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. 3 Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: "Aqui está um lugar apropriado para o senhor", mas disserem ao pobre: "Você, fique em pé ali", ou: "Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés", 4 não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados? 5 Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? 6 Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? 7 Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado? 8 Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: "Ame o seu próximo como a si mesmo"{1}, estarão agindo corretamente. 9 Mas se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. Tiago 2.1-9
Acordei num desses dias qualquer e fiquei pensando muito neste texto acima. Em meus quinze anos de pastorado vivi muita coisa boa e muita coisa ruim. Entre elas a experiência de ter aporrinhações conforme texto citado. Vou explicar!
Todo pastor vive a situação de ter gente que vai e gente que vem na comunidade eclesiástica. Pois bem! Como pastor não me lembro de ter sido chateado por conta de gente pobre que sai da igreja. Por exemplo: “Pastor, porque o irmão José saiu da igreja? Sentiremos a falta dele!” José é um irmãozinho pobre, seu dízimo é em média R$ 30,00 a R$ 40,00 reais. José é um irmãozinho tímido, fala pouco, mora mal e quase não faz nada na igreja a não ser orar em silêncio e cumprimentar discretamente as pessoas. Talvez por causa da sua situação pobre e insignificante. Quando José fica desempregado é comum ouvirmos que ele está em pecado ou não fez o que é certo. Não me lembro de ser questionado sobre a vida de José. Por que ele deixou a igreja e se está precisando de alguma coisa. Amigos pastores também me falam que é comum José não ser notado e nem citado. Como pastor, José não me causa problemas com sua saída. Nem percebemos que se foi embora!
A complicação se dá com o doutor. Por exemplo: Quando um doutor deixa a comunidade, é típico alguns irmãos darem falta dele. Principalmente o tesoureiro (nem todos). O Dízimo do doutor chega há R$ 1.000,00 ou até mais. Quando o doutor tem problemas em sua vida, é o Senhor provando a sua fé e quando ele sai da igreja eu sofro. Sofro porque é comum irmãos me indagarem se eu não errei com o doutor e por ter errado com ele, foi-se. Muitas dúvidas são geradas quanto à postura pastoral! Questionamentos são feitos, do tipo: “Pastor, o senhor pegou pesado.” “Acho que seu linguajar foi ruim pro doutor.” Ou “Pastor, esse papo de pecado espantou o irmão, agora iremos sofrer nas finanças. “Acho melhor o senhor fazer uma visitinha”. O José ninguém me cobra, o doutor, é uma perturbação ferrada.
Um pastor amigo me disse que por três meses um doutor deu o dízimo de cinco mil reais, o que o pastor amigo ordenou que mandasse tudo isso pra missões, afirmando o seguinte. “A mensagem que pregamos aqui, esse tipo de gente não agüentará seis meses, então não contabiliza esse valor no caixa.”
O apóstolo Tiago afirma no texto acima que são os ricos que perturbam, “sacaneiam”, enchem a paciência e causam problemas. O pobre José não incomoda! Freqüenta certinho com discrição.
O rico é melindroso, desconfiado e maldoso! Qualquer comentário é pra ele e por ele.
O pobre, nem sabe que estão falando dele! Porque não falam!
Quando o pobre sai da igreja, é porque deu trabalho, “pisou na bola” ou já foi tarde. O pastor deu muito espaço e confiou demais.
Quando o rico sai da igreja é porque o pastor errou com ele e não deu atenção necessária.
Porque será que as pessoas se preocupam muito com o doutor e nada com o José?
Todos nós, pastores, ovelhas e líderes deviamos atentar melhor pra carta de Tiago. Acho que num certo sentido estamos dando os melhores lugares em nosso coração para os portadores de roupas boas e anéis caros.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz!
Acordei num desses dias qualquer e fiquei pensando muito neste texto acima. Em meus quinze anos de pastorado vivi muita coisa boa e muita coisa ruim. Entre elas a experiência de ter aporrinhações conforme texto citado. Vou explicar!
Todo pastor vive a situação de ter gente que vai e gente que vem na comunidade eclesiástica. Pois bem! Como pastor não me lembro de ter sido chateado por conta de gente pobre que sai da igreja. Por exemplo: “Pastor, porque o irmão José saiu da igreja? Sentiremos a falta dele!” José é um irmãozinho pobre, seu dízimo é em média R$ 30,00 a R$ 40,00 reais. José é um irmãozinho tímido, fala pouco, mora mal e quase não faz nada na igreja a não ser orar em silêncio e cumprimentar discretamente as pessoas. Talvez por causa da sua situação pobre e insignificante. Quando José fica desempregado é comum ouvirmos que ele está em pecado ou não fez o que é certo. Não me lembro de ser questionado sobre a vida de José. Por que ele deixou a igreja e se está precisando de alguma coisa. Amigos pastores também me falam que é comum José não ser notado e nem citado. Como pastor, José não me causa problemas com sua saída. Nem percebemos que se foi embora!
A complicação se dá com o doutor. Por exemplo: Quando um doutor deixa a comunidade, é típico alguns irmãos darem falta dele. Principalmente o tesoureiro (nem todos). O Dízimo do doutor chega há R$ 1.000,00 ou até mais. Quando o doutor tem problemas em sua vida, é o Senhor provando a sua fé e quando ele sai da igreja eu sofro. Sofro porque é comum irmãos me indagarem se eu não errei com o doutor e por ter errado com ele, foi-se. Muitas dúvidas são geradas quanto à postura pastoral! Questionamentos são feitos, do tipo: “Pastor, o senhor pegou pesado.” “Acho que seu linguajar foi ruim pro doutor.” Ou “Pastor, esse papo de pecado espantou o irmão, agora iremos sofrer nas finanças. “Acho melhor o senhor fazer uma visitinha”. O José ninguém me cobra, o doutor, é uma perturbação ferrada.
Um pastor amigo me disse que por três meses um doutor deu o dízimo de cinco mil reais, o que o pastor amigo ordenou que mandasse tudo isso pra missões, afirmando o seguinte. “A mensagem que pregamos aqui, esse tipo de gente não agüentará seis meses, então não contabiliza esse valor no caixa.”
O apóstolo Tiago afirma no texto acima que são os ricos que perturbam, “sacaneiam”, enchem a paciência e causam problemas. O pobre José não incomoda! Freqüenta certinho com discrição.
O rico é melindroso, desconfiado e maldoso! Qualquer comentário é pra ele e por ele.
O pobre, nem sabe que estão falando dele! Porque não falam!
Quando o pobre sai da igreja, é porque deu trabalho, “pisou na bola” ou já foi tarde. O pastor deu muito espaço e confiou demais.
Quando o rico sai da igreja é porque o pastor errou com ele e não deu atenção necessária.
Porque será que as pessoas se preocupam muito com o doutor e nada com o José?
Todos nós, pastores, ovelhas e líderes deviamos atentar melhor pra carta de Tiago. Acho que num certo sentido estamos dando os melhores lugares em nosso coração para os portadores de roupas boas e anéis caros.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz!
21 fevereiro 2008
Tem gente que ainda não entendeu nada!
Amigos leitores e companheiros de luta cristã!
Esses dias ouvi coisas impressionantes que me levaram a refletir sobre o valor do aconselhamento.
“Pastor, minha filha não quer mais vir a essa igreja por causa do problema dela com o marido. O senhor sabe né? O marido disse que pode ir a outra igreja na sua não porque o senhor conhece a vida dele.”
A história é a velha história! A mulher procura o pastor, abre a vida, chora, o pastor ora, aconselha ,acompanha e espera o resultado. Os dias passam e a mulher não vem mais porque o marido não deixa. O motivo é que agora o pastor está sabendo da vida dele.
Com mais freqüência eu ouço que é melhor freqüentar uma igreja grande porque lá ninguém sabe da vida do outro.
Que valor teve o aconselhamento e o tempo gasto com a referida mulher aflita?
As pessoas estão se perdendo no conceito do que é igreja! O corpo de Cristo não é um corpo isolado sem comunhão. Não será de bom proveito participar de uma comunidade que não sabe e nem auxilia o membro em suas dores. Não foi pra isso que Jesus pagou o preço e nem ensinou o valor de andar junto como os doze.
Depois de ouvir isso, confesso que fiquei pensativo se vale a pena, dar o meu tempo para pessoas que te “exploram” e depois fogem pra outro aprisco. Bem, se eu pensar no Reino como um todo vale, mas se pensar que deixei de dar o meu tempo pras outras que estão juntas, me sinto arrependido. São tantas que gostariam de ter o que as outras tiveram e foram embora que me entristeço por não ter dado a elas o meu precioso tempo.
Um pastor depois de ter acompanhado dois rapazes por muito tempo, os perdeu! Um certo dia encontrou um deles na rua e ouviu a seguinte desculpa: “Pastor, quero que saiba que o senhor me ajudou muito, e agora estou servindo em outra igreja. Só não fiquei na sua por vergonha.”
Acho que esse rapaz não entendeu nada do que é ser cristão, e como ele tem muitos!
Esses dias ouvi coisas impressionantes que me levaram a refletir sobre o valor do aconselhamento.
“Pastor, minha filha não quer mais vir a essa igreja por causa do problema dela com o marido. O senhor sabe né? O marido disse que pode ir a outra igreja na sua não porque o senhor conhece a vida dele.”
A história é a velha história! A mulher procura o pastor, abre a vida, chora, o pastor ora, aconselha ,acompanha e espera o resultado. Os dias passam e a mulher não vem mais porque o marido não deixa. O motivo é que agora o pastor está sabendo da vida dele.
Com mais freqüência eu ouço que é melhor freqüentar uma igreja grande porque lá ninguém sabe da vida do outro.
Que valor teve o aconselhamento e o tempo gasto com a referida mulher aflita?
As pessoas estão se perdendo no conceito do que é igreja! O corpo de Cristo não é um corpo isolado sem comunhão. Não será de bom proveito participar de uma comunidade que não sabe e nem auxilia o membro em suas dores. Não foi pra isso que Jesus pagou o preço e nem ensinou o valor de andar junto como os doze.
Depois de ouvir isso, confesso que fiquei pensativo se vale a pena, dar o meu tempo para pessoas que te “exploram” e depois fogem pra outro aprisco. Bem, se eu pensar no Reino como um todo vale, mas se pensar que deixei de dar o meu tempo pras outras que estão juntas, me sinto arrependido. São tantas que gostariam de ter o que as outras tiveram e foram embora que me entristeço por não ter dado a elas o meu precioso tempo.
Um pastor depois de ter acompanhado dois rapazes por muito tempo, os perdeu! Um certo dia encontrou um deles na rua e ouviu a seguinte desculpa: “Pastor, quero que saiba que o senhor me ajudou muito, e agora estou servindo em outra igreja. Só não fiquei na sua por vergonha.”
Acho que esse rapaz não entendeu nada do que é ser cristão, e como ele tem muitos!
20 fevereiro 2008
Desabafo de Ovelha (crente)
A vida de ovelha tem sido penosa e turbulenta. A ovelha está nesse aprisco desde que nasceu. Rick Warren afirma, "Se você não gasta tempo com os de fora, como irá entender o que eles pensam" ? Não temos mais pastores com chamados de Deus e sim teólogos diplomados, com bacharelado, Mba e ênfase em relações pessoais, marketing, administração.
Não sei mais quem é o "pastor", afinal ele é um pregador itinerante e pertencente à igreja de Cristo, você não viu a carteirinha de membro dele? Eu também não vi. Acima dele só Deus e o chapéu. Parece ser a quarta pessoa da "quatrindade". Não anda mais com revistas da EBD e sim com livros ou cds, quando não, os dois. E convenhamos de péssima qualidade técnica e teor patético.
A igreja virou um mercado. Os "pastores", os mercadores. As ovelhas as mercadorias.
Os fundamentos da nossa doutrina, eles mudaram. Se fui atropelado, foi legalidade espiritual. Se meu nome foi para o SPC, surge a pergunta: Você é dizimista fiel? Eles acham que nós só lemos a Bíblia domingo à noite.
A ovelha sempre sofrida doa a sua oportunidade de aconselhamento para as outras ovelhas em estado de emergência. A ovelha diz: Sujeição é o cume do abandono. É bem verdade, a mais pura verdade, é mais que verdade. Ovelha se berrar, está apostatada, afinal, foi levada como ovelha muda...Se uma ovelha sequer pensar algo que vai contra os interesses do "pastor", ele esbraveja essa: " não levanta sua voz contra o ungido do Deus Vivo".
Alguns "pastores", no tempo de experiência, estão em todos os cultos. Oferecem-se para tudo: aconselhamento, reforma no templo, capinação no quintal da ovelhinha, não precisa nem de gasolina para o carro. Três meses depois, é um tal de férias, fim semana com a família, internet com speed, banda larga e tv a cabo. A ovelha, coitadinha, tendo que assistir o Jornal Nacional, quando não é outro programa (mas essa é outra conversa), por que só tem tv aberta e um aparelho preto e branco com esponja de "Bombril" na antena.
A ovelha não conta, mas, levanta sempre de madrugada para orar por ela mesma, pelo pastor, igreja, vizinho, comunidade, estado e país.
A ovelha tem primos ricos e irmãos pobres, que nem tiveram acesso a uma educação decente. E esta ovelha nem sequer chorou pela morte do avô. Quer saber um pouco sobre ele? Era um senhor de engenho e segundo o "pastor" a ovelha tem que orar por ele, que é pra não pegar uma maldição hereditária.
Ovelha morre de medo de que o pastor venha com esta história de rosa ungida, camisa ao avesso, sal grosso, sal iodado, sal temperado e pare de falar das coisas do céu. Aliás, só de ver um "oleozinho", ungido perto do púlpito a ovelha já estremece. Tem mais medo disso do que da máquina de tosa. Quer ver uma ovelha tremendo? Fale para ela que a igreja está pensando em alugar um "horariozinho" na televisão.
Ovelha entra em depressão com o fim da escola dominical.
A ovelha fica triste quando no dia de ano novo, o pastor lhe manda uma mensagem, não lhe desejando paz, felicidade, mas pedindo oferta, pois vai viajar. E a ovelha, com saudade dos que ela deixou há tempos e não pode nem lhes telefonar, pois o telefone é pré-pago e crédito só quando sobrar grana e quando vai sobrar?
Ovelha muitas vezes doa mais do que pode, vai muito alem dos 10%. E sente-se feliz por isso. Está ainda disposta a fazer trabalho braçal. E nem por isso acredita nessa historia de restituição, ano de Elias, ano de Isaque, oração dos 318, planta um, vai colher cem. Só ser for milho. E que não seja em Varzelandia, norte de minas, por que lá não chove faz tempo.
É dureza a vida de ovelha, ter que examinar com afinco tudo o que pastor anda dizendo, pra não ser ludibriada. Chegar em casa e repassar todo o sermão a luz da bíblia.
Como ir a igreja sem dinheiro para pagar o ônibus? Permanecer antes da catraca até o ultimo ponto, na esperança de que o culto acabe em menos de duas horas e ela consiga a integração gratuita na volta pra casa. Ter que usar o vale transporte da empresa e no fim do mês, pedir carona para o cobrador que a olha como se ela fosse uma desocupada. Acordar as quatro da matina. Trabalhar o dia inteiro de pé, agüentar pressão de chefe incircunciso, chateação de clientes "cheios de razão", colegas de trabalho, depois ir para a igreja e ouvir um sermão água com açúcar. Depois do culto a ovelha pega um "busão" lotado e o "pastor" de Vectra, Ford fusion (carrão), Audi A3, Frontier, Omega alemão, tudo automático, direção hidráulica, banco de couro, teto solar, mp3 e computador de bordo.
Pastor não sabe o que é uma catraca, não conhece um cobrador, nunca viu motorista pé de breque, nunca usou um cartãozinho chamado bilhete único. Pastor só conhece chekin (é assim que se escreve?), aeroporto, comissária de bordo, passagem de primeira classe, cartões cinco estrelas com limite ilimitado. Sei de um que chega de helicóptero, começa com Davi e termina com Miranda.
Ovelha sofre calada!
A ovelha gostaria de ficar perto do pastor, para ser um pastor um dia (não deixa de ser por interesse), mas o pastor tem sempre medo de concorrência.
Quando um desses pastores se vai, a ovelha estende suas preces para que Deus lhe de entendimento do Reino. Assim a sensibilidade aumenta.
Mas quando uma ovelha fala mal da outra, aí já é demais:
Esse é o ponto de vista de uma ovelha que não berra em coletividade, mas anda na contramão do sentido. Ovelha essa, que não entende muito bem alguns "pastores", mas que busca com ansiedade ouvir a voz do seu PASTOR. E eu nem sabia que ovelha tinha ponto de vista.
Adonias Reis
Não sei mais quem é o "pastor", afinal ele é um pregador itinerante e pertencente à igreja de Cristo, você não viu a carteirinha de membro dele? Eu também não vi. Acima dele só Deus e o chapéu. Parece ser a quarta pessoa da "quatrindade". Não anda mais com revistas da EBD e sim com livros ou cds, quando não, os dois. E convenhamos de péssima qualidade técnica e teor patético.
A igreja virou um mercado. Os "pastores", os mercadores. As ovelhas as mercadorias.
Os fundamentos da nossa doutrina, eles mudaram. Se fui atropelado, foi legalidade espiritual. Se meu nome foi para o SPC, surge a pergunta: Você é dizimista fiel? Eles acham que nós só lemos a Bíblia domingo à noite.
A ovelha sempre sofrida doa a sua oportunidade de aconselhamento para as outras ovelhas em estado de emergência. A ovelha diz: Sujeição é o cume do abandono. É bem verdade, a mais pura verdade, é mais que verdade. Ovelha se berrar, está apostatada, afinal, foi levada como ovelha muda...Se uma ovelha sequer pensar algo que vai contra os interesses do "pastor", ele esbraveja essa: " não levanta sua voz contra o ungido do Deus Vivo".
Alguns "pastores", no tempo de experiência, estão em todos os cultos. Oferecem-se para tudo: aconselhamento, reforma no templo, capinação no quintal da ovelhinha, não precisa nem de gasolina para o carro. Três meses depois, é um tal de férias, fim semana com a família, internet com speed, banda larga e tv a cabo. A ovelha, coitadinha, tendo que assistir o Jornal Nacional, quando não é outro programa (mas essa é outra conversa), por que só tem tv aberta e um aparelho preto e branco com esponja de "Bombril" na antena.
A ovelha não conta, mas, levanta sempre de madrugada para orar por ela mesma, pelo pastor, igreja, vizinho, comunidade, estado e país.
A ovelha tem primos ricos e irmãos pobres, que nem tiveram acesso a uma educação decente. E esta ovelha nem sequer chorou pela morte do avô. Quer saber um pouco sobre ele? Era um senhor de engenho e segundo o "pastor" a ovelha tem que orar por ele, que é pra não pegar uma maldição hereditária.
Ovelha morre de medo de que o pastor venha com esta história de rosa ungida, camisa ao avesso, sal grosso, sal iodado, sal temperado e pare de falar das coisas do céu. Aliás, só de ver um "oleozinho", ungido perto do púlpito a ovelha já estremece. Tem mais medo disso do que da máquina de tosa. Quer ver uma ovelha tremendo? Fale para ela que a igreja está pensando em alugar um "horariozinho" na televisão.
Ovelha entra em depressão com o fim da escola dominical.
A ovelha fica triste quando no dia de ano novo, o pastor lhe manda uma mensagem, não lhe desejando paz, felicidade, mas pedindo oferta, pois vai viajar. E a ovelha, com saudade dos que ela deixou há tempos e não pode nem lhes telefonar, pois o telefone é pré-pago e crédito só quando sobrar grana e quando vai sobrar?
Ovelha muitas vezes doa mais do que pode, vai muito alem dos 10%. E sente-se feliz por isso. Está ainda disposta a fazer trabalho braçal. E nem por isso acredita nessa historia de restituição, ano de Elias, ano de Isaque, oração dos 318, planta um, vai colher cem. Só ser for milho. E que não seja em Varzelandia, norte de minas, por que lá não chove faz tempo.
É dureza a vida de ovelha, ter que examinar com afinco tudo o que pastor anda dizendo, pra não ser ludibriada. Chegar em casa e repassar todo o sermão a luz da bíblia.
Como ir a igreja sem dinheiro para pagar o ônibus? Permanecer antes da catraca até o ultimo ponto, na esperança de que o culto acabe em menos de duas horas e ela consiga a integração gratuita na volta pra casa. Ter que usar o vale transporte da empresa e no fim do mês, pedir carona para o cobrador que a olha como se ela fosse uma desocupada. Acordar as quatro da matina. Trabalhar o dia inteiro de pé, agüentar pressão de chefe incircunciso, chateação de clientes "cheios de razão", colegas de trabalho, depois ir para a igreja e ouvir um sermão água com açúcar. Depois do culto a ovelha pega um "busão" lotado e o "pastor" de Vectra, Ford fusion (carrão), Audi A3, Frontier, Omega alemão, tudo automático, direção hidráulica, banco de couro, teto solar, mp3 e computador de bordo.
Pastor não sabe o que é uma catraca, não conhece um cobrador, nunca viu motorista pé de breque, nunca usou um cartãozinho chamado bilhete único. Pastor só conhece chekin (é assim que se escreve?), aeroporto, comissária de bordo, passagem de primeira classe, cartões cinco estrelas com limite ilimitado. Sei de um que chega de helicóptero, começa com Davi e termina com Miranda.
Ovelha sofre calada!
A ovelha gostaria de ficar perto do pastor, para ser um pastor um dia (não deixa de ser por interesse), mas o pastor tem sempre medo de concorrência.
Quando um desses pastores se vai, a ovelha estende suas preces para que Deus lhe de entendimento do Reino. Assim a sensibilidade aumenta.
Mas quando uma ovelha fala mal da outra, aí já é demais:
Esse é o ponto de vista de uma ovelha que não berra em coletividade, mas anda na contramão do sentido. Ovelha essa, que não entende muito bem alguns "pastores", mas que busca com ansiedade ouvir a voz do seu PASTOR. E eu nem sabia que ovelha tinha ponto de vista.
Adonias Reis
12 fevereiro 2008
A verdade é livre
Domingo, em minhas leituras matinais, deparei-me com um texto sobre Schopenhauer, filósofo alemão de 1788-1860. Conhecido pelo seu pessimismo e por sua defesa a Nietzsche.
O texto dizia que ele nos ensina a viver e nos desafia a vida moderna.
Mas o maior impacto que recebi de seus escritos foi sua frase e afirmação que diz:
“A verdade não foi feita para agradar, nem deve depender de adesões.”
Fiquei aturdido e pensativo sobre isso e no fim encorajado, apesar do filósofo ser pessimista.
Em nossas relações nós somos desafiados a todo tempo a sermos transparentes, embora que, as pessoas estejam acostumadas a falsidades e dissimulações, porque a verdade é impactante e aterrorizante.
Quando falamos a verdade corremos o risco de sermos deixados falando sozinhos, ou se o nosso ouvinte for humilde seremos amados.
O que é verdade na fala de Schopenhauer é que ela, a verdade, não precisa e nem deve ser agradável.
Quando a verdade é “chata” ou agressiva, é porque estamos envoltos em nossos erros e ela veio para nos tirar de nossa câmara de proteção do engano.
Se a verdade liberta como Cristo nos disse, ela então não precisa de adesões como bem destacou o filósofo, porque se depender disso, não será mais livre para libertar.
Terminei o texto com um alivio imenso, porque ser verdadeiro traz dores, perdas e isolamentos, mas mesmo assim é melhor do que enganar e ser enganado.
Que Deus nos dê, a mim e a você, verdadeiros momentos, verdadeiros amigos e verdadeiros pensamentos para que sejamos livres.
O texto dizia que ele nos ensina a viver e nos desafia a vida moderna.
Mas o maior impacto que recebi de seus escritos foi sua frase e afirmação que diz:
“A verdade não foi feita para agradar, nem deve depender de adesões.”
Fiquei aturdido e pensativo sobre isso e no fim encorajado, apesar do filósofo ser pessimista.
Em nossas relações nós somos desafiados a todo tempo a sermos transparentes, embora que, as pessoas estejam acostumadas a falsidades e dissimulações, porque a verdade é impactante e aterrorizante.
Quando falamos a verdade corremos o risco de sermos deixados falando sozinhos, ou se o nosso ouvinte for humilde seremos amados.
O que é verdade na fala de Schopenhauer é que ela, a verdade, não precisa e nem deve ser agradável.
Quando a verdade é “chata” ou agressiva, é porque estamos envoltos em nossos erros e ela veio para nos tirar de nossa câmara de proteção do engano.
Se a verdade liberta como Cristo nos disse, ela então não precisa de adesões como bem destacou o filósofo, porque se depender disso, não será mais livre para libertar.
Terminei o texto com um alivio imenso, porque ser verdadeiro traz dores, perdas e isolamentos, mas mesmo assim é melhor do que enganar e ser enganado.
Que Deus nos dê, a mim e a você, verdadeiros momentos, verdadeiros amigos e verdadeiros pensamentos para que sejamos livres.
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